Capítulo 24

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Raze

— Conseguiu alguma coisa — entrego uma toalha branca para que Asafe limpa as mãos do sangue do homem a sua frente. Seu torso está nu deixando as tatuagens macabras expostas assim como algumas cicatrizes adquiridas ao longo dos anos.

O rosto do homem está inchado e a camisa branca está um pouco aberta deixando a única tatuagem em sua pele exposta. Homens do Ivan.

— Ele foi treinado para não falar.

Cruzo meus braços sobre o peito analisando a cena a minha frente. Ivan está perdendo a paciência, ele precise que Paige venda o restaurante para que sua morte e seu desaparecimento da cidade não vire noticias. Uma garota desaparecer do nada depois de entregar uma grande parte da sua vida ao local seria suspeito, por isso seu interesse na venda.

— Ele não quer que as pessoas desconfiem.

— Se Paige vender o restaurante, as pessoas vão demorar a associar seu desaparecimento com sua morte. — Asafe joga a toalha no chão sem se importar em limpar o seu torso ensanguentado. — Você vai matá-lo? Torturá-lo não vai fazê-lo falar.

— Prometi a Paige que não faria.

— Bom — tirando a faca da sua nota, aproxima-se do homem obrigando-o a olhar para ele. — Nos encontramos em breve — Sem hesitar corta a garganta deixando o sangue jorrar.

— Belo show — reviro os olhos voltando a subir para meu escritório. Asafe segue atrás de mim, deixando que os rapazes terminem de limpar.

— O que fazemos agora?

— Não podemos mata-lo quando temos seus homens ao reboque. Eles sabem que não temos interesse em continuar o legado, e não temos o sangue seu sangue como Abel tinha. Não há chance de nos apoiarem nessa guerra, principalmente quando uma disputa por território tomaria proporções altas.

— Precisamos de ajuda. Essa vida de criminoso está acabando comigo — limpa a faca em seu antebraço deixando o sangue manchar sua pele. — Paige não vai estar grávida para sempre.

— Eu sei.

Raze

Entro na casa de Paige, utilizando as chaves que ela me deu na última semana depois que decidiu acreditar que estou realmente ficando.

Manda enviou uma mensagem avisando que Paige estava mais calma em relação ao seu interrogatório. Só espero que nenhuma delas pergunte sobre o paradeiro do comprador.

A sala está escura e apenas o barulho baixo da televisão ligada preenche o ambiente. Manda esta sentada com os pés sobre a mesa e os pés de uma Paige adormecida sobre seu colo.

— Você não vai ter nenhum estresse pelas próximas cinco horas. O pequeno parece tá esgotando-a rápida.

Sorrio apenas com a menção do meu filho em Paige.

— Obrigado por ter ficado com ela.

— Ela é a minha amiga antes de tudo.

— Eu sei.

Levantando com cuidado, coloca alguns travesseiros para substituir onde seu colo estava.

— Sobre o que estávamos falando mais cedo, não o mencione mais. Ryan não merece isso.

— Tudo bem. Vou deixar você seguir em frente.

— Obrigada — bate em meu peito ao passar por mim indo em direção a saída. Espero trancar a porta antes de caminhar em direção ao corpo adormecido de Paige. Pegando-a no colo, ela resmunga um pouco antes de se acomodar em meio peito. Passo pela porta aberta do quarto da Abel e entro em seu quarto.

Promessas Quebradas ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora