Sexto Capítulo - Estou Pronta...

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Publicado em: 29/07/2017

Say that you'll stay a little

Don't say 'bye bye' tonight

Say you'll be mine

Just a little bit of love is worth a moment of your time

Knocking on your door just a little

So cold outside tonight

Let's get a fire burning

Oh, I know I keep it burning right

If you stay, won't you stay, stay?

– John Legend in Save Room

Depois da noite de feira popular, da libertação de ambos, tudo melhorou entre eles. Já não havia o clima tenso e os constrangimentos, graças a Deus! Pareciam crianças, um amor tão puro, tão transparente. Kimberly foi apanhada de surpresa juntamente com ele. Amavam-se há anos!

Kimberly e Adam tentaram esconder a todo o custo aquele namoro, principalmente, de Lucille. Sabiam da sua política quase nazista que não apoiava o namoro entre colegas. Já tinham previsto o seu futuro, Adam seria despromovido e seria transferido para uma polícia do outro lado do país, e Kimberly acabaria por ir presa devido aos ataques informáticos contra o outro fulano. Temeram o seu futuro, mas não acabariam por isso. Lucille teria que ter muito trabalho para travar o sentimento de anos.

Obviamente, mais cedo ou mais tarde, Lucille acabaria por descobrir. Descobrir por ela mesma, ou talvez já soubesse. Já todos sabiam.

"Kimberly devia ter seguido o seu pressentimento. Não devia ter ido ao banco. Não naquela hora, não naquele dia, não devia lá ter posto os pés. Ao invés disso, ficou refém lá dentro com mais uma centena de pessoas. Crianças, bebés, adolescentes, jovens adultos, idosos... e ela.

Adam ficou puto da vida quando associou o seu pressentimento à notícia que passou em grande destaque no plasma da sala. Sentiu um aperto no coração. Um sufoco. Uma sensação agonizante. Ninguém o tinha avisado.

Disparatou em todas as direções. Disparatou com todos. Desafiou os limites de Lucille pela milésima vez na sua carreira. Lucille exaltava-se, mas acabava por gostar da sensação de desafio do mal-humorado Adam. Dava-lhe gozo senti-lo sobre pressão, saber qual seria a sua próxima jogada. Sabia que ele estava prestes a explodir por se tratar de Kimberly. A mesma sensação que teve com Olly e Adele, mesmo antes de os perder. Destetou-se por despertar a sensação profunda de pânico a Adam.

Adam persistiu e viu Lucille caminhar de um lado para o outro para chamar todos os reforços. Rezava para consigo mesmo. Viu a expressão de puro pânico à mistura de ansiedade na cara dela.

— Eles querem-na... — O necessário para se instalar o caos, o necessário para despertar todo o tipo de reações. Sentou-se para se mentalizar de que era... verdade?! Adam encarou e teto e riu-se, pânico.

Sabiam das exigências e capacidades deles, uma tragédia internacional perfeita! Sabiam que Kimberly era astuta, tal como eles, mas a sua astucia seria provavelmente inútil agora.

Pouco a pouco saíram seis dos muitos reféns feitos no banco. Explicaram o que se passava lá dentro, um sequestro que podia demorar o que eles bem entendem-se, só terminaria com a morte... de Kimberly.

O sequestro consistia num jogo mortal, numa espécie de Roleta Russa Cibernética. Cada refém recebia uma mensagem no telemóvel com uma determinada quantia retirada, a quantia variava de pessoa para pessoa, o objetivo era retirarem no total cinquenta mil dólares. Era um alívio abrir a mensagem e ler "350$US" ou outra quantia qualquer, havia uma bomba. A bomba seria explodida quando a mensagem recebida fosse a palavra "Bomba" escrita em acrónimo.

A  Better ManOnde histórias criam vida. Descubra agora