What Goes Around Comes Around; Capítulo XXVIII

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Vitória, Kim Yerin se sentia vitoriosa e em seu coração não existia um resquício sequer de arrependimento, compaixão e muito menos de culpa. Ela finalmente havia alcançado sua maior meta, seu maior sonho, sua maior expectativa e agora ninguém mais poderia lhe impedir de desfrutar de sua posição, ao menos era isso que a loira pensava. 

— SEUNGEUN! — a mais nova old ladie do clube Jokers grita de forma escandalosa. — Onde foi que essa incompetente se meteu? — resmunga, consigo mesma. 

Depois de cinco minutos, uma mulher ruiva de cabelos curtos aparece nos aposentos da Kim. Sua expressão triste e o desgosto iminente no rosto demonstrava como ela já havia se cansado de servir a companheira do líder. A mulher chegou a pouquíssimo tempo e, em menos de vinte e quatro horas, já tinha lhe dado mais trabalho do que um mês inteiro trabalhando no bar.

— A senhora me chamou? — pergunta humildemente, respirando fundo devido a corrida que teve que fazer ao escutar os berros de Yerin. 

— Não, eu gosto de gritar nomes alheios para me distrair. — diz, irônica, enquanto encarava suas unhas. — Espero que dá próxima vez, que solicitar os seus serviços, você venha mais rápido.

Como eu posso fazer isso, se você me chama de cinco em cinco minutos para fazer tarefas estúpidas?”, a ruiva pensou em responder com essas palavras o desaforo da Kim, todavia, fazer isso só iria lhe causar problemas.

— Eu vim o mais rápido possível. — abaixa a cabeça, se preparando para o sermão que a loira lhe dará, afinal, ela já fez pior por muito menos e tudo isso em poucas horas de convivência. 

— Não é o suficiente, você tem que estar a altura de me servir, afinal, eu sou a mulher do líder. — se gaba, erguendo o rosto como se fosse superior a outra mulher. — Então, trate de se empenhar nas suas novas tarefas, estamos conversadas?

— Sim.

— Ótimo. — sorri, satisfeita, com a demonstração de poder que acabara de dar. — Agora, eu quero que você me traga água.

— Água? — olha, perplexa, para Yerin. — Mas eu lhe trouxe uma garrafa cheia não faz nem quinze minutos.

— Eu sei disso. — diz, simplista.

— Bebeu tudo e ainda está com sede? 

— Não, na verdade, eu nem encostei naquela garrafa. 

— Então, porque você quer mais água, se nem bebeu aquela? — Seungeun pergunta, sem entender onde a loira queria chegar.

— Porque aquela água já deve estar quente e caso eu sinta sede irei querer beber algo gelado, portanto, preciso ter certeza que, aqui no meu quarto, sempre terá água gelada. — o sorriso de satisfação no rosto da mais velha poderia ser facilmente confundido com prazer em irritar as pessoas e talvez fosse mesmo um sorriso de maldade. — Vai ficar aí parada me olhando ou irá fazer o que mandei? 

A mulher parece despertar de um pequeno transe e. sem questionar, pega a garrafa com água, para em seguida se retirar. A ruiva praticamente saiu correndo do quarto, o medo que fizesse algo impulsivo, e que lhe custasse a vida, contra aquela  mulher, tão odiosa, era latente. Seungeun era uma mulher esperta e tinha bastante experiência em clubes de motoqueiros e sabia muito bem o risco que uma mulher, como a nova old lady do líder do clube, poderia causar ao ser contrariada ou agredida; isso lhe custaria a vida. E, por mais prazeroso que seja a ideia de dar uns bons tapas na Kim, o preço a se pagar seria muito alto.

Então, tinha que se submeter aos mandos e desmandos de Yerin, que  lhe tratava praticamente como uma escrava, lhe designando ordens e mais ordens durante todo o dia, não lhe dando tempo nem para fazer as suas necessidades básicas, como se alimentar ou ir ao banheiro, sem receber gritos histéricos  e xingamentos, e agora, quase nove horas da noite, se sentia exausta e louca para aquele martírio acabar.  

Lethal Angels - Yoonkook Onde histórias criam vida. Descubra agora