Capitulo 2: Sonhos vs realidade

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Depois de 30Min dele me explicando os conceitos, percebi o quanto era burra pra caramba. Me senti a caçamba do lixo praticamente.
- Resolva esses cálculos, preciso ver seu desempenho. - ele me entregou um folha de papel A4 com alguns dizeres.
Depois que percebi que nos papéis soltos que ele carregava, eram exames e que ele começara a corrigir aos poucos.
- Você tem 20min para responder essas 5 questões, okay? - ele tirou do bolso do colete uma mini ampulheta que a girou e era aquele o meu tempo.
Ele tinha mãos bem bonitas, dedos compridos e ele tinha cara e jeito que se cuidava muito. Um homem vaidoso desse, será que ele é gay?
O lápis tremia na minha mão e eu percebia que eu era muito ruim no que eu fazia.
Ciências contábeis era um sonho do meu pai, e eu cursava para ter um diploma, porém o que eu gostava mesmo era de música. Era extremamente apaixonada por música, mas sempre ouvi um "música não enche barriga de ninguém" e o meu pai sempre me dizia isso quando me ouvia cantando ou tocando piano. Tinha um piano em casa, era herança da minha avó e tinha sido com ela que havia aprendido a tocar piano e a ter um gosto musical.
- Acabou seu tempo! - viajei tanto que havia esquecido meu tempo. Respondi três das cinco questões.
- Me desculpe, pouco tempo para responder questões tão complexas.
Ele me olhou nos olhos como se já na minha testa já tivesse escrito REPROVADA.
- Não são complexas, essas questões normalmente são respondidas em 10min. - ele pegou um marcador vermelho e começou a corrigir o teste. Meu nervosismo piorou muito quando logo na primeira ele fez um x  na questão.
...
- Realmente, você está um pouco ruim em cálculos. - disse ele me entregando o teste e eu só havia acertado apenas uma.
- Estou fodida!
Ele me olhou com o olhar de reprovação e eu tive vontade de me enterrar de tanta vergonha.
- Amanhã será melhor, srta! Estou aqui para lhe ajudar. - disse ele dando leves tapinhas na minha costa.
- Para o sr é fácil, ja esta formado e tudo!
- Olha eu sei que é clichê o que vou lhe transmitir, mas eu era muito ruim também, sabe como conseguir ficar bom? Treinando todos os dias até me aperfeiçoar. Teremos o verão inteiro para você aprender e eu não vou desistir de você.
Abaixei minha cabeça e eu sentia um nó na minha garganta, parecia que cada palavra dele pesava muito em minha costa.
- Eu, tenha calma! No final tudo vai dar certo! Tanto é você vai me agradecer depois.
- Eu... realmente espero, sr May.
- Vamos fazer assim, amanha é  o primeiro dia de verão, você irá sair com seus amigos, okay? Para que depois de amanha você venha relaxada e não fique tão tensa.
- Sério? Eu tenho esse passe livre?
- Sim, você tem, mas somente amanhã, pois é quinta feira.
- Ok, professor!
- Você está liberada!
Arrumei minhas coisas e eu saí o mais rápido que eu pude da biblioteca, minha cabeça ardia de dor de cabeça. Olhei para trás e ele também havia saído, só que ele foi direção oposta da minha.
...
Cheguei no dormitório e eu dividia o quarto com a Veronica e para meu azar, minha amiga e o seu affair estavam deitados na cama dormindo. Não sabia se namoravam, se ficavam ou sei lá o que, mas eles formavam um casal muito meigo e adorável.
Não aguentei, me joguei na minha cama de tão exausta que estava.

O professor Onde histórias criam vida. Descubra agora