Capítulo XIX

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Lena Luthor POV'S

- Você se lembra de mim...

- Jacqueline Mars, a mulher que me deixou com aquela gente. Como eu poderia esquecer?

- Não foi exatamente assim que aconteceu, eu posso explicar.

- Amor, eu achei que você queria vê-la. - Kara disse tentando me tocar, mas eu logo me afasto.

- Você, ou melhor, vocês duas foram atrás do meu passado sem me pedir? Vocês realmente acham que eu estava pronta pra isso? - Falo andando mais pra trás. - E você... O que poderia explicar você ter me abandonado?

- O seu pai tomou você de mim! Ele não era um bom homem!

- Você está mentindo! Meu pai foi um ótimo homem! O melhor homem que eu já conheci! Ele cuidou de mim quando eu estava chorando por saber que a minha mãe nunca mais voltaria!

- Ele mentiu pra você, amorzinho... - Ela tenta se aproximar.

- Não me chame assim! Eu não tenho mais cinco anos... - Me afasto mais.

- Ele te tirou de mim quando a Lillian descobriu do nosso caso, ele disse que eu não poderia mais te ver enquanto você estivesse com ele. Eu não pude fazer nada. Os Luthor's eram e são até hoje a família mais poderosa dos EUA, você acha que eu conseguiria ter você de volta? Quando ele morreu, eu fui até a Lillian pra pegar minha filha de volta, mas ela e o Lex disseram que já estavam apegados demais a você, e que se eu tentasse me reaproximar eles iriam acabariam comigo. Eu acompanhei o seu crescimento de longe. Eu vi a sua formatura, eu estava lá no hospital no seu primeiro dia!

- Vai embora daqui. Saia da minha casa!

- Eu te disse que ela não ia querer me ver. - Ela diz a Kara.

- E se ela estiver dizendo a verdade, Lena? E se ela não tiver tido escolha?

Kara tenta, mais uma vez, se aproximar de mim, só que por impulso eu ando para trás novamente e percebo que esse foi o limite. Em um dos passos, eu não senti o chão. Olho pra baixo e vejo que eu já estava no limite do batente da piscina, em questão de segundos eu já estava toda molhada dentro dela.

- DROGA! - Bato com os punhos fechados na água da piscina.

A mesma estava extremamente gelada, cada centímetro do meu corpo tremia. A Kara estende a mão pra mim, seguro e ela me puxa pra cima.
Saio dali a passos largos, vou pra dentro de casa e subo para o quarto. Tranco a porta, tiro o vestido com dificuldade porque ele já era apertado, e agora molhado parece que encolheu.

Deito na cama ainda com o corpo molhado, apenas de peças íntimas e uma vontade absurda de chorar toma conta de mim. Me entrego ao choro mesmo sem ter um motivo, prefiro culpar a vida.

Não posso culpar ninguém, talvez eu possa culpar a mim mesma.
Eu criei essa bola de neve, infelizmente.
Eu menti, menti e menti mais.

O tempo passou e eu não consegui parar de chorar.

- Amor? - Kara bate na porta.

- Hm? - Respondo fazendo qualquer tipo de som com a garganta.

- Me deixa entrar...

- Não.

- Eu sei que você está chorando.

- Uau! E você descobriu isso sozinha?

- Olha... Eu tenho sorvete de flocos, cobertura de chocolate, jujubas e pipoca, se você me deixar entrar, nós vamos poder assistir desenho.

- Isso não vale! Você quer me comprar com doces e desenho animado. Tá bom, você venceu.

Reta final Onde histórias criam vida. Descubra agora