Kj Apa
Os meus dias são monótonos, não consigo mais trabalhar, não como direito, minha irmã me força a comer e aí não tenho outra saída. Não saio mais de casa, a única coisa que eu faço e chorar... Chorar, chorar e chorar. A 8 meses atrás eu estava compondo uma música pra mulher que eu amo, falava muito sobre nós, mas aí o pior aconteceu. Até hoje eu não consigo entender o por que que ela fez isso comigo, ela não era o tipo de mulher de fazer essas coisas e aí ela fez...
Eu estava encolhido na minha cama chorando e relembrando das coisas boas que eu já vivi com ela, e aí eu lembro no final e choro, choro e choro. O meu celular toca, ignoro, mas ele continua tocando então vejo que era. Camila. Eu atendo ou não? Decido não atender, ela só vai me falar que me odeia e vai me agradecer por ter caído em seu planinho. Minutos depois Lili entra no meu quarto um pouco nervosa.
- Kj, levanta, precisamos ir ao hospital. - Lili diz e eu me assusto.
- O que aconteceu, está se sentindo mal? - Pergunto preocupado.
- Camila levou uma facada. - Ela diz e aquilo foi como um soco, mesmo que ela tenha feito aquilo comigo, ela ainda é o amor da minha vida e eu sempre vou me preocupar com ela.
- Com... Como você sabe? - Pergunto.
- Me ligaram do telefone dela, acho que foi a polícia e me falou. Levanta Kj, precisamos ir lá. - Ela diz, me levanto rapidamente, me arrumo e saímos.
[...]
Chegamos no hospital, ao entrarmos, Lili vai até a recepção.
- Boa tarde, sou... Amiga da paciente Camila Carraro Mendes. - Ela diz e a moça ver algo no computador.
- Ela está em cirurgia, podem aguardar por favor? - A moça diz, concordamos e nos sentamos.
As horas se passavam, parecia que nunca ia chegar a hora dela sair daquela sala.
- Parentes de Camila Carraro Mendes? - O médico diz e nos levantamos indo até o mesmo.
- Conseguimos estancar o sangue e fechar o corto, o corte foi grande e profundo então ela vai ter que ficar internada por uns 3 dias. - Ele diz.
- Podemos ver ela?. - Pergunto já desesperado. Ele assentiu e nos falou o quarto, entramos no elevador e fomos. Ao chegar no andar de cima, procuramos o quarto até que eu achei e então abri a porta...
Camila Mendes
Ao acordar, sinto uma luz forte no me rosto e vejo um teto branco. Olho para o meu lado direito e tinha aparelhos ligados e um soro entrando em minha veia, ao olhar para o outro lado, vejo Kj. Não, isso só podia ser um sonho, ou ele estava alí mesmo? Ele estava de cabeça baixa, mas logo levanta ao ver que eu estava acordada. Ele vem até mim.
- Cami...
- Ele não tá aqui né? Prenderam ele? Fala que ele não está aqui, por favor. - Falo e começo a chorar.
- Ei, calma, 'ele' não está aqui. - Ele diz e seca minhas lágrimas. Lili logo aparece.
- Você está sentindo algo?. - Ela pergunta.
- Não... Não sinto nada de ruim. Me diz que pegaram ele. - Falo ficando espantada de novo, Lili e Kj se entreolharam.
- Ele quem Camila?. - Lili pergunta.
- O... Ni... O... - Começo a sentir uma falta de ar. Lili se desespera e chama os médicos, eles logo aparecem e começam a me examinar, um me dá uma medicação. Um tempo depois eu acabo adormecendo.
[...]
Acordo e vejo Kj me analisando, vejo seus olhos sem brilho e aquilo parte o meu coração. Tudo culpa minha. Ele vem até mim, passa a mão em meus cabelos.
- Tá melhor? - Ele pergunta, mas eu estava distraída demais o admirando para poder falar algo, então só assinto.
- Me... Me perdoa... Por favor, eu te imploro... Me perdoa... - Digo com a voz fraca.
- depois falamos sobre isso Camila, o que importa agora é sua saúde. - Ele diz e da as costas pra mim, indo se sentar.
- E... Eu fui obrigada... - Digo e o mesmo para e vira pra mim.
- Como? - Ele pergunta vindo até mim.
- Eu fui obrigada... E... Ameaçada... Se eu não fizesse aquilo... Pra você... Ele ia te matar... - Falo.
- Ele quem? - Ele pergunta.
- O... - Quando eu ia falar, o médico entrou no quarto.
- Bom dia Camila, como está se sentindo?
- Bom dia doutor... Estou bem, só um pouco sonolenta. - Digo.
- Isso é por conta do remédio, vamos trocar seu curativo agora. - Ele diz, uma enfermeira levanta a minha blusa e começa a tirar o curativo antigo e limpa o corte. Olho para Kj e ele estava observando atentamente.
Depois de um tempo, terminaram o curativo, me deram uns remédios e saíram, deixando eu e Kj sozinhos novamente.
- Não precisa me falar nada agora, você ainda não tá bem. Quando se recuperar, você me fala. - Ele diz.
3 dias depois...
- Você está ótima senhorita Mendes, o seu corte já está cicatrizando bem e você não fez nada que fosse prejudicar sua saúde. Já pode ir pra casa, mas seu namorado vai ter que continuar fazendo os curativos e você tomando o anti-inflamatório. - Ele diz depois de apressar minha pressão, fico envergonhada quando ele diz aquilo. Kj estava ao meu lado, ele ficou todos esses dias comigo. Como eu faço mal a uma pessoa e ela fica do meu lado todo esse tempo? Eu nem contei a verdade pra ele ainda...
O médico tira a agulha do meu braço que era onde passava o soro, coloca um curativo. Desço da cama devagar, pego meu celular e saio do quarto, logo percebo que Kj está me seguindo. Me viro pra ele.
- O... Obrigada por ter ficado aqui comigo nesses dias... Bom, vou acertar as coisas aqui no hospital e depois vou embora. Até qualquer dia. - Digo meio sem graça.
- Eu já acertei tudo com o hospital. - Mesmo diz seriamente.
- Ah, me diz quanto gastou, vou te pagar...
- Você não vai me pagar nada, não precisa. Fiz isso por vontade própria. - O mesmo diz.
- Mas não é justo você ficar gastando dinheiro comigo, ainda mais agora que... Não temos o contato de antes. - Digo.
- Você. Não. Precisa. Me. Pagar. Nada. - Ele diz pausadamente para que eu entendesse.
- Tudo bem então, mas continuo achando errado. Bom, então eu vou indo lá pra a frente do hospital pedir um Uber. - Digo andando, ele segura em meu braço e me vira.
- Você vai pra minha casa. - Ele diz e eu fico surpresa. Como assim eu vou para a casa dele? Ele não me odeia?
- Não precis...
- Camila, você vai pra lá e ponto final. O meu motorista já está nos esperando. - Do jeito que eu o conheço, sei que não vai adiantar eu ficar aqui falando que não precisa. É capaz dele me pegar no colo e me colocar dentro daquele carro. Me rendo e vamos para fora do hospital, logo vimos o motorista dele e entramos no carro.
O caminho foi inteiro em silêncio, um silêncio constrangedor. Chegamos, ele me ajuda a subir as escadas para não fazer muito esforço no abdômen. Me leva para o seu quarto e me coloca sentada lá com as costas na cabeceira.
- Olha, você deve me odiar, então eu não sei o por que quer que eu fique aqui na sua casa, não sei o por que pagou o hospital pra mim, mas obrigada mesmo assim. - Digo se graça.
- Eu não te odeio. Eu ainda te amo. - O mesmo diz e aquelas palavras fizeram o meu corpo arrepiar por inteiro.
Ele ainda me ama...
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Love On Fire
Fiksi PenggemarCamila Mendes é uma estudante de medicina de 20 anos, fofa, delicada, inocente, romântica e virgem. Um dia na faculdade ela esbarra no poderoso magnata Kj Apa. Nasce uma complexa relação entre ambos: com a descoberta amorosa e sexual, Camila conhece...