A Filha de Nyx

Novos integrantes

Esperamos Will descer das costas de Festus, e caminhamos até aquela loja brilhante. Estávamos todos envergonhados, exceto Will, que parecia curioso.

Batemos na porta em formato de coração, que abriu-se sozinha. Um sininho daqueles que ficam encima das portas tilintou assim que entramos.

O lugar era ruim de conseguir enxergar, pois era escuro e todo rosa. Haviam tapetes de veludo de oncinhas no chão. Haviam quadros na parede pintados com animais exóticos como zebras, onças, etc. No lugar onde estávamos, haviam puffs para sentar em frente a um balcão alto, também rosa.

- Olá!!! - disse uma voz saindo de uma porta perto do balcão, que na verdade não era uma porta, e sim vários desenhos de boquinhas vermelhas penduradas por vários fios, como uma cortina.

Levamos um susto.

- Sejam muito bem-vindos a Golpe do Amor! A clientela está meio baixa hoje, por isso estava lá atrás. Vocês procuram algo específico?

A mulher usava um vestido brilhante vermelho super grudado ao corpo, que deixava a mostra sua perna direita praticamente inteira, e salto alto da mesma cor. Usava luvas que iam até seus cotovelos na cor lilás, para combinar com a sombra em seus olhos. Tinha cabelos ruivos caindo em caracol até a cintura, olhos verdes seduzentes e uma pinta perto da boca, que lhe dava um charme sem igual. Me lembrou uma personagem de desenho animado que eu e Epaminondas assistimos escondidos pela janela da casa de um mortal em Nova Orleans.

- Você é a srta. Bella Hudson? - perguntei.

A moça levou um choque.

- Ninguém me chama assim á mais de 300 anos! Quem é você?

- Eu sou Skayler, filha de Nyx. Eu sou a heroína que veio te libertar da maldição.

Ela começou a se afastar devagar de mim e voltar para a cortina de bocas vermelhas de onde tinha saído.

- Não... Não quero, é melhor ir embora. - dizia ela, enquanto se afastava.

- O quê? Não! Você não quer ser libertada da maldição? - perguntei, andando devagar em direção a ela.

Ela parecia aflita, até começará a suar.

- Vá embora, eu já disse! - ela gritou, porém, tapou a boca, como se tivesse dito algo errado ou se arrependido de ter gritado.

Ouvimos um gemido bem baixinho vindo de trás da cortina de bocas. O gemido virou um choro inconfundível de um bebê. Srta. Bella correu para dentro, e nós a seguimos.

Lá dentro, era também tudo rosa, assim como a sala de espera. Porém, lá haviam várias prateleiras cheias de brinquedos eróticos, revistas, pôsteres... Tudo o que deveria ter em um sex-shop. Porém, escondido atrás de uma prateleira, vimos um vulto curvado. Fomos até lá. Era Bella, cuevada sobre um berço pequeno, branco. Dentro, havia um bebê de cerca de 4 meses, com cabelos iguais ao de Bella, e os mesmos olhos. Estava dormindo com uma chupeta na boca. Bella se colocou de pé completamente e olhou para nós.

- Saiam daqui - sussurrou. - Vamos até a sala de espera para conversar.

Voltamos a sala de antes. Bella veio atrás de nós, com o rosto preocupado.