XVI. Arthus de Drunkar

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Arthus acordou desorientado, sentia seu corpo pesado e um terrível gosto de ferro na boca. O cheiro de queimado impregnava o ar. Quando tentou levantar sentiu tontura.
- Mais que merda - Ele xingou.
Sua cabeça martelava sem parar. Sua armadura havia sido arrancada deixando-o com a roupa fina de baixo. Seu corpo estava coberto de fuligem e sujeira. Ele só se lembrava das figuras de preto, da aproximação e depois uma luz muito forte descendo do céu. O que foi aquilo? Ele passou a mão pelo rosto e suspirou.
- Achei que não acordaria - Allon apareceu na porta do pequeno quarto.
- O que aconteceu? - Arthus não conseguia se lembrar de muito coisa, as imagens estavam confusas - Todos estão bem?
Allon abaixou a cabeça e não disse nada.
- Alguém morreu? - Arthus perguntou com medo.
- Todos estão vivos - O guerreiro mais velho disse olhando para todos os cantos do quarto, menos nos olhos dele. Isso incomodou profundamente.
- Então porque parece que está de luto?
Allon mordeu os lábios e seu queixo tremeu.
- Eles levaram ela - Disse por fim.
- Allyria? - Arthus perguntou em pânico, torcendo que aquilo fosse mentira.
O outro balançou a cabeça concordando, com olhos tristes encarou Arthus.
- E eu não consegui fazer nada - Confessou.
- Pare de se lamentar! - Arthus explodiu - Não podemos ficar aqui parados esperando por um milagre. O que iremos fazer para salvá-la? Você tem um plano não tem? - O guerreiro mais novo olhava para Allon com expectativa.
- Tenho - Ele concordou com a cabeça e deu um sorriso forçado - E vou precisar de ajuda.
- Aos seus serviços mestre - Arthus bateu continência.

As três chaves de Ecco - O guerreiro e o escolhidoOnde histórias criam vida. Descubra agora