IV

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Camila Mendes

Cheguei em casa cansada, mas ainda chocada com o que aconteceu, no resto de tempo que eu tinha lá, ele simplesmente me ignorou, não me olhou e nem me falou nada, será que ele não gostou?. Eu não vou menti, no momento em que eu o conheci, algo se alarmou dentro de mim, como se eu tivesse encontrado algo que faltava em mim, mas deve ser só impressão. Paro de pensar nisso e vou tomar uma banho, logo depois me visto e vou estudar. Estudei e logo depois fui dormir.

[...]

Chego atrasada na faculdade, bato na porta e pergunto se posso entrar, o professor permite mas mesmo assim me deu um sermão. Sentei ao lado de Lili e comecei a prestar atenção na aula.

-- Amiga, o que aconteceu que ontem quando você foi pegar água, você demorou tanto? - Ela me pergunta com um olhar de curiosidade.

-- Ah, eu me perdi, a sua casa é enorme. Me desculpa - inventei qualquer desculpa, parece que ela acreditou pois não Perguntou nada e foi prestar atenção na aula.

Minutos depois, fomos almoçar, não parava de pensar no que aconteceu ontem. Será que ele só me usou?.

-- Amiga... Amiga!! - Desperto de meus pensamentos quando Lili me chama.

-- Ah, Oi amiga, desculpa, estava pensando em algumas coisas - Falo mexendo na comida.

-- Ei, tá tudo bem? Parece que está voando e não tá tão feliz igual em todos os dias - Ela pergunta com um semblante preocupado.

-- Ta... Ta tudo bem, só com saudade dos meus pais. - Digo

-- Você sempre foi muito apegada a eles né? - Eu assinto, e ela não diz mais nada.

Minutos depois voltamos pra a aula, não consigo me concentrar muito pois o que aconteceu não sai da minha cabeça. Meio dia fomos pra casa dela como todos os dias, mas parece que alguém não estava ali, ele não estava ali. Confesso que senti uma pequena falta dele mas logo passou, eu não sou nada dele pra estar sua sentindo falta.

[...]

-- Amiga, amanhã vai ter uma festinha aqui em casa com alguns amigos meus e do meu irmão, que vim? - Lili pergunta enquanto me leva até a porta

-- Ah, não sei Lili, não gosto muito dessas coisas - Digo sem graça

-- Ah, por favor, vem, vai ser legal. Se quiser, eu passo na sua casa pra te buscar, e cá entre nós. Vai ter muitos gatinhos aqui, vai que você arranja um boy pra você - Ela diz me fazendo soltar uma risada

-- Olha, eu posso até vim, mas não quero ninguém e acho que ninguém vai me querer. Olha pra mim amiga, nunca beijei na boca, nunca fiz coisas, estudo muito,e nem sou bonita - Digo e ela me olha espantada.

-- Garota, agora eu entendo o por que você usa óculos, como você me fala que você não é bonita. Amiga, você é linda, e com todo respeito, gostosa, e daí que você nunca beijou e nunca fez sexo?! - Não vou contar pra ela que o irmão dela me beijou, até por que pra ele não foi nada.

-- Ah, ta bom, amanhã eu venho então. Não precisa me buscar, não quero te incomodar, eu peço um uber. - Digo e vejo ela dar pulinhos

-- Aaa, que bom, e você não incomoda não, eu vou te buscar, me passa a localização depois. Boa noite amiga, beijos - Me despedi dela e fui embora.

No meio do caminho uma chuva forte começou a cair, corri para dentro de um cafeteria, eu estava sem internet pra pedir um uber e na cafeteria não tinha internet.

Aproveitei para comer algo, pedi 6 donuts e um chocolate quente, me alimentei e esperei alguns minutos para ver se a chuva passava, mas pelo jeito ela não passaria tão cedo, saí da cafeteria e resolvi enfrentar a chuva. Eu estava passando por ruas desertas até que alguém me puxou para um beco, era um cara desconhecido.

-- E aí gatinha, ta com frio? Vem cá que eu te esquento - Ela falou passando a mão em meu corpo encharcado.

-- Me solta! Por favor, me solta! me deixa em paz - Eu só conseguia falar isso, o choro veio a tona e o medo só aumentava, eu tentava me desvencilhar dele só que ele era mais forte que eu.

-- Pra que tanta pressa, vem cá - Ele falou com sua boca perto do meu pescoço e passando a mão nas minhas coxas.

Medo

-- Socorro!! Alguém me ajuda por favor - Eu gritava em meio ao choro, mas ninguém ouvia. Não sei de onde tirei a coragem e a força mas dei uma joelhada no meio das pernas dele e consegui me desvencilhar do mesmo.

-- AI, SUA VADIA! - Ele gritou, a primeira coisa que fiz foi correr, correr, e correr. Quando eu estava atravessando a rua, um carro veio em minha direção, mas conseguiu frear antes de me atingir. Graças a Deus.

Vejo quem estava dentro do carro, era ele. O mesmo saio do carro sem se importar com os carros que estavam atrás buzinando, veio até mim. Eu estava assustada, chorando, com medo. Ele encostou em mim, me distanciei.

-- Ei, o que aconteceu? - Ele me perguntou com um semblante preocupado.

-- Te... Tentaram... Um... Cara... Tentou... - Eu não conseguia falar, os soluços não deixavam.

--  Ei, calma, vem - Ele me abraçou e me levou pra dentro do seu carro, quando entrei, senti que estava salva. Ele me deu um copo d'água, bebi e minutos depois fui me acalmando.

-- Consegue falar agora? - Assenti, respirei fundo e comecei:

-- Eu estava indo pra casa, até que essa chuva forte veio, parei em uma cafeteria, comi e fui enfrentar a chuva. Quando eu estava passado por aquele beco... Um cara... Me puxou e começou a falar coisas, ele passou a mão em meu corpo... Ele... Ele tentou... - Não consegui terminar pois o choro veio de novo.

-- Ei, calma - Ele me abraçou, coloquei minha cabeça em seu ombro e me permiti chorar. Mas... Cadê aquele homem frio, durão que eu conhecia, que eu via todos os dias?

-- Vou te levar pra minha casa, você não está em condições de ficar sozinha - Isso foi a última coisa que escutei, pois caí no sono.

Kj Apa

Que ódio! ódio do filho da puta que tocou no corpo dela, a minha vontade era de matar aquele cara com as minhas próprias mãos. Sou contra qualquer tipo de assédio verbal e sexual, ainda mais com mulheres. Quero saber as características desse cara, vou levar ela na polícia depois para denunciar o cara, tenho amigos delegados, vou pedir eles pra que procurem esse cara até achar.

[...]

Agora ela está dormindo no quarto e na cama que pedi para preparar pra ela, o quarto é perto do meu por que se acontecer algo, vou estar por perto. Faço carinho em seu lindo rosto, fico observando - a, ela é incrivelmente linda, delicada.

Seus traços são uma mistura de fortes e delicados, o seu semblante de leveza e deixa mais calmo, sorrio bobo ao lembrar do que aconteceu ontem. Ela está mexendo comigo de um jeito que nenhuma mulher consegue mexer, ontem o desejo e a provocação me dominou. Embrulho a mesma, beijo sua cabeça, saio do quarto e vou para o meu.

Pode demorar o tempo que for, mas quando acharem o cara que tentou abusar dela, eu vou bater tanto nesse babaca que eu não vou ter pena.

Pode demorar o tempo que for, mas quando acharem o cara que tentou abusar dela, eu vou bater tanto nesse babaca que eu não vou ter pena

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E aí, o que acharam?

Quem quer matar esse cara que tentou abusar da nossa menina?

Quem está preparada para a festinha dos irmãos Apa, se preparem

comentem e votem!

Beijos e até, amo vocês💕

Love On FireOnde histórias criam vida. Descubra agora