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P.O.V.'S BEATRICE GILINSKY • TEXAS AIRPORT

Olho a hora no celular mais uma vez, a ansiedade estava grande. Daqui alguns minutos eu estaria com o meu pai de novo. Tanto tempo sem vê-lo, estou com muita saudade.

Não parava de bater as unhas no banco ao meu lado, meu pai não chegava e isso estava me deixando nervosa.

- Oi, você é a Beatrice Smith? - Uma mulher me pergunta.

- Sim, sou, por quê? - Me levanto.

- Eu sou a mulher do Ernest, ele me pediu para te buscar. - Ela fala. - Meu nome é Karen.

- Tudo bem. - Sorrio de canto. - Eu ia falar o meu mas você já sabe. - Rimos.

...

- Seu pai é uma pessoa muito abençoada. - Ela diz.

- Também acho. - Falo sorrindo.

- Você lembra muito ele, agora que estou te olhando melhor. Você é muito bonita. - Fala.

- Obrigada, você também é bonita. - Falo. - Bom, como ele está? - Pergunto.

- Ele está muito bem, depois que conseguiu pagar a dívida, ficou muito feliz.

- Que bom que ele está bem. - Falo. - Estou com muita saudade dele.

- Nossa, ele também. Fala de você todos os dias, fala muito bem. - Fala. - É verdade que você fez faculdade de desing gráfico?

- Bom, fazia, depois que eu fui para a Califórnia, não pude terminar. Mas acho que vou terminar, vou ver se consigo pegar no meio.

- Tomara que consiga. - Fala. - Chegamos.

- Essa não é a minha casa. - Falo.

- Seu pai se mudou, agora nós dois moramos aqui. - Saímos do carro.

Era uma casa grande e bonita, com piscina no fundo e tinha um canil também.

- Que bonita. - Falo.

- Vamos entrar? - Fala e pega a minha mala.

Com o coração acelerando, abro a porta, mas não vejo ninguém. Entro na casa e logo a Karen entra atrás de mim, fechando a porta e deixando a mala no cantinho.

- Vá para a cozinha, coma alguma coisa, beba água, você deve estar com fome. - Fala enquanto subia as escadas.

Faço o que ela diz, vou para a cozinha e logo tenho a melhor surpresa da minha vida.

- Pai! - Grito e vou correndo abraçar o mesmo.

- Beatrice! - Meu pai grita e me abraça. - Como eu senti sua falta, minha filha.

- Eu também, senti muita saudade. - Falo ainda abraçada com ele.

- Eai, como está? Te machucaram? - Pergunta.

- Calma, uma pergunta de cada vez. - Rio.

- Como foi o primeiro dia?

- Bom, foi... mais ou menos. Eu assinei um contrato e depois fui dormir. - Falo.

- Te machucaram?

- Mais ou menos também. O Jack me bateu uma ou duas vezes, mas agora está tudo bem. - Nos sentamos nas cadeiras da cozinha.

- Quem é Jack? - Pergunta com raiva.

- É meu marido. - Respondo.

- Quê? Beatrice como assim marido? Você casou?

- Sim, casei. - Sorrio e mostro a aliança pra ele.

- Mas como assim, você casou com um homem que te bateu. Como assim?

- Calma, ele mudou, se arrependeu e depois pediu desculpas. - Falo.

- Pelo menos você aparenta estar feliz.

- Sim, estou muito feliz. - Falo empolgada. - Mas e você... o que aconteceu enquanto eu estive fora?

- Ah, eu encontrei uma pessoa. A Karen, você já conhece. - Fala. - Ela ia todos os dias no bar, aí começamos a conversar.

- Que bom que você está feliz, sua felicidade completa a minha. - Falo.

- Aí nós acabamos nos apaixonamos e casamos no civil. Depois, ela perguntou a minha história e eu contei, que fiquei devendo ao dono da máfia e eles tiveram que raptar a minha filha para eu pagar. A Karen me ajudou a pagar e eu agradeço infinitamente a ela por isso.

- Ah, então foi por isso que o Gilinsky achou estranho. Você pagou tudo do nada, até eu achei estranho. Mas fico feliz de estar aqui com o senhor. - Sorrio e pego sua mão.

- Também estou feliz de estar com você, Beatrice. - Beija a minha mão.

- Desculpa interromper o momento fofo de pai e filha, mas eu fiz um lanche de boas vindas pra você. - A Karen fala quando chega na cozinha.

- Tudo bem, obrigada. - Falo.

...

Conversamos por bastante tempo, a Karen contou dos seus filhos que moram no Canadá e falou também um pouco de onde veio.

- Meu filho seria perfeito pra você. - Fala. - Fariam um casal lindo.

- Me desculpe, mas eu sou casada. - Mostro a aliança.

- Casada? Como assim? Você tem apenas 19 anos. Ernest, como assim?

- Eu não pude dizer nada, ela estava longe de mim. Mas se a minha filha está feliz, eu estou feliz também. - Meu pai fala, me fazendo sorrir.

- Eu acho isso um absurdo. - Fala. - E ainda é casada com um mafioso? Que te sequestrou? - Se levanta da mesa.

- Nos apaixonamos um pelo outro e ele se arrependeu e pediu desculpas pelo que fez. - Falo.

- Isso não está certo. - Fala com raiva. Estou me controlando o máximo para não explodir.

- Ainda sou mãe, os filhos do Jack são uns amores. - Falo lembrando deles.

- Mãe? Aí já é demais, me dê licença. - Fala e sai da cozinha.

- Me desculpe, ela é assim mesmo. - Meu pai diz.

- Tudo bem, tudo bem. - Respiro fundo e volto a comer, tentando esquecer essa situação embaraçosa que acabou de acontecer.

- O que acha de saírmos amanhã? - Meu pai pergunta.

- Acho ótimo. - Falo. - Vamos pra onde?

- Podemos ir para onde você quiser. Que tal... o parque ecológico?

- Ótima ideia. - Sorrio.

Termino de comer e ajudo o meu pai com a louça, arrumo a mesa e subo para o quarto. Tomo banho e vou dormir, o cansaso me consumia e depois que eu acordasse, ligaria para o Jack avisando que cheguei bem e o que acabou de acontecer.

ᴍᴀғɪᴀ 2 ✦ ᴊᴀᴄᴋ ɢɪʟɪɴsᴋʏ [ᴄᴏɴᴄʟᴜɪᴅᴀ]Onde histórias criam vida. Descubra agora