Capítulo XII

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Lucy Lane POV'S

Acordo as exatas 05:30 da manhã, o que a gente não faz por uma amiga?
A Lena precisa de mim, e eu vou até ela nem que eu precise atravessar o Atlântico, mas a todos os efeitos eu só preciso pegar um vôo curto. Arrumo uma mala pequena já que eu tenho algumas coisas lá na casa dela. Vou parar no aeroporto já perto das oito e pego o primeiro vôo e chego no hospital já depois das dez da manhã.
Deixo minha mala na sala de stafs e começo a procurar por Lena, e não acho.

Estou no elevador indo pro segundo andar quando ouço um grito.

- Segura! Segura o elevador pra mim. - Não pude ver quem era, apenas me coloco na porta e ela se abre por conta do sensor. - Obrigada!

- De nada. - Uma mulher loira entra no elevador e eu entro também.

- Drª Grant, da neuro, e você?

- Lucy Lane, neuro também. Você foi contratada pela Drª Luthor, não foi?

- Fui sim.

- Por acaso sabe me dizer onde eu posso encontrá-la?

- É... A Luthor acabou de me bipar no terceiro andar, ela disse que precisava de mim. Posso te levar lá se quiser.

- Eu conheço o hospital, só precisava saber onde encontrar aquela mulher. Obrigada.

Em pouco tempo, nós chegamos ao terceiro andar e fomos até a sala em que Lena havia bipado a Grant.
Ela está sentada numa cadeira. A sala está toda escura, apenas as lâmpadas da parede que estavam acesas. Essas lâmpadas servem para facilitar a leitura de exames, e como esperado, haviam alguns exames presos nelas.

- Disse que precisava de mim, aqui estou eu. - Falei ignorando os exames presos às lâmpadas.

- E disse a mesma coisa pra mim. - Cat se sentou na cadeira.

- Então... Eu preciso da ajuda das duas melhores do mundo num caso impossível. Não só preciso do cérebro de vocês, como preciso do comprometimento das duas. De forma alguma, em nenhuma hipótese, esse caso pode vazar.

- E pode me dar detalhes desse caso X do qual ninguém pode saber?

- Está bem atrás de você.

Me viro pra olhar mais detalhadamente os exames e...

- Uou! Isso sim é o que eu chamo de tumor! Cara, se conseguirmos remover isso eu vou colocar no meu currículo. Imagina? "Operei tal cérebro pra tirar tal coisa e o paciente sobreviveu."

- Se é que vai sobreviver. - Cat pega o exame em mãos. - A retirada desse tumor é impossível. É um tumor inoperável. Ele vai morrer, seja pelo tempo ou pela cirurgia.

- Não existem tumores inoperáveis, só existem médicos que não são bons o suficiente. - Falo convicta.

- Então me explique, Drª Lane, como você operaria esse cérebro sem causar morte cerebral, ou inchaço descontrolado, ou paralisia, perda da visão, fala, movimentos faciais, hmm... Deixa eu pensar... Então, já que você é boa o suficiente, como vai operar esse paciente sem torná-lo um vegetal?

É, eu não gostei dessa mulher.

- Podemos entrar por aqui. - Aponto o lugar no exame.

- Afetaria a coluna. Mas talvez se fôssemos uns três milímetros acima, e ressecarmos o tumor, talvez funcione com mínimos resultados ruins.

- Ainda não sabemos qual é o tipo do tumor. Ressecar talvez não funcione, porque dependendo do tipo, ele voltará a crescer e uma segunda cirurgia seria mais prejudicial ao paciente, se ele sobrevivesse a primeira provavelmente morreria na segunda. Afinal... - Paro de falar pra fazer uma pergunta óbvia que eu já devia ter feito antes.

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