Capítulo 3

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Ignorem os erros!❤️🤞

Paige

No outro dia meu corpo está pesado e dolorido como se eu estivesse corrido uma maratona inteira durante a noite. Tiro as cobertas do meu rosto afastando os fios de cabelo.

O meu alarme ainda não tocou, o que significa que minha noite de sono foi baseada apenas em  três horas de sono. As janelas estão escuras e o letreiro vermelho do relógio diz que são 4:30, caio de volta na cama quando cobrindo meus olhos com o braço ao lembrar o que hoje significa. Um vazio se instala sobre o meu peito, nenhuma lágrima escorre pelo o meu rosto, porque não há mais o que chorar. 

Olho para a foto sobre o criado mudo, onde há uma foto minha com Abel e Mama nos segurando. Tudo o que eu queria poder fazer nesse momento é trazê-los de volta para um último abraço. Aperto o travesseiro contra o peito observando-o seus rostos querendo-os guardar para mim, antes de sair da cama para começar minha higiene matinal. 

Antes de descer, mando uma rápida mensagem para Manda avisando que não irei trabalhar hoje, gosto de deixar o meu dia livre para visitá-los no cemitério antes de sentar em um banco próximo ao túmulos, enquanto os atualizo sobre a minha vida. Essa rotina começou após o enterro de mama, do Abel se intensificou e com vovó foi apenas natural. Talvez a morte esteja muito presente na minha vida, mas não sei como mudar isso. 

Respirando fundo deixo meu celular sobre a cama precisando de um tempo apenas para mim. Começo a desligar as luzes de acordo com que a luz do sol vai entrando nos cômodos, o medo que senti ontem a noite, hoje parece ser apenas um incomodo distante. Abro as cortinas da cozinha para deixar a luz entrar, começando a preparar algumas tortas e cupcake testando algumas receitas para o restaurante. 

No momento que meu celular começa a tocar no andar de cima, ligo o rádio cantando em plenos pulmões a música Coming Around Again da Carly Simon. 

I know nothing stays the same

But if you're willing to play the gameIt's coming around again

So don't mind if I fall apart

There's more room in a broken heart

— Eu sei que mamãe, não está mais aqui, mas você não pode sair por aí desobedecendo suas ordens. 

Ele não parecia perigoso. — Murmuro seguindo Abel para casa. Depois que ele e Raze se apresentaram, um silêncio constrangedor surgiu entre nós, até que o celular de Abel tocou com uma mensagem de nossa avó perguntando se ele tinha me encontrado. Depois disso nos despedimos e fizemos nosso caminho para casa.

— Nosso pai também não, mas olha o que ele fez — Meus pés travam no meio do caminho e meus lábios começam a tremer, enquanto continuo encarando sua mandíbula fechada e seus olhos tristes. Passando as mãos pelos cabelos, vira de costas, respirando fundo, voltando a me olhar segundo depois com a expressão mais aberta. — Tem certeza que Raze não parece perigoso? Ele me lembrou um pouco o Jafar (vilão de Aladdin)

— Hum...não? Raze é muito mais bonito. 

Minha resposta parece tê-lo pego desprevenido, pois sua boca se abre e fecha várias vezes como a Dory de procurando Nemo, olhando-me com um olhar cético. 

— Você...você o achou bonito? 

— Sim. — Dou de ombro, porque não sei o motivo da sua reação. Ele olha para o céu e murmura um "obrigado, mãe". Mas ele não parece realmente grato. 

Promessas Quebradas ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora