🌹 30 🌹 O meu melhor culto

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"Insubstituível és
Oh, meu Senhor
Por mais que eu tente
Não encontrarei igual"
Insubstituível | Luma Elpidio e Fernandinho

♡♡♡

Acordamos cedo e arrumamos a casa logo após o café da manhã. Organizei o meu quarto trocando o lençol e a cortina, dobrei todas as minhas roupas novamente e limpei os móveis levemente empoeirados. Quando me senti satisfeita com o quarto peguei o cesto de roupas sujas e fui para a área de serviço lavá-las. Finalizei tudo assim que mamãe terminou o almoço.

Nos sentamos à mesa e após orarmos nos servimos com a deliciosa comida preparada com muito amor por mamãe.

-E o Asafe?-meu pai questiona me fazendo largar a colher do arroz para encará-lo.-Ele disse algo a mais de ontem?

Talvez ele esteja ficado traumatizado, pois, nem me mandou mensagem.

-Não.-respondo imediatamente e volto a pegar a concha do arroz.-Por quê?

-Curiosidade.-diz por fim indiferente.

-Acho que vocês dois mal educados assustaram o pobre garoto.-dona Angelis interfere os olhando.

-Eu não fiz nada demais.-o pirralho expressa com a cara mais cínica que já vi.

Evito me expressar e me concentro em comer.

Depois do almoço me ajeito no sofá com Ota para assistir até escutar alguém me chamar no portão e ao sair na porta sorrio ao ver B e Clarinha.

-Fera menor.-expresso abrindo o portãzinho e ela pula em meus braços.-Que saudadezinha neném.

-Também senti muito a sua falta.-enfatiza a palavra "muito" me fazendo apertá-la mais ainda.-Que bom que você e a chata da B estão de volta, não aguentava mais ter que enxugar as louças.

Gargalho a colocando no chão e Brenda a olha incrédula.

-Que pirralha terrível.-anuncia cruzando os braços.-Você disse que não aguentava mais acordar e não me ver em casa.

-É verdade.-confirma a imitando de braços cruzados.-Pra ajudar a mamãe.

-Gente, que monstrinho.-murmuro as induzindo a entrar.

Ota salta do sofá e corre para abraçar Brenda e logo após Clarinha que sorrir. Eles saem de mãos dadas em disparada para o balanço no quintal e convido a B para tomar um copo de suco na cozinha.

-Como andam as coisas minha jovem?-pergunta levando o suco à boca.

Respiro fundo brincando com o copo e sorrio.

-Meu pai conheceu o Asafe ontem.-nem preciso dizer mais nada para que ela jogue fora o suco.-Que isso Brenda?

Ela tosse um pouco antes de ir à pia pegar o pano para limpar a sujeira que aprontou.

-Elim?-me olha abismada.-Você costumava me contar as coisas em primeira mão, o que houve?

-Nada.-justifico colocando mais suco para ela.-Só não lembrei de te falar.

Ela me olha desconfiada e finjo não perceber.

-E como foi?-seus olhos esbanjam pura curiosidade.

-Primeiro que o Otávio o recebeu com um chute na canela.-ela tenta segurar a risada, porém, não dá muito certo e ainda bem que estava sem suco.-Não rir, Brenda. Pra completar meu pai apertou a mão do garoto ao ponto dele ficar desesperado sem conseguir falar nada. Esses dois são terríveis e antes de sairmos Otávio ainda fez um gesto para ele que me deixou incrédula.

19 Primaveras (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora