Capítulo 10

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Paige

Raze espera apenas meu aceno antes de atacar minha boca com sua. O seu beijo no inicio é violento e selvagem, quase não consigo respirar como se ele não conseguisse ter o suficiente. Minhas mãos apertam seus bíceps e aos poucos o beijo vai acalmando, como se ele tivesse saboreando minha boca. A cada toque da sua língua contra minha um calor desconhecido começa a se formar contra meu centro deixando-me úmida.

Ele nos puxa em direção ao sofá fazendo-me sentar em seu colo. O meu vestido sobe em direção a minha cintura deixando a única barreira entre meu sexo e o dele o tecido fino da minha calcinha e sua calça jeans. Suas mãos descem pelo meu rosto em direção aos meus braços até pararem em minha coxas levantando meu vestido expondo todo meu corpo. Tirando o vestido do meu corpo, ele joga em algum canto da sala deixando apenas de calcinha e sutiã. Começo a tirar sua blusa, mas suas mãos prendem a minha no lugar entre nossos peitos.

— A blusa fica, por enquanto. — Excitada demais para questionar sigo os seus comando, sentindo-me sua ereção contra mim. Começo a mover meu quadril perseguindo algo que está além de mim. — Isso, baby.

Suas mãos hábeis tiram meu sutiã e logo seus lábios encontrar meus seios sugando-me com força. De repente a timidez desaparece e começo a montá-lo com rapidez.

— Raze, por favor... — gemo apertando sua cabeça contra meus seios querendo-o mais.

Ele parece entender meu pedido, pois se levante levando-nos em direção ao corredor antes de entrar em um dos quartos. Coloca meu corpo na cama e não tenho tempo de reclamar, pois logo ele se junta a minha tirando minha calcinha deixando-me completamente nua. Meu único alivio é que as luzes estão apagadas e eu não preciso me preocupar com inseguranças.

Não demora muito para que ele tire suas roupas encontrando meu corpo na cama.

— Última chance de você fugir de mim para sempre, baby.

— Eu confio em você. — Com isso ele se abre minhas pernas brincando comigo antes de começar a afundar levemente. Grito de dor pela intrusão, mas seus lábios engolem meus gritos em um beijo profundo, a dor não diminuiu completamente, mas se torna menos desconfortável. O movimento suave dos seus quadris me fazem estremecer e de repente estou entregue a ele. Completamente. Para sempre. Nossas escolhas nos levaram a esse momento.

***

Acordo com o toque suave de um celular, tateio a cama em busca do meu celular lembrando de que não avisei que cheguei a em casa. Mas o gemido masculino me lembra que não cheguei em casa, estou no quarto de Raze depois de ter dado minha virgindade a ele.

Felicidade aquece meu peito, mas logo é perdida quando encontro meu celular, mas não é meu celular e sim de Raze. Meus olhos demoram a se adaptar a luz da tela, mas quando faz, sinto uma dor profunda no meu estômago como se estivesse sendo atingida por um soco.

Asafe: Você fodeu a garotinha?

Tento encontrar sentidos nas suas palavras, mas tudo o que consigo sentir é dor. As suas palavras sobre amá-lo não passaram de um jogo com seus amigos doentes e eu só sentir nojo e raiva de mim mesma.

Saindo da cama com cuidado, não me preocupo em buscar minha calcinha quando volto para sala. Coloco meu sutiã na bolsa e visto meu vestido novamente saindo do apartamento sem olhar para trás.

Em todo o caminho até a casa meu celular toca repetidamente com um número desconhecido, até a pessoa desiste e manda uma mensagem.

Desconhecido: Pelo menos me diga que você está bem.

Não me incomodo em responder e nem me preocupa o fato dele ter meu número já que eu não mudei desde que tinha 15 anos. Uma parte louca minha tinha esperanças de que ele um dia iria mandar uma mensagem com seu paradeiro, mas quando ele finalmente fez, tudo o que desejo é que ele retorne para onde ele veio. Prefiro permanecer anestesiada do que com raiva do meu passado.

***

— Mil desculpas por ter te deixado sozinha ontem, mas eu estava tão empolgada. — Manda fala quando me encontra na cozinha horas mais tarde. Seus olhos estão inchados pela falta de sono e seu cabelo molhado, eu não estou muito melhor do que ela. A única diferença é que meu olhos inchados são pelas lágrimas que consegui disfarçar com corretivo.

— Não precisa se desculpar minha noite foi maravilhosa. — Minto descaradamente.

— Huuuuuum vou saber mais sobre isso mais tarde.

— Não mesmo, não vou te dar mais armas para usar contra mim.

— Você não é muito divertida. — Seu resmungo me faz sorrir e gosto dessa sensação, por isso foco todo o meu dia nela e na sua conversa na esperança de conseguir preencher o vazio que se estalou no meu peito.

Meu telefone está desligado debaixo do banco do meu carro depois que Raze começou a enviar mensagem a cada cinco minutos depois que não respondi na primeira vez. Mas o que ele queria eu falasse? Que ele estava certo quando disse que eu iria odiá-lo para sempre? O pior é que eu não o odeio, eu simplesmente me odeio.

— Você está diferente — Jefred comenta quando sento na sua frente com meu próprio café. Sem bacon, sem creme, apenas um xicara de café.

— O senhor sempre fala que eu preciso ficar calar, eu estou. — Olho para a janela em busca do homem encapuzado, mas não encontro.

— Cadê sua comida assassina?

— Sem fome. — Brinco com a borda da minha xícara sentindo-me com uma telespectadora da minha própria vida. Suspirando volto a olhar para Jefred só para encontra-lo me encarando com um olhar avaliador.

Ele empurra seu prato com waffle na minha direção completamente intacto, antes de pegar a garra de molho e jogar uma grande quantidade sobre eles. Coloca o garfo na minha mão e sorri pela primeira vez, mas não é um sorriso que chega aos seus olhos, mas também não é um sorriso falso.

— Nenhuma dor dura para sempre. — Acena em direção ao prato. — Coma um pouco.

Mesmo sem fome faço o que ele pede, quando termino o encontro olhando para janela em silencio. Me arrependo no momento que sigo seu olhar, pois encontro o carro de Raze estacionado, parado em frente ao restaurante com os vidros abaixados olhando diretamente para mim.

— Alguém voltou para casa. — Jefred sussurra. Ele nunca foi muito fã de Raze ou de Abel, por causa da época de rebeldia. Abel foi perdoado após sua morte, mas Raze não teve a mesma sorte.

— Infelizmente. — Não olho para ele, muito menos me interessa sua reação as minhas palavras, tudo o que consigo fazer é encarar Raze, até que ele volta a dirigir seu carro desaparecendo de nossas vistas. 

Promessas Quebradas ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora