Olá de novo, mamãe

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Depois daquele abraço de urso do meu pai, respirei fundo e o soltei. Apesar dele estar ali e eu estar feliz, minha cabeça estava em outro lugar.

- Pai, hoje é o último dia que minha mãe me deu para mostrar a ela que ainda existe amor no mundo. Ela quer destruir todos nós e começar tudo zero. Eu tenho um plano, e vou precisar da sua ajuda, tudo bem? - perguntei.

- Claro, filha. - disse ele.

Juntei todos e repassei meu plano para eles. De qualquer forma, minha mãe só apareceria quando anoitecesse, então tínhamos aquele dia ainda. Piper e Bella resolveram arrumar algo para comermos do que sobrou. Meu pai ficou brincando com o bebê Mike. Ele passou muito tempo sozinho naquela ilha, e estava adorando ficar com o bebê. Leo foi correndo abraçar seu amigo, Festus. E eu, fui ver meu dragão, Skayler.

Ela parecia estar bem melhor, mas continuava deitada para descansar depois da pancada na cabeça. Fiz carinho nela, atrás da orelha, e ela fez aquele barulho estranho e fofo que sempre faz quando está feliz, como um ronronar de gato. Leo chegou perto de mim e veio me abraçar, mas eu segurei seu braço com força e olhei para ele.

- Valdez, está vendo essa criatura aqui? - perguntei.

Ele olhou para mim desconfiado.

- Ahn... Sim, é a Skayler!

- Não é só a Skayler, é a minha Skayler! E se você machuca-lá denovo, Valdez, eu vou deixá-la te lançar pro meio do Oceano Atlântico!

- Me desculpe, Skay... Eu perdi o controle da esfera. Eu nunca machucaria a Skay Dragão, eu juro.

Semicerrei meus olhos para ele, só para deixá-lo com medo.

- Então está bem, rum. - disse eu. Soltei o braço dele, fechei meus olhos, cruzei os braços e virei a cara.

Isso fez Leo rir, assim como Epaminondas ria quando eu fazia aquilo. Era uma mania de infância. Depois, Leo me abraçou forte e me deu um beijo na testa.

- Você é incrível, Skay. Obrigada por existir. - disse ele.

Aquilo me derreteu toda. Olhei para ele e o beijei. Um beijo lento que me fez sentir cócegas no fundo do estômago. Foi aquele beijo que te faz sentir que você está no melhor lugar do mundo, e eu não queria sair mais dali.

- Mas que palhaçada é essa aqui? - ouvi alguém dizer.

Soltei Leo assustada. Era meu pai, com olhar de ciúmes para mim e Leo. Ainda segurava o bebê, que brincava com seu cabelo.

- Pai! Não me assuste. Da última vez que alguém me assustou, Epaminondas foi arremessado contra uma das paredes do Tártaro, e mesmo sendo fantasma, ele disse que doeu muito. - disse eu.

- Eu acho que esqueci de contar sobre isso com o sr, sr. Miguel... - disse Leo.

- Ah, você acha? - disse meu pai, colocando a mão na cintura.

Aquilo me deu vontade de rir, mas segurei. Ele parecia aquelas mães que dão bronca nos filhos com a mão na cintura, como eu tinha visto na tv. 

- Bom, vocês estão namorando? - perguntou ele.

Olhei para Leo, com o rosto vermelho. Ele olhou para mim e sorriu.

A Filha de NyxOnde histórias criam vida. Descubra agora