Capítulo 2

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Ignorem os erros!❤️

Paige

- Não quero companhia. - Jefred resmunga quando coloco meu prato com bacon e ovos mexidos em frente ao seu. Ele olha com desprezo para o meu café com creme.

- Eu também não - coloco um pedaço de bacon na boca e faço um pequeno show mastigando fazendo-o ficar ainda mais irritado.

- Nada que você faça vai me convencer a comer essa gororoba assassina que você chama de comida.

- Se meu coração já não estivesse quebrado, você o faria nesse momento, Jefred. - Levo ambas as mãos ao peito em um encenação exagerada, voltando a degustar meu café. Ele me olha curioso, mas não arrisca em fazer qualquer pergunta. É por essa entre outras razão, que me sinto a vontade em estar perto dele. Palavras nem sempre são necessárias.

Enquanto termino de comer, o observo olhar pela janela em direção a avenida, completamente perdido em pensamentos. Abro minha boca para perguntar o que ele tanto observa, mas sua voz rouca me corta.

- Nem ouse em fazer perguntas. - Esfaqueando seu waffle com o garfo, corta qualquer espaço para perguntas futuras, por isso apenas o acompanho silenciosamente ao mesmo tempo em que tento compreender esse homem na minha frente. - Isso não vai prestar - olho para a janela querendo encontrar o que o incomodou, mas tudo o que encontro é um caminhão de mudança parado em frente a um prédio antigo. Na última semana Manda comentou sobre a abertura de uma boate na esquina do restaurante, aquilo nunca me incomodou, pois onde há pessoas bêbadas, há também pessoas buscando a cura pela ressaca e nada melhor do que meu café com bacons gordurosos para ser o antidoto.

- Estão abrindo uma nova boate. - Comento, limpando minha boca com o guardanapo.

- Isso não te incomoda? - Considero suas palavras, mas não entendo sua preocupação.

- Não é como se eles fossem uma concorrência, eles estão no lado oposto do restaurante, e não há motivos para quererem comprar o restaurante para demolir ou algo assim.

- Você é muito inocente, até para o seu próprio bem. - Jogando algumas notas de dez doláres, ele levanta sem despedidas.

- Por que? - Minha pergunta é perdida pelo sino tocando quando a porta é fechada.

- O que aconteceu dessa vez? - Manda aparece ao lado da mesa segurando um pano entre as mãos. Aponto com o polegar para a janela em direção onde o o caminhão está parado.

- Ele me disse que sou inocente demais por acreditar que eles são inofensivos. - Uma pequena carranca nasce em seu rosto, quando observa a movimentação. - Eles não são uma ameaça, ou são?

- O que eles poderiam fazer contra nós? - pergunta ao ocupar o lugar em que Jefred estava, seus olhos não desviaram para mim, mantendo toda sua atenção para janela. - Talvez Jefred seja apenas um homem velho, certo?

- Sim, pode ser isso. - Mas algo no meu peito dizia que eu estava errada.

💫💫💫💫

Mais tarde naquele dia, estava sozinha no restaurante terminando de organizar as mesas e lavar o chão quando a figura de um homem parado no outro lado da rua chama a minha atenção. Seu rosto está coberto por um capuz preto, assim como toda sua roupa, a escuridão não permite olhar seu rosto, deixando-me desconfortável.

Os carros passam na avenida, mas ele continua parado no mesmo lugar, por um momento meu corpo treme de medo por estar sendo observada. Aumentando meu aperto sobre o cabo de vassoura, tiro meu telefone do bolso do meu avental para ligar para emergência, no momento em que minha orelha toca o celular a figura acena uma vez, antes de descer a rua em direção ao prédio abandonado. Corro até a porta, mas não encontro, mas nenhum sinal dele.

Promessas Quebradas ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora