Encontro ao Acaso - Série ao Acaso [COMPLETO]

18

Depois de um final de semana conturbado, com o primeiro dia sem Arturo. Maite faltou no domingo, Rique tinha a liberado para um dia de descanso, era estranho como o café ficava em falta sem ela.

Seus olhos mostravam como a noite tinha sido, preferi não comentar, afinal, eu tinha ouvido todo o choro. Maite estava sentada no sofá com um copo de chá, ela encarava a janela e a chuva que caía. O aspecto de melancolia estava vivo dentro do apartamento, e na cidade cinza, a famosa selva de pedra.

Sentei-me ao seu lado, e puxei sua mão para mim, nossas mãos sempre estariam conectadas.

- Está tudo bem?

- Não – respondeu virando para mim, seus olhos estavam inchados. –, mas vai ficar... Eu tenho você, Alissa, não preciso de nada mais.

- E sempre terá.

Nos abraçamos, claro que não existia outra maneira, sempre estaríamos juntas. Maite era uma parte minha que eu não abriria mão por nada nesse mundo. Eu precisava falar com ela sobre o apartamento, que ele era nosso agora.

O dia de pagar as contas estava chegando, logo Maite começaria a ficar nervosa com tudo, e pensar em desistir da faculdade. E era por isso, que eu tinha ido naquela maldita festa. Ela não desistiria de mais nada em sua vida.

- Precisamos arrumar tudo... – me soltou, limpando as lágrimas.

Henrique finalmente tinha nos dado um dia em conjunto de liberdade, e teríamos o jantar oficial para apresentar os "namorados". Lúcio, na verdade, mas todos já o conheciam.

- Não acredito que Rique me deu uma folga na segunda...

- Eu tenho algo para te contar...

Olhei para Maite. Ansiosa, era como me sentia. Sua voz parecia nervosa.

- O Henrique só abre na segunda por sua causa, ele sabe que você adora ficar lá, e que você gosta de ter as quartas livres...

- Então, eu tenho uma folga para ficar sozinha porque o Henrique me conhece mais do que eu imaginava?

- Todo mundo sabe – Maite levou as mãos até o cabelo, e os colocou atrás da orelha. – que você gosta de ficar sozinha sempre que pode, então, sim...

- Eu não sei o que fazer com essa informação. – encarei a parede e depois seu rosto de novo – O Henrique só vai trabalhar por minha causa?

- Sim.

- Isso não faz sentido...

- Também acho, mas ele diz que não quer tirar esse dia de você.

Era estranho saber que meu chefe, e amigo, apenas ia trabalhar porque não queria me tirar um dia, que ele achava que eu amava.

Eu realmente amava, mas pensava em como seria tirar folga com Maite e Gustavo, as coisas que poderíamos fazer.

- Vamos arrumar a mesa do jantar...

Fazia sentido o jantar ser aqui, apesar de Henrique ter oferecido o café. Alguém sempre bateria lá para que servíssemos algo, aqui seriamos apenas amigos em torno de uma mesa conversando.

Maite preparou um menu saboroso e simples, era um jantar de família.

Quando terminamos de arrumar tudo, nos separamos para finalmente nos arrumarmos. Seria a primeira vez que tanta gente estaria no meu apartamento, e eu me sentia menos assustada do que imaginei que ficaria. Claro que ninguém ia entrar no meu quarto, setor proibido no momento.

Estava esperando o banheiro ficar livre para poder tomar banho, tinha que ficar apresentável para o jantar, afinal, Bernardo e Karolina também viriam.