Havia se passado dois meses e o inverno chegou muito mais cedo esse ano. Dezembro era um mês lindo e fabuloso, pois era o mês do natal, das boas festas e o mês do meu aniversário.
Ainda não havia me mudado para a casa do Brian, mas estava a uma semana de ir, só que ainda combinamos de ir na casa de meu pai a princípio.
Completei cinco meses de gestação com um copo de leite e sanduíche de atum com picles e mel e infelizmente, só era um desejo pois assim que chegou ao meu estômago eu coloquei tudo pra fora.
- Será que você pode simplesmente aceitar a comida que chega até você? - Ralhava com o meu próprio filho como se ele fosse culpado.
Ainda não sabia o sexo do bebê e confesso que a cada semana que ia avançando, a ansiedade somava mais um pouco. Minha barriga já estava saliente, as calças antigas não me serviam mais e o que restava era usar alguns vestidos e calças de lycra para usar.
A minha temida prova seria em janeiro e eu tentava não ficar aflita pois a médica havia me dito na última consulta que o que eu sentia podia passar para o bebê.
Ainda não sabia o que havia acontecido comigo no dia do baile e o porquê cai e bati minha cabeça, ainda era um vazio e ainda sentia que algo estava faltando, era tipo uma peça do quebra-cabeça que faltava no meu jogo.
Hoje combinamos de ir na casa de meu pai e Brian estava nervoso como nunca pois além de eu contar para meu pai sobre minha gravidez, também iríamos contar para os pais dele que eles também seriam avós.
- Amor, tá bom? - Já era a terceira troca de roupa e já estava ficando cansativo.
- Tá ótimo, meu bem, acontece que vamos ver meu pai e não casar, por favor, se apresse.
Ele sorriu para mim e me deu um peteleco de leve na ponta do meu nariz. Finalmente ele colocou a calça jeans preta e calçou um sapato marrom e finalmente poderíamos sair.
- Vamos agora?
- Preciso estar impecável, vai que seu pai resolve me matar!
O olhei com um olhar reprovador e ele riu para mim.
- Você vai ver só quando voltarmos. - Disse ele me olhando com uma cara bem maliciosa.
- Vou o que, Sr. May?
Ele arqueou uma de suas sombrancelhas e me pegou pela cintura que me fez ficar grudada nele.
- Não me provoque.
Adorava provocar ele e parecia que agora depois que fiquei grávida, meus hormônios fervilhavam mais ainda e o Brian exalava feromônio que me deixava doidinha por ele e isso me fez lembrar a minha última consulta com a Dra.
#Flash back On#
Estávamos esperando a minha vez para ser chamada e Brian parecia impaciente como nunca, confesso que até eu também. Havia completado 4 meses e eu eu acompanhava mês a mês a gestação com a doutora Alexia.
- Próximo!! - disse a recepcionista que felizmente já era a nossa vez.
Entramos e eu já fui me sentando na cadeira e a doutora escreveu algumas coisas no papel e depois encarou a nós dois.
- Então, Melina?
- Quatro meses já do bebê, doutora e a gente queria muito saber o sexo da criança.
- Eu sei, compreendo e eu sei como é está ansiedade, sou mãe de gêmeos. - Brian ficou surpreso e eu ri um pouco.
- Doutora, tenho uma dúvida!! - Falou Brian que até me surpreendi.
- Pode falar!
- Posso ainda manter relações sexuais com a minha namorada mesmo ela estando grávida? - Juro que quis me enterrar de vergonha.
- Pode sim, se estiver tudo bem com a Melina e ela não tiver tido nenhum sangramento durante a gestação e que ela não tenha se acidentado recentemente, não há nenhum problema. Nós obstetras as vezes até recomendamos a nossas pacientes para que elas mantenham mesmo relações pois ajuda caso por ventura ela tenha um parto normal.
- Ah sim, sim. - Disse ele que deu um beijo em minha bochecha logo em seguida.
#Flash back off#
Dei um selinho nele e fomos para o caro e eu sabia que Brian poderia me tentar até a gente querer fazer algo, porém me mantive firme e resisti.
- Seu pai querer me matar!!
- Pode até ser, mas eu acho que ele vai me matar primeiro!
- Com toda certeza!
Entramos no carro e ele dirigindo na sua calma como de sempre. Iríamos de carro até a estação ferroviária e nosso trem iria sair às 10h que bem provável chegarmos bem na hora do almoço na casa de meu pai e de minha madrasta.
A gravidez me deixou muito mais sonolenta e eu confesso que tinha vezes que eu odiava dormir porque me atrapalhava muito no meu serviço.
- Meu irmãozinho vai ser tio já imagino a carinha dele de feliz.
- Bom, isso é... Ainda tenho que contar também para meus pais.
- Acho que a dona Ruth irá gostar de ser avó, agora seu pai, não sei muito.
- Meu pai é bastante rígido, quem sabe com a chegada de um neto ele não amolece o coração.
- Pode ser, naquela noite ele ficou me fazendo perguntas difíceis.
- Eu sei, por isso que não quis contraria-lo, sabe?
- Sei... Não seja tão rígido com o bebê, Brian!
- Não serei.
Selei seus lábios e adentramos no trem em rumo a casa de meu pai e eu confesso que o frio na barriga era tão grande que me deixava fortemente ansiosa e nauseada.
~ Algumas horas depois~
Ficou combinando que Brian e eu ficaríamos em um hotel mesmo e depois íamos para a casa de meu pai pois eu não queria incomodar ele e Bri e eu resolvemos que íamos passar o final de semana juntos.
- Alô pai? - Atenderam o telefone na casa de papai.
- Melina? - A voz feminina e tinha quase certeza que era de Wanda.
- Wanda?
- Sim!!
- Sim, sou eu a Melina, cadê o papai?
- Ele foi no mercado, estamos esperando você chegar, vai vim ou não?
- Irei, sim! Iremos tomar um banho e depois iremos direto para aí!
- Certo então.
- Tá tudo bem por aí?
- Tudo ok, a avó que ainda continua esquecida mesmo. - Sim, ela também chamava minha avó de vó por mais que seja a sogra dela.
- Ok! Estamos chegando, tchau.
Desliguei o telefone e o Brian já estava de roupão branco parou ao meu lado.
- Vamos, amor! Tenho que tomar banho e se mandar pra lá depois!
- Relaxa, meu bem! - Ele ergueu meu queixo e selou meus lábios.
- Eu quero relaxar, porém é muita pressão.
- Vem, vamos tomar um banho quente que você vai relaxar.
Ele foi retirando minhas roupas e foi me levando até o box do banheiro que gentilmente ligou o chuveiro.
- E você não vem?
- Claro que sim!!
Ele retirou o roupão e se juntou comigo para tomarmos um bom e gostoso banho de água quente e nessa parte gostávamos da água bem quente.
...
Coloquei meu vestido florido e amarrei meu cabelo em rabo de cavalo e a vantagem de estar grávida é que os cabelos ficava bonito de qualquer forma e isso era maravilhoso. Brian vestiu uma calça jeans e um blazer azul que por de baixo tinha uma camiseta da cor bem clarinha que era tipo um rosa bem clarinho quase um cor creme e como esse homem sabia se vestir tão bem.
Coloquei a fotinho das duas últimas ultrassons dentro de uma caixinha e eu comprei um par de sapatinhos de ursinho também na mesma caixinha e eu pedia a Deus que me desse forças caso meu pai não fosse me aceitar.
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O professor
De TodoMelina Stewart uma estudante de ciências contábeis que se vê numa enrrascada: estuda o suficiente para passar de ano ou perde sua vaga na universidade, para sua sorte um certo professor foi indicado para lhe ajudar a reverter sua situação. Um profes...