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2 anos depois... 

Camila Mendes 

Chegar em um tribunal e ver a cara insatisfeita de duas pessoas que gosto tanto, Lili e Cole, quebra o meu coração. O que eu achei que fosse impossível, aconteceu, eu e Kj estamos nos divorciando, depois que eu vi a cena dele com uma amiga de Lili, uma tal de Clara nos braços, eu desabei e não pensei em outra coisa. Lili disse que Clara fez de propósito, mas eu sei que ela só estava tentando me fazer voltar pra ele. 

- Olha só se não é a egoísta que só pensa na dor dela. - Lili disse ao me ver, abaixei a cabeça sem saber o que falar, aquilo apertou o meu coração. 

- Camila, está na hora de entrar. - Minha advogada disse, entramos na sala e vi o rosto da pessoa que eu tenho ódio mas eu a amo muito, amo tanto que até dói. Eu não consegui olhar muito pra ele, o seus olhos estavam desfocados e ele parecia frio, muito frio. Me olhava com um olhar de desprezo, segurei as lágrimas engolindo seco e me sentei em frente a ele. 

- Senhor Apa e senhora Mendes, bom dia. - O juiz falou. 

- Bom dia. - Falamos. 

- Senhora Mendes, pode nos dizer o motivo que fez a senhora pedir o divórcio?. - O juiz perguntou. 

- Traição por parte dele. - Falei sem conseguir olhar nos olhos dele.  

A audiência demorou muito, o juiz falou algumas palavras que tentasse nos fazer mudar de idéia, mas nada me faria mudar o que eu tinha em mente. Kj falou algumas palavras por pedido do juiz. Em seguida me deram o papel de divórcio, assinei o mesmo e entreguei ele para Kj junto com a aliança, a angústia dentro de mim e a dor me incomodavam muito. Ele assinou em seguida e então, divorciados e separados. 

- Então, por pedido do senhor Apa, a guarda de Sophia Mendes Apa e Dylan Mendes Apa é do senhor Apa a partir de agora. A senhora ficará com os seus filhos nos finais de semana. - O advogado de Kj disse e eu entrei em desespero. 

- Como?!, não, os meus filhos vão ficar comigo!. - Gritei. 

Não, não, não. 

Meus filhos... 

Não... 

- NÃO!. - Gritei ofegante, meu coração acelerado, eu estava suada e tremendo. 

- Ei, ei, ei. Calma meu amor. - Escutei a voz de Kj. O olhei desesperada. 

- Não se separe de mim! Não tire meus filhos de mim!. - Gritei sentindo as lágrimas molharem meu rosto, ele ficou confuso, olhei ao redor e vi que estávamos no nosso quarto. A luz do sol em meio as cortinas. 

- Eu não vou me separar de você e não vou tirar nossos filhos de amor. Não sou louco de fazer isso com nós dois e com nossos filhos. - Ele disse, mas logo percebeu que o meu surto era por causa de  um pesadelo. - Ei, shiii, calma. Só foi um pesadelo ridículo. - Me abraçou e acariciou meus cabelos e então, chorei em seu colo. 

- Eu te amo. - Falei em meio ao choro. - Eu te amo muito. 

- Eu também te amo meu amor, mais do que minha própria vida. 

Acabei me acalmando, ele me deu um copo de água e ficou fazendo carinho em mim e me beijando. Me ajudou a levantar e escolheu uma roupa pra mim, me levou até o banheiro onde fiz minhas higienes e ele me ajudou a tirar minha roupa. ligou o chuveiro no quente, tirou sua roupa e entrou comigo. Lavou os meus cabelos e fez idiotices pra mim rir, me ajudou a me secar e fomos pra o quarto. 

- Está sentindo dor?. - Neguei, já faz quase uma semana que estou doente, muita dor no corpo e febre, e gripe, sempre que  como algo, boto tudo pra fora. Só nessa semana, fomos no hospital três vezes pra fazer exames e não dá nada neles, não tenho nada. 

- Não muito amor, as dores estão melhores. - Falei, ele me ajudou a me vesti, foi até o meu criado mudo e pegou meus remédios. Tomei todos e me deitei, mas logo escutei alguém bater na porta. 

- Mamãe? papai? Podemos entrar?. - Escutei a voz doce da minha pequena princesa. 

-Podem entrar meus amores. - E então a porta se abre e eles dois vêm correndo pra a cama. - Acordaram cedo hoje. - Falei, eles cresceram tão rápidos, Sophia está com três anos e Dylan com dois. 

- Mamãe, você já salou?. - Meu pequeno perguntou. 

- Ainda não meu amor, mas a mamãe já não está mais com febre e nem com muito dor no corpo. 

- Mamãe,papai, quantos anos voxêis têm?. - Sophia perguntou. 

- A mamãe têm vinte e três e o papai vinte e sete. Você nasceu quando a mamãe tinha vinte e o Dylan nasceu quando eu tinha vinte e um. - Expliquei. 

- Uau. - Falaram juntos e gargalhei, Kj pegou os dois no colo e sentou ao meu lado na cama. 

- Minha princesa é igualzinha o pai e o meu príncipe é igual a mim.- Falei. 

- Olha papai, a mamãe disse que xomos iguais.- Sophia disse olhando para o pai. 

- Somos iguais minha pequena, mas você é mais bonita. 

- Mamain, colo. - Dylan pediu. 

- Vem meu bebêzinho. - Ele deitou com a cabecinha em meu peito e ficou mexendo em meu cabelo. - Minha cópia. - Sorri e beijei seus cabelos castanhos.

[...]

- Hoje vamos pra casa da vovó Mary! - Falei, Sophia e Dylan logo ficaram felizes. Já estávamos no avião. - Vem, sentam nas poltronas pra o papai colocar o sinto em vocês.

Kj fez algumas mudanças no avião, o avião tem duas fileiras com duas cadeiras, mas aí lado tem um espaço para mais outra, as poltronas são privadas, ou seja, tem uma portinha que quando fecha, fica mais privado para os dois ou os três passageiros. Kj colocou duas poltronas viradas para nós, que são as de Sophia e de Dylan.

- Fiz sopa para nós. - Kj disse chegando com quatro tigelas pra nós. Deixamos as nossas esfriando mais, ele começou a dar sopa pra Dylan e eu pra Sophia.

- Hummm, tá muito bom papai. - Dylan disse.

- Gostou filho?! Então vou fazer mais vezes pra vocês. - Kj disse.

- Enchi mamãe. - Sophia disse.

- Tá com vontade de ir no banheiro? - Ela assentiu, levei no banheiro e em seguida voltamos.

- Mamãe, quando eu e Sophia vamos ter um imãozinho ou imãzinha? - Dylan perguntou.

- Kj Apa, você tem haver com esses questionamentos de Dylan?

- Que? Não amor. - Ele disse tomando sua sopa, olhei pra Dylan e fiz um carinho em seu rosto macio.

- Na hora certa meu amor, quando papai do céu colocar um bebezinho na barriga da mamãe. Ta bom?

- Então eu vou pedir pla ele pla colocar um bebezinho na sua barriguinha mamãe. - Ri do seu jeitinho fofo, beijei ele e coloquei o sinto no mesmo, cobri o mesmo com o seu cobertor. Fui em Sophia que já dormia e fiz o mesmo com cuidado pra ela não acordar.

- Bem que a Mads falou, eu não tenho um pau, eu tenho um pincel. Olha a perfeição dessas crianças. - Kj disse se gabando, o olhei com um olhar debochado de cima a baixo tomando minha sopa sentada ao seu lado.

- Honey, não se esqueça que a mamãe aqui te deu dois óvulos pra você fazer essa sua arte, e outra, contribuir muito mais segurando nove meses  cada um e dando de mamar. - Falei.

- Tá bom minha gostosa, já entendi. - sorriu e beijou meu pescoço. Terminei a minha sopa e Kj levou as tigelas pra a cozinha. Voltou, colocou o sinto e nos cobrou com uma coberta, me beijou e enterrou a cabeça em meu pescoço, dormindo alí...

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Dei um sustinho em vocês no começo kkkkk

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