LXXI

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Kj Apa

Camila...

Camila...

Camila...

É a única palavra que vem em minha cabeça, ando de um lado pra o outro do corredor, sem conseguir parar. Não comi, nem dormi, nem nada do tipo. Já faz quase cinco horas que Camila está dentro daquela sala e ninguém sai de lá pra me avisar. Eu já chorei tanto com medo de perder ela, já pedi a Deus pra que a não tire de nós, de mim. Camila se tornou tudo pra mim, ela e nossos filhos são tudo pra mim e eu não suportaria perde-los.

Sem aguentar mais esperar, vou até uma enfermeira que tinha acabado de sair de uma sala, eu precisa de notícias da minha esposa urgentemente.

- Enfermeira, você como está a minha esposa? Ela se chama Camila Mendes Apa, veio pra cá após desmaiar, ela tinha acabado de ter um bebê. - Perguntei passando a mão no meus fios ruivos, com medo do que ela poderia me falar.

- Eu acabei de sair de lá, estava ajudando os médicos. Não sei te explicar direito a situação dela moço, os médicos vão sair daqui a pouco. - Ela diz e simplesmente sai, sem nem deixar eu perguntar algo.

Espero mais alguns minutos, andando de uma lado pra o outro. Minha mãe e Hermione ligaram preocupadas pois sabiam o que tinha acontecido, ficaram muito preocupadas e disseram que estão vindo pra Nova York.

- Senhor Apa?. - Alguém tocou em meu ombro, virei imediatamente e me deparei com o médico.

- Doutor, me diz que minha esposa está bem, n-nós acabamos de ter um filho, o nosso segundo filho. Não podemos ficar sem ela, eu não posso viver sem ela! Me diz que ela está bem, por favor!. - Eu estava realmente desesperado e chorando.

- Senhor Apa, nós fizemos de tudo que podíamos, mas... - A sua cara não era nada boa.

Nesse momento o meu desespero só aumentou, o medo de perder minha esposa aumentou, fiquei pensando como seria minha vida sem ela. Sem sentir seu cheiro, seu carinho, seu beijo, sua voz, seu toque, seu corpo e a mulher maravilhosa. Pra mim tudo parou, só aquilo importava agora e o medo me dominava cada vez mais. Eu não consigo viver sem Camila, não consigo, eu simplesmente morro por ela.

- Ela está bem. A causa do desmaio pode ter sido por ter ficado muito tempo sem comer e ela usou todas as forças dela, a pressão dela tinha abaixado muito, nós tivemos que reanima-la. Ela é uma mulher muito forte, chegou a beira da morte mas agora já está bem. - Eu simplesmente abracei o médico e o agradeci mil vezes por ter salvado a vida da minha mulher.

- Obrigado mais uma vez. E-eu posso ver ela?. - Perguntei ansioso pra ver minha mulher.

- Pode sim, o quarto é o 272. - Eu simplesmente corri entre as pessoas, procurando o quarto onde estava a minha mulher, eu só queria ficar perto dela e não sair mais.

Achei o quarto, respirei fundo e abri devagar a porta, ela estava acordada mexendo na coberta. Estava pálida mas continuava linda, não consegui segurar a emoção de ve-la, fechei a porta e corri em sua direção, a abracei tão forte que fiquei com medo de esmaga-la.

- Por favor, não me assusta mais, nunca mais. Você não tem idéia do medo que fiquei de te perder, você é tudo pra mim. - Falei chorando, senti seus pequenos dedos acariciarem meus fios ruivos.

- Não era a minha intenção, desculpa. - Ela diz com a voz suave, me separei dela só para olhar seu lindo rosto.

- Eu fiquei desesperado quando você desmaiou, fiquei louco. - Falei, ela fez um carinho em meu rosto e beijou minha bochecha.

- Cadê o nosso filho?. Eu quero ver ele. - Ela disse.

- Está aqui. - Lili disse entrando no quarto com um pacotinho branco em seu colo, era nosso filho.

- Oh meu amor, a mamãe tá aqui meu bem. - Camila falou emocionada. - Ele já mamou?.

- Metade da mamadeira do leite de Sophia que tinha na geladeira. - Lili disse. Camila simplesmente tirou um seio de dentro da roupa e colocou na boquinha do filho que logo abocanhou.

- Oh meu Deus, é moreninho igual a mamãe! - Ela disse. - Dessa vez eu ganhei Kj. - Brincou e acabamos caindo na risada, o nosso pequeno não parava e olhar pra Camila, seus olhos eram grandes e expressivos igual os de Camila, mas era cor de mel igual ao meu. Sophia tinha os olhos igual os da mãe, grande, expressivos e cor de chocolate.

- Amor, que nome vamos dar pra ele?. - Camila parou um pouco pra pensar.

- Bom, nossos familiares nos deram alguns nomes mas... Tem um que gostei mais. - Ela disse.

- Qual?

- Dylan. - Ela disse e eu fico imaginando aquele pequenininho chamado Dylan.

- Dylan... Gostei.

- Então vai ser esse, nosso Dylan, nosso pequeno. - Ela disse acariciando a mãozinha do pequeno.

[...]

Camila Mendes

Coloquei meu pequeno pra dormir no berço ao meu lado, Sophia estava um pouco enciumada mas logo dei atenção a ela e a mesma se alegrou.

- Papai, deixa essa pequena princesa dormir aqui? - Perguntei após Kj sair do banheiro.

- Uau que princesa linda! Nunca vi uma tão linda assim!. - A mesma sorriu pra o pai e deu um grito agudo.

- Eita, cuidado pra não acordar seu irmão. - Falei, Kj a pegou enchendo-a de beijos.

- Vai dormir com o papai, a mamãe e o irmãozinho. - Kj disse, a peguei no colo novamente e nos deitamos, coloquei ela no meio de nós dois, comecei a cantar pra ela e a fazer carinho na mesma. A abracei mais, ela coçou os olhinhos e depois enrolou as mãozinhas em meu cabelo, era uma mania dela de quando dormia comigo.

Kj deu uma checada em Dylan, o mesmo dormia tranquilamente, Kj se deitou ao meu lado com cuidado por que Sophia já dormia. Nos cobrimos e nos aconchegamos perto de Sophia, ela já dormia tranquilamente, beijamos as bochechas gordas e rosadas dela.

- Boa noite amor.

- Boa noite vida. - Nos beijamos e dormimos, nós quatro, em família.

Não tem coisa melhor do que ficarmos todos juntos assim, felizes.

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E aí, o que acharam?

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Beijos!


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