Durante nossa vida, algumas coisas nos arrancam o chão, mas com Chanyeol era diferente, pois ele sabia muito bem como me prender á realidade, como me fazer cobiçar estar sentindo-a na veia ao invés de deixar na imaginação, pois era só assim que seus toques eram ainda mais intensos.
Em silêncio, ali, deitado um pouco afastado do centro do ringue e próximo ás cordas, eu desatava meus arfares a cada vez que Chanyeol se comprimia contra mim. Primeiro, vagarosamente ele engatinhou até a altura de meu rosto assim que depositou meu corpo abaixo de si e mesmo ainda vestido ousou raspar a intimidade sobre a minha quando nossas cinturas se encontraram, captando meus olhos com os dele na melhor prova de perversão que eu poderia receber.
Num só movimento, capturou minhas duas nádegas do chão com as mãos e levantou-as até que se colocasse encaixado entre minhas pernas, ganhando controle sobre estas ao apertar todo o meu excesso de carne até os joelhos sem pressa, trazendo a palma da mão por toda aquela região e mordendo os lábios em minha visão quando dera a primeira investida forte contra minha entrada. Meu corpo moveu-se alguns centímetros para cima por impulso e ele não deixou de estar na mesma altura que a minha por isso, pelo contrário, arrastou-se junto á mim até que eu estivesse á ponto de tocar as cordas acima de nós ou minha cabeça acabasse para fora do ringue.
A roupa me atrapalhava de sentir a temperatura corporal do boxeador, me trazendo um afobamento em retirá-las de uma só vez, rasgá-las apenas por querer experimentar Chanyeol com a pele novamente. E como se atendesse ao meu pedido, o treinador segurou a ponta de meu moletom e o puxou para cima, sorrindo quando voltei ao chão com os cabelos desarrumados.
― Pare de sorrir, seu velho ― comentei gracioso, puxando Chanyeol pelos cabelos, com os lábios recostados aos dele.
― Estava pronto para ir pra cama, Baekhyun? ― Baixou os olhos para meu corpo, referindo-se ao meu pijama.
― Digamos que eu tenha perdido o sono ― respondi sugestivo.
Ele riu, abraçou-me, puxando-me do chão para que conseguíssemos trocar de posição, virando-se para o lado e fazendo com que eu ficasse sentado sobre sua cintura e ele deitado, como um dos golpes de Jiu-Jitsu que eu assistia pelo YouTube. Busquei equilíbrio, pousando minhas mãos no chão e o fitei de cima, sem saber o que ele tanto admirava com aqueles olhos castanhos escuros e manchados de lápis preto.
― O que vê daí debaixo? ― zombei.
― Alguém que mesmo com o cabelo bagunçado e os lábios vermelhos consegue ganhar o título de mais lindo do mundo.
― Não seja mentiroso. ― Sorri. ― Eu devo estar uma bagunça.
Busquei com uma das mãos ajeitar minha franja usando os dedos, mas Chanyeol me parou, segurando minha mão.
― Me dá sua bagunça pra sempre? ― brincou ― Me deixa continuar me perdendo nela?
Não respondi, afinal, não esperava ouvir aquilo e nem se ele tinha a real intenção de se mostrar sério. O rebati, beijando-o, fechando os olhos e me derretendo no sabor da boca do boxeador, esticando para mim a ponta de seu lábio entre uma troca e outra de inclinação de nossos rostos, sentindo o hálito quente alheio suspirar como aprovação. Era uma forma de doar minha bagunça á ele.
Em certo momento, o provoquei, afastando os meus lábios e o assistindo levantar o rosto até o meu, pedindo para continuar o beijo. Ele sorria toda vez que eu enganava-o indo até a sua boca e afastando um pouco para trás quando ele se achegava. Quando se cansou do atrevimento, Chanyeol atacou meu pescoço, distribuindo a saliva enquanto deixava mordidas abaixo da minha orelha, trazendo-me contra ele. Me encolhi ao sentir as pontinhas daqueles dentes pressionando um dos meus locais sensíveis.
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CLINCH | ChanBaek
RomansaO nome sempre repetido pelos torcedores era o mesmo, Park Chanyeol, o melhor lutador de boxe da atualidade. Era óbvio que eu me lembraria de suas inúmeras tatuagens, de seus olhos intensos e de sua atitude convencida. A tentativa de ir contra todo a...