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2 semanas depois...

Kj Apa

Eu já não tenho mais tempo pra nada, só pra cuidar dos meus filhos e investigar sobre minha esposa. Eu mal durmo, Lili me obriga a comer mesmo eu não estando com fome, mas a coisa que mais dói é ver minha filha chamando pela mãe e Dylan chorando querendo a mãe pra acalmar.

Já chorei muitas noites sentido falta dela, do cheiro dela, do carinho, dos beijos, da sua voz, da sua alegria. Dela por inteiro.

Mas hoje, hoje a polícia deu um sinal, o carro foi encontrado em uma casa em uma cidade pequena vizinha, com pouquíssimos moradores, quase ninguém. Lili cuidou de Sophia e Dylan pra mim hoje, fiquei o dia todo com a polícia investigando isso.

- Encontramos! Encontramos a casa e já sabemos a cidade. - Um dos policiais disse.

- Prepare três carros, vamos agora! - O delegado disse, os policiais foram se organizar. - Nós vamos resgatar a senhora Apa. - O delegado me disse.

- Obrigado, muito obrigado. - O abracei, agradecendo-o. - Eu vou com vocês, eu mesmo quero levar minha esposa pra casa.

- Claro senhor Apa.

[...]

Paramos o carro e saltamos, a casa era bem acabada, pedaços caindo e uma mata ao redor dela. O ódio aumentava mais ainda ao saber que minha mulher pode estar alí dentro.

- Vocês vão pelo fundo, vocês ao redor e vocês vão vim comigo. - O delegado planejava com os policiais. Todos começaram a se posicionar, eu fui junto com o delegado.

O delegado arrombou a porta e entrou com a arma já posicionada, escutei o grito de desespero da minha esposa e aquilo me quebrou. Eu não falei para o delegado, mas eu estava com uma arma na cintura e eu não ia esperar ele.

- Senhor Apa! - O delegado chamou pelo meu nome, mas não parei, andei até uma porta fechada que parecia ser um quarto. A abri de vez e vi a cena que fez eu chegar na gota d'água. Minha mulher estava com as pernas e as mãos amarradas, todo o seu corpo parecia machucado e ele tentando tirar a roupa dela, tocando em todo seu corpo e ela gritando ao prantos.

Bati minha arma em sua cabeça que o fez cair desacordado.

- Kj! Me ajuda! - Ela gritava chorando, desesperada e toda machucada.

- Calma meu amor. - Cheguei perto dela e a desamarrei toda, beijei seus lábios e tentei abraça-la mas ela gemeu alto de dor. A tristeza e o ódio se misturavam dentro de mim e eu não ia deixar isso barato.

- Não coloque ele no carro, algeme ele e o coloca ajoelhado lá fora. - Falei pra os polícias que entraram no quarto, logo eles fizeram o que pedir. Minha atenção voltou pra minha esposa. - Meu amor, sei que está toda dolorida, mas vou ter que te pegar no colo.

Ela só assentiu, a peguei com muito cuidado mas ela ainda gemia de dor. Saí da casa com ela no colo, um policial abriu a porta do meu carro pra mim. A coloquei no banco de trás e a embrulhei. Tentei sair mais ela puxou minha mão.

- Fi-fica aqui comigo... - Ela diz com a voz fraca e falhada.

- Meu amor, eu já volto. Vou nos livrar daquele desgraçado que tentou fazer coisas com você. - Falei cheio de ódio, fechei a porta do carro trancando-o.

Fui até onde estava o desgraçado ajoelhado, cheguei em sua frente e não aguentei olha-lo por muito tempo, dei um murro muito forte em seu rosto. Tirei minha arma da cintura, ele me olhou com uma cara de desespero e o vi pedir pra não atirar.

- Vai pro inferno seu desgraçado. - Atirei em sua cabeça e em seu corpo todo. Seu corpo saiu todo ensanguentado no chão. - Somem com o corpo dele. - Falei pra os polícias, guardei a arma e agradeci todos novamente.

Voltei pra o carro e Camila dormia deitada no banco de trás, tremendo. Me doía ver ela daquele jeito.

- Vamos pra casa meu amor. - Susurrei, liguei o carro e dei partida.

[...]

Camila Mendes

Abri os olhos e uma luz forte veio em meu rosto, minha cabeça logo começou a doer, doer muito. Tentei levantar mas não consegui, uma dor em todo o meu corpo veio a tona.

- Ei meu amor, não se mecha pra não abrir os pontos. - Escutei a voz de Kj que me acalmou. As lágrimas apareceram em meus olhos e o desespero veio.

- Amor, me diz que ele não tá mais aqui! Me diz! - Falei desesperada.

- Shhh... Calma, ele não tá mais aqui, não vai voltar mais. Eu tô aqui meu amor. - Ele me disse me abraçando com muito cuidado.

- Cadê meu filhos? Eu quero meus filhos. - Falei e quando olhei pra o meu outro lado, estava Sophia e Dylan dormido juntinhos ao meu lado, no berço grudado em minha cama. - Ah como eu senti falta de vocês! - Falei fazendo carinho neles.

- Não de mecha muito, os pontos podem abrir desse jeito. - Kj me avisou novamente, ele me abraçou e me cobriu. - Ninguém vai mais encostar em você, eu to aqui.

- Não sai mais do meu lado, me promete?! - Pedi.

- Prometo.

Logo escutamos o choro de um bebê, era Dylan que chorava desesperadamente.

- Me entrega ele. - Pedi Kj que logo se levantou pegando o filho e colocando em meu colo. Coloquei um seio em sua boca. - A mamãe ta aqui agora meu amor.

- Eles sentiram tanta a sua falta, a Sophia não parava de te chamar. - Kj disse.

- Mas eu tô aqui agora e não vou mais sair daqui. Eu sofri muito nessas duas semanas, fiquei dias sem comer, fui espancada, passei frio, não tomei banho. Mas agora estou bem cuidada, tô limpinha e tudo.

- Eu tenho tanto ódio pelo o que ele fez com você, mas não vai mais acontecer isso. Somos só nós agora, não vou mais te largar. - Kj disse.

- Eu te amo tanto, eu senti tanta a sua falta, meu amor. - Falei colando minha testa na sua.

- Eu não conseguia nem comer, nem dormir, só atrás de você e agora eu te consegui de novo. Não te largo mais meu amor, ele não vai mais tocar em você. Nem ele e nem nenhum homem.

- Eu te amo, muito.

- Eu também te amo. - Nos beijamos.

Agora estou em casa, com meu marido, com a minha família.

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E aí? O que acharam?

Próximo capítulo vai ser bem girl Power. Don't cown me angel né bebê.

VOTEM E COMENTEM!

Beijos!

Love On FireOnde histórias criam vida. Descubra agora