Capítulo 28

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Acordei com muita preguiça e enrolei um tempo pra levantar, mas logo fiquei mais disposta e resolvi mandar mensagens avisando porque ontem nem lembrei desse pequeno grande detalhe

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Acordei com muita preguiça e enrolei um tempo pra levantar, mas logo fiquei mais disposta e resolvi mandar mensagens avisando porque ontem nem lembrei desse pequeno grande detalhe. Tomei um banho e em seguida parti pro café, depois de conversar um pouco com minha família e dividir meus futuros planos sobre a faculdade, resolvi dar um passeio pelo bairro. No fim das contas, resolvi visitar o Cristo e pra chegar até lá eu chamei um táxi.

Andei por vários lugares, sempre avisando meu pai de onde eu estaria. Fotografei alguns e outros eu só observei. No fim das contas, parei no mar. Fiquei observando o vento levar as águas pra lá e pra cá. Como se elas soubessem a sua função, e ao mesmo tempo que executam acabam se divertindo. Era isso o que eu queria pra mim. Um emprego que fosse bom e certo pra mim, e que me fizesse ser feliz e viva.

Será que letras era o real caminho? Era a área que eu mais gostava, então só podia ser. Mas ao mesmo tempo que eu tinha tal certeza, eu não tinha. Quer dizer, era o que eu sonhava em fazer, mas não era algo que me proporcionasse um prazer de fato. Bom, no fim daquela tarde decidi que o tempo daria a resposta que eu tanto buscava a partir da minha entrada pelo vestibular. Se eu conseguir, é porque é pra ser, senão, é porque eu estava no caminho certo mesmo.

Depois de me levantar, caminhei de volta até a rua e chamei um Uber. Chegando em casa, meu pai avisou que tinha pedido pizza. Mas eu estava com a cabeça tão longe que nem me empolguei com a notícia e olha que eu adorava pizza, esse era um dos poucos fatos que meu pai sabia sobre mim, mas sabia como usar para me fazer melhor.

Sabe? Ainda é uma loucura tudo isso de não conseguir odiá-lo como antes, porque eu tinha uma ideia absurda sobre ele, eu peguei um certo "ranço" e hoje é como se ele nunca tivesse sido nada do que eu descrevi. Isso só me fez perceber que a nossa mente cria coisas que às vezes não nos damos conta e quando percebemos e conhecemos é algo totalmente diferente.

Claro, não estou dizendo que esqueci tudo no passado, que esqueci da ausência dele na infância, marcas sempre ficam. Mas é que é como se meu coração estivesse disposto a viver com tudo novo. Incluindo pessoas. Me arriscaria a dizer que perdoaria até o Enzo, mas jamais gostaria de tê-lo por perto. Lembrem-se que perdoar é diferente de esquecer.

Comemos pizza e assistimos filme, depois eu liguei pra minha mãe e nós conversamos um pouco sobre futuro, prova, coisas aleatórias e sobre um tal novo namorado dela. Estava feliz por ela, ela merecia se dar a chance de ser feliz de novo. E ela estava tão empolgada que me empolgou também. Estava realmente muito contente com toda aquela situação. Depois de bater papo, eu decidi escrever algo aleatório e decidi que seria um novo projeto. O futuro indeciso. Esse seria o nome dos meus desabafos. Acabei me empolgando e perdi a hora, quando notei já tinha passado da meia noite e eu tinha prova no dia seguinte. Desliguei o notebook, guardei, escovei os dentes e logo deitei para não me atrasar mais do que já estava. Não podia ter sono no dia seguinte.

***

Acordei no dia seguinte um pouco cansada, mas disposta. Na verdade, eu acho que mais do que qualquer outra coisa eu estava muito ansiosa.

Respira, tudo dará certo.

Era tudo o que eu sabia repetir para mim mesma. Tomei um banho, comi algo e partimos para a faculdade. Eu estava tensa, nervosa e um pouco perdida também. Era muito maior do que qualquer outra coisa na minha cidade, algo fora da minha zona de conforto. Mesmo que eu tenha estudado "pouco", durante todo o ensino médio eu estive focada para que conseguisse ser boa o suficiente para não precisar fazer cursinhos e nem nada do tipo.

- Vai dar certo, você consegue. Sabe disso, não é? – Meu pai disse.

- Sim, sei. Obrigada. – Eu disse e saí do carro.

Respirei fundo e entrei no local. Logo me pediram para procurar a sala da minha inscrição e assim eu fiz. Depois de separar os documentos, enfrentei uma curta fila e me sentei no meu lugar identificado com nome e CPF.

Assim que terminei a prova, parcialmente fácil, eu me levantei, peguei minha bolsa e fui para fora ligar para o meu pai me buscar. Depois de uns 20 minutos, ele chegou e nós fomos embora. Aproveitei o sábado para voltar no domingo. Não fiz muita coisa além de comer, visitar a praia e jogar conversa fora.

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