19 Primaveras (Concluído)

🌹 15 🌹 Conversa

Não me deixes desistir
Não me deixes desistir
Não me deixes desistir
Não me deixes desistir
Não me deixes desistir | Ana Nóbrega

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Ela me leva para para o campo onde enquanto a ajudo organizar as coisas para a gincana, conversamos.

-Elim preciso saber se está acontecendo alguma coisa.-começa ajeitando a mesa com os pratinhos que estarão com glacê daqui alguns minutos.-Você quer me falar algo?

-Eu não sei.-murmuro um tanto confusa.-Parece que vir pra cá não foi uma boa ideia.

-E por que acha isso?-coloca a sineta em cima da outra mesa.-Alguém fez alguma coisa com você? Pode me contar, Elim.

-Eu acho que estamos todos em processo de adaptação.-digo meio incerta.-E sempre acham o novato antipático, então, acredito que por este motivo alguns ainda irão se acostumar comigo daqui um pouco mais de tempo.

-Te trataram mal?-sua expressão demonstra total preocupação.

-Luísa eu prefiro não falar nada.-respondo olhando para as árvores que rodeiam o campo o que nos proporciona sombra em alguns poucos perímetros.-Não tenho do que reclamar de ninguém.

Era mentira. Bianca estava me incomodando. Já as outras duas me sentia muito melhor em relação a elas.

-Eu não acho isso.-me convida para sentar debaixo de uma das árvores e eu aceito.-Acho que só não quer expor o que está acontecendo e não posso e nem vou te forçar falar, mas, se quiser sabe que estou aqui para te ajudar. Estarei de olho em todos e estarei sondando o comportamento também. Seria bem melhor que você me falasse, mas, se não quer, tudo bem.

Eu fico observando o nada pensando em tudo.

-Só posso dizer que não me tranquei naquele quarto com o Gean, que não escorreguei na piscina e que aquele dia que dormir do lado de fora não foi intencional. Pegamos no sono ainda conversando que nem vimos. E o tapa na Quéren foi um impulso negativo que me arrependo, mas, agora estamos bem.-desabafo rapidamente e ela segura meu braço levemente.

-Eu acredito em você Elim.-me assegura.-Calma.

-Você acredita mesmo?-meu interior se tranquiliza.-Que bom.

Respiro fundo e a mesma sorrir me transmitindo paz.

-Percebi que muitas coisas vem acontecendo com você e por isso te chamei pra conversar, se alguém tem te tratado mal ou feito mal a você, preciso saber pra entrar com as devidas providências. Não aceito isso em nosso meio. Ok?-me olha transmitindo coragem para falar qualquer coisa.

-Ok.-repito respirando fundo em seguida.-Obrigada.

-Certo.-se levanta me estendendo a mão.-Vamos almoçar que hoje tenho muitas perguntas para fazer.

Me levanto segurando sua mão e seguimos lado a lado até à mesa que está sendo arrumada por dona Carina e Nancy.

Todos se aproximam da mesa e seu Jorge faz a oração e assim nos deliciamos com as batatas gratinadas feitas especialmente por dona Carina.

-Isso está muito gostoso.-digo após comer mais um pouco das batatas.

-Obrigada princesa.-agradece sorridente o que a deixa extremamente fofa.