No Feelings

Arranged marriage

Chapter 1.

Arranged marriage

Casamento arranjado

Point Of View Savannah Montano

Por já estar nesse emprego a muitos anos e gerar livros que voam das estantes, tenho a minha própria sala. Escrevo romances apesar de não viver um se quer. Pelo menos nos livros eu sou boa, só não fora das páginas.

Eu adoro não depender do idiota do meu pai para conseguir minhas coisas, porém confesso que muito eu ganho dele. Jimmy é um mesquinho fútil, mas para mim até que é bom. Tenho um Audi e uma Lamborghini que ganhei de presente, porém uso mais o Audi. É o meu queridinho.

Eu não sei porque, mas meu pai gosto de me presentear com coisas bem "simpleszinhas".

As pessoas costumam não entender o motivo de eu trabalhar, já que meu pai teria dinheiro para me sustentar a vida inteira, porém é entediante demais ficar em casa olhando para o teto, sendo totalmente dependente dos outros.

– Pode entrar – digo assim que ouço barulho na porta, me tirando de meus devaneios.

– Bom dia! – Lexie exclama com um sorriso radiante me fazendo revirar os olhos devido a sua empolgação.

– Bom dia amiga, o que faz meu dia feliz é saber que tenho você para me animar – rio sem vida.

– Mas é claro, estou aqui sempre por você. Sou a melhor amiga do mundo todo – se joga na cadeira sorrindo.

Lexie é minha melhor amiga, e quando eu digo que ela é minha melhor amiga é com "M" maiúsculo. Somos amigas desde que eu me entendo por gente e ela sempre esteve comigo em todos os momentos necessários da minha vida, até mesmo nos momentos badalados.

Quando estávamos no colegial, dividíamos os mesmos namorados. Coisa que hoje, jamais faria. Naquela época eu não pensava em absolutamente nada a não ser diversão. Hoje em dia preferíamos ficar com amigos, ela fica com um e eu fico com o outro, assim é bem melhor.

– Já sabe o que vai fazer hoje? – Lexie pergunta empolgada e eu já sei bem o que ela quer.

– Hoje é segunda, não vou fazer nada menos que deitar em minha cama quando chegar – digo jogando meu corpo contra a cadeira e Lexie me olha desapontada.

– Ah, qual é, Savannah! Vamos sair, por favor – faz gestos com a mão implorando e rio fraco.

– Tenho muito o que resolver Lexie e você também em sua sala, depois conversamos sobre isso, mal liguei o notebook. – digo olhando para o mesmo e ela bufa se levantando.

– Ok, vou ficar te irritando pelo Skype até você aceitar sair comigo hoje à noite para se divertir! – mostra a língua saindo da minha sala.

Éramos como almas gêmeas, ela me entende em absolutamente tudo! Lexie também escreve, mas não livros. Diferente de mim, ela escreve para um blogue. Aqui trabalhamos para diversos editores. Com três andares esse prédio durante a semana é como um furacão, principalmente fechamento de mês, onde precisamos entregar nossos trabalhos sem erro algum.

Eu entro as 8h00 AM e saio as 17h00 PM, horário comercial. Porém alguns dias fico até as 20h00, como eu disse, fechamento de mês. Loucura.

Quando o relógio marca às 10hAM, Richard passa como um furacão pela porta da minha sala, e como sempre sem bater. Ser dono da porra toda deve ser ótimo, mas não bater na porta é algo que realmente me irrita.

– Revise para mim esse livro, ainda não está pronto mas preciso para hoje até o fim do dia – joga uma grande quantia de folhas em minha mesa me fazendo ficar vermelha no mesmo instante, já sentindo o quente do meu rosto.