Love On Fire

LVI

Camila Mendes

Acordei com Lili pulando em cima de mim como uma louca, não entendi o motivo, ela sorria radiante pra mim. Me sentei na cama e ela se sentou em minha frente ainda sorrindo.

- Bom dia Lili, posso saber qual é o motivo dessa alegria?. - Perguntei e ela sorriu.

- Ah amiga, você não vai nem acreditar. - Ela falou.

- Fala logo, tá me deixando curiosa. - Falei sem paciência.

- O Sweet Pea me pediu em namoro ontem e acabamos transando!. - Ela disse quase gritando.

- Então foi por isso que você sumiu ontem o dia inteiro né? Safada. Mas e aí, como que foi?. - Perguntei.

- Ele tinha me chamado pra passar o dia com ele, os pais dele tinham viajado a trabalho. Nós saímos pra jantar a noite e lá ele me pediu em namoro com um anel lindo!. - Ela levanta a mão e vejo a linda aliança de compromisso. - E aí depois nós fomos pra casa dele e aí rolou, nossa amiga, ele é GG, foi tão bom. - Ela disse imaginando.

- A minha mulher não precisa saber do tamanho do pau do seu namorado não Lili. - Me assusto ao escutar uma voz, olho pra a porta e Kj entrava com Sophia no colo dormindo.

- Desculpa aí. - Lili disse levantando a mão em forma de redenção.

- Bom dia amores da minha vida!. - Digo beijando Kj e a testa de Sophia que dormia tranquilamente no colo do pai.

- Comigo não é assim né?! Beleza. - Lili disse emburrada.

- Ciumenta. - Digo a puxando pra um abraço.

- Sophia não tá com fome amor?. - Perguntei estranhando.

- Eu dei seu leite que tava na geladeira, ela tomou pouco amor, achei estranho. - Kj disse e eu me preocupa.

- Me entrega ela aqui. - Pedi e peguei com cuidado no colo, percebi que ela tava quentinha. - Amor, ela tá quentinha. - Falei e Kj se preocupou.

- Temos que ir pra o hospital então. - Kj disse desesperado.

- Amor, calma. Olha, vou acordar ela, dá um banhozinho frio e colocar uma roupinha nela pra ver se a febre baixa, se não baixar, nós vamos no hospital, ok?. - Ele assente preocupado com Sophia. - Calma. - Digo acariciando seu cabelo.

[...]

- Amor da mamãe, acorda minha princesinha. - Digo tentando acordar Sophia, não gosto de acorda-la quando ela tá no soninho dela, mas como é necessário agora, tenho que acordar.

Ela abre os olhinhos e já começa a chorar, estava dengosa e incomodada com algo, deve ser com o corpo molinho pela febre.

- Won meu amor, a mamãe e o papai tá aqui, calma. - Digo e nino ela, ela vai se acalmando. Tiro sua roupinha e a fralda, e vou até seu banheiro onde a banheira já esta cheia. Kj a segurou e eu fui jogando agua no corpo, ela chorava baixinho por conta da água fria, me cortava o coração ver minha bebê de apenas um mês e meio assim.

Após o banho, troquei ela e coloquei uma roupinha nela. Já era meio dia então dei de mamar pra ela, Kj me abraçando por trás e fica olhando pra Sophia que mamava tranquila. Peguei o termômetro dela e aferi, tinha baixado um pouco.

- Tá abaixando a febre já amor. - Falei pra Kj.

- Vem, vamos descer. - Kj disse e então descemos, fui pra a sala e me sentei no sofá enquanto Sophia mamava. Ela largou o bico do meu peito e começou a chorar, coloquei meu peito dentro da roupa, levantei e comecei a ninar ela. Ela não parava de chorar, mas eu continuei ninando ela e beijando sua testa, ela cessou o choro mas chorava baixinho. Até que escuto o toque do piano, Sophia parou de chorar logo, fui até o piano e vi Kj tocando e Sophia estava com os olhinhos abertos calminha.

- Posso sentar?. - Perguntei.

- Não precisa pedir essas coisas, a casa é sua amor, claro que pode. - Kj disse e eu me sentei ao seu lado.

- Sophia estava chorando alí agora, só foi você começar a tocar que ela parou. - Falei sorrindo e Sophia olhava pra Kj.

- Vou tocar pra você meu amor. - Kj disse e beijou a cabeça de Sophia, e então ele começou a tocar a música que ele estava tocando antes. Sophia estava bem atenta, olhando para o pai que tocava ao nosso lado. Ela balbuciou algo que eu e Kj prestamos atenção.

- É filha, você gosta de beethoven?. - Kj perguntou para Sophia que novamente balbuciou algo. - Ah sim, você gosta então. - Ele diz como se entendesse o que ela balbuciava. Ri dos dois conversando.

- Minha filha já tem bom gosto só com um mês e meio. - Kj diz sorrindo.

- Puxou o pai. - Falei.

- Vou ensinar tudo a ela, a tocar piano, violão, guitarra, bateria. - Kj disse.

- Olha o tantão de coisas que o papai vai te ensinar filha!. - Falei com Sophia que nos olhava.

- Ela com certeza vai ter uma voz linda, vai puxar a mãe. - Kj diz me olhando com os olhos brilhando.

- Eu te amo, sabia?. - Falei.

- Eu te amo muito, minha vida. - Kj diz e eu o beijo com carinho. Paramos o beijo por falta de ar e percebemos que alguém nos observava.

- Também te amamos meu amor, você é a coisa mais importante das nossas vidas. - Digo para Sophia e eu e Kj enchemos a mesma de beijos.

[...]

Almoçamos, brincamos no quintal e as três da tarde subi para o quarto de Sophia, aferi sua febre e vejo que já tinha ido embora, troquei sua fralda e dei de mamar pra ela. Em seguida liguei a caixinha de som dela que só tinha musicas de sono pra Sophia. Ninei ela até que a mesma dormiu, coloquei ela no berço e a cobri. Fiquei observando a mesma dormir tranquilamente pra saber se estava respirando bem, coisas de mãe, até que sinto braços fortes me abraçar. Virei para Kj e o beijei e então ficamos alí vendo a mistura do nosso amor, o resultado mais perfeito do mundo, a nossa união, a pessoa mais importante.

Sophia Mendes Apa.

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