Capítulo 8

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- É a sua cara mesmo

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- É a sua cara mesmo. - Ele disse.
- É, pode até ser. - Eu disse.

Coloquei o filme e nós começamos a assistir, eu estava deitada em um sofá e ele estava do meu lado deitado com a cabeça no sofá, mas com o corpo no tapete felpudo da sala.

- Pode deitar no outro sofá se quiser. - Eu disse.
- Estou bem. - Ele disse.
- Certeza? Vai acabar ficando com dor no pescoço. - Eu disse.

Levantei e tentei puxar ele, mas foi em vão. Ele se levantou rápido, caiu no sofá e me puxou junto.

- Idiota. - Eu disse no meio de risadas.
- Ah, é? - Ele arqueou a sobrancelha.
- É. - Eu disse e saí de cima dele. - O seu amigo Diogo sabe que você está aqui?
- Sabe... não tem Diogo na parada. - Ele respondeu.
- "Parada" - Eu imitei ele.
- Eu falei um nome aleatório, meus amigos te acharam bonita, mas eu fui o primeiro, então eles já sabiam que você era minha. - Ele disse.

Você era minha. Minha.

- Não sou sua coisa nenhuma, me respeite. Se você quer algum brinquedo pra chamar de seu, tenho certeza de que vai precisar procurar outra pessoa. - Eu disse por fim.
- Eu estou brincando, não precisa ficar nervosa. - Ele disse.
- Uhum. - Eu disse.

Me sentei do sofá, estava irritada demais para reparar que era o mesmo sofá que ele estava sentado. Depois que percebi, já era tarde. Ele deitou no meu colo e ficou me encarando. Eu cobri meu rosto com as duas mãos e o filme foi por água abaixo, não prestei atenção depois disso. Nós conversamos conforme o tempo foi passando.

- E viagem? Você gosta de viajar? - Ele perguntou.
- Hum, eu até gosto, mas nunca fui para fora do país. - Eu disse.
- Eu já fui para alguns lugares. - Ele disse.
- Quais? - Eu perguntei.
- Londres, Paris, Nova York... - Ele disse.
- Foi fazer o que? - Eu perguntei.
- Com uns amigos. Era meio que a nossa volta pelo mundo, queríamos ter ido para mais outros lugares, só que não deu certo. - Ele disse.
- Ah, entendi. - Eu disse.
- É. - Ele disse por fim.

Ficamos um tempo em silêncio.

- Vem cá. - Eu disse e o puxei pela mão.

Subimos a escada e fomos para o meu quarto. Ele não entendeu nada, mas ficou esperando uma explicação. Eu abri uma gaveta e peguei vários rascunhos de paisagens que eu já tinha visto pelo celular e pelo computador e quis desenhar.

- Essa é uma praia da Islândia, parece ser tão incrível quanto na foto. Já viu? - Eu perguntei.
- Não, primeira vez. - Ele disse.
- Essa é a torre, você viu de perto. Ela é tão grande quanto parece nas fotos? - Eu perguntei.
- Sim. - Ele disse.
- Legal. - Eu disse.
- Você desenha bem. - Ele disse depois de ficar um tempo encarando meus rascunhos. - E você gosta de fotografia também?
- Uhum. - Eu disse enquanto ele encarava um mural com várias fotos que eu tirei com a minha polaroid.
- Diferente. - Ele concluiu.
- Bom ou ruim? - Eu perguntei.
- Bom. - Ele disse e sorriu. - O que mais você gosta de fazer?
- De escrever. - Eu respondi.
- Textos ou o que? - Ele perguntou.
- Histórias, textos, qualquer coisa. - Eu disse por fim.

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