Jamais Vú (extra 2)

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Eu deveria mesmo estar aqui?

Isso já passou cinco vezes pela a cabeça de Jungkook nos últimos três segundos.

Jungkook começava a contar.

1...

Abria o pequeno portão que separava a casa da rua.

2...

Um, depois dois, depois três passos até a porta. Sua respiração foi se elevando a cada novo passo.

3...

Sem saber exatamente como, a mão de Jungkook sobe e vai em direção a campainha da casa, fazendo seu corpo tremer. Não pelo contato com o metal frio em seu dedo, e sim pelo som familiar que tocou em seguida.

Jungkook se perguntava se poderia ir embora rápido o suficiente para não ser notado.

Resposta era: não.

A porta estava se abrindo e uma figura parecida com a sua aparece.

— Jungkook? – Diz a figura.

Jungkook sorri.

— Até onde eu sei, esse é meu nome. — Diz, com a voz baixa.

Jung-hyun, seu irmão, o puxa para um abraço.

— Quanto tempo! Não lembrou mais da família depois que ficou rico, né?

Jungkook, que estava rindo, parou de supetão.

— Você sabe por que eu não mantive contato, hyung.

Jung-hyun limpa a garganta.

— Sei... Mas, enfim, o que você está fazendo aqui?

— Nossa omma me chamou. — Jungkook o responde, achando seus sapatos, de repente, muito interessantes.

Jung-hyun sorriu.

— Que ótimo, entre, por favor. Não repare na bagunça, ô grande astro do k-pop.

Jungkook revira os olhos e da uma batidinha na cabeça de seu Hyung.

Seu irmão ri, e o acompanha até as escadas.

— omma? Temos visita. – Diz, batendo na porta do quarto dela.

— Se for o cara moreno diz que eu morri.

— Ok. Jungkook, eu sinto lhe informar, mas a nossa omma morreu. – Diz Jung-hyun, fazendo cara de choro.

— Jungkook...? – A porta de repente se abre.

Uma mulher, na casa dos 40 anos, aparece. Levemente descabelada, e com um pedaço de linha enrolada em sua mão.

— Oi, omma... – Jungkook diz, percebendo o quanto ama a cor de seu tênis.

A mulher o abraça.

— Jungkook.... me... desculpa, meu filho. Por favor, me d-desculpa... e-eu fui uma péssima mãe, eu te c-culpei por algo que você não tinha nada a ver... Eu sou uma p-pessoa horrível e você t-tem todo o direito de me odiar, de me xingar, por que foi isso q-que eu fiz com você. Eu d-deveria ter te apoiado, d-deveríamos ter p-passado pela morte do seu appa juntos.... Eu não tenho d-desculpas para o que eu f-fiz...

E Jungkook fez a única coisa que aparecerá em sua mente.

Ele abraçou forte sua omma, e disse que tudo ficaria bem.

— Eu vou fazer algo para comermos. – Disse Jung-hyun, saindo do local.

Jungkook concordou, enquanto apertava cada vez mais sua omma.

Serendipity • {PJM × JJK}Onde histórias criam vida. Descubra agora