Capítulo XXXVI

5.7K 433 9
                                    

sinto uma dor latente em minha cabeça, minha visão começa a ficar escura e a luz se apaga como se fosse uma pequena vela acessa. Sinto um calor insuportável pelo corpo, e a última coisa da qual me lembro, era Kamil gritando comigo e me carregando para fora da água. Minha última visão foi de seu rosto sobre mim, me chamando...

KAMIL ON

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

KAMIL ON

Decidi conta a Laura que possuo uma outra companheira e apesar de estar comprometido, queria falar a Laura o quanto a amo e justamente por me sentir desta forma que devo ser justo com nos dois e acima de tudo com ela. Não posso manter esse relacionamento, posso acabar machucando-a se um dia a trocar pela minha companheira, e não estou disposto a machucar seus sentimentos. Me parte deixa-la ir, mas é o certo a se fazer.

Quando finalmente decido lhe contar, estando-nos em um lugar muito importante para mim. Laura começa a agir diferente, como se estivesse com dor e acaba por sucumbir em meio ao lago, de alguma forma senti sua dor e angustia como se fosse comigo mas isso é possivel? sem pensar estou com ela em meus braços a carregando para a margem, a chamando de volta porém sem ter sucesso, Laura apaga e é levada de mim...

.

.

.

Noite de outubro, a trouxe comigo para minha casa e repousando na cama e acabo adormecendo ao seu lado na pequena poltrona que ali havia.

O quarto estava frio. O fogo a muito se apagara na lareira, e o vento la fora uivava nas esquinas das casas da alcateia, chacoalhando as vidraças das janelas. O lustre estava com as luzes apagadas e o abajur na mesa de cabeceira estava com a luz fraca trazendo ao quarto a escuridão da noite, Laura estremece na cama, apesar de ter lhe coberto com um fino lençol este se encontrava no chão. Na cama, desacordada respira o suficiente para apenas mover suavemente seu peito, apesar de estar com o rosto pálido como os travesseiros.

 Agora ela se mexia e murmurava, chego e me deito ao seu lado na cama puxando o cobertor sobre nós dois  colocando minha mão sobre as dela e a seguro, ao mesmo tempo que entrelaço nossos pés, depositando um beijo sobre sua bochecha gélida e pálida.

Lentamente, sinto-a se mexer contra meu corpo, como se minha presença a trouxesse a vida. Os olhos dela se abriram e olharam para os meus olhos brevemente. Eram azuis, dolorosamente azuis, o azul do céu onde este encontra o mar..


LAISLA ON

Sinto um calor pulsar em meu corpo me tirando do coma e me fazendo despertar de meus delírios. Abro lentamente meus olhos, ainda sinto dor ao realizar o movimento e então é quando me dou conta de quem esta a meu lado.. Me sento de súbito, arfando. Por um instante não sei onde me encontro, olho em volta desorientada. O quarto grande e escuro, o cobertor que envolvia nós dois, parecia estranho o toque de seu corpo ao meu. A lembrança de tudo voltou como uma enxurrada e com uma onda de náusea. 

O ignoro completamente ao meu lado, as lembranças dos delírios, me arrebatem me causando uma dor no peito. Uma falta aguda do castelo, de um modo como nunca sentira. Anda sozinha pelos corredores enormes, ver cada empregado se movimentando as escuras, a ala da cozinha, as manhas e tardes de treinos escondidos, a voz autoritária durante as reuniões do conselho, as brigas com Maico e sentir ainda assim seu carinho por mim. Maico.. eu o virá em meus delírios, a batalha sangrenta na qual presenciei e os avisos que recebi de meu pai, qualquer um poderia ter sido ferido ou morto. O que significa aquele sonho ou delírio? Será que a vida de Maico esta em perigo? rezo aos deuses que nada seja real, que não signifique nada, para que eu morra antes que algum mal se arrebata sobre ele.

Um ruído me desperta do devaneio, um arranhão seco e repentino que me causa um tremor brutal na espinha, certamente era um galho na janela. Mas não, era um som arranhado, arrastado. Quando olho para o lado a procura do som estridente, vejo Kamil ja desperto puxando a pequena poltrona que arranhava ao chão de mármore reproduzindo o som insuportável que me causava arrepios.. Me levante devagar ainda enrolada ao cobertor, pavor do meu sonho ainda me assombrava e estava de alguma forma vivo dentro de mim, fecho os olhos para dissipa-los de meus pensamentos momentâneos.

_ Laura, deite-se! - Fui interrompida por uma voz grossa ecoando ao meu lado, Kamil vinha em minha direção me guiando novamente para a cama. - Você teve um desmaio durante o passeio mais cedo, e não está bem para levantar ainda. Apenas descanse por hora. - Completa o mesmo me deitando na cama novamente.

_ Estou me sentindo melhor, esta tudo bem obrigada! - tento disfarçar minha cara que certamente era de espanto e preocupação, não queria que ele soubesse. Apenas agradeci e me mantive em silencio sem contestar seu pedido.. 

Ele senta-se na poltrona ao meu lado, me olhando fixamente sem desviar um segundo se quer. Até posso imaginar que esta sem entender o motivo de tudo isso assim como eu, devo confessar. Em alguns minutos desta forma apenas nos mantendo em silencio ele resolve então falar o que estava recuso a realizar..


CONTINUA....

Espero que gostem, voltei a história e irei postar os próximos capítulos. Perdoem a demora para a atualização. Bjs e até o próximo ;)

Anoitecer - Nasce a destinada - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora