Capítulo 23: There's no reason for living with a broken heart.

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Estava até um pouco irritada com o Brian por ele ter me delatado ao médico.
- Eu tô com saudades dos meus amigos, pois eu não aguento mais ficar nessa merda de hospital. — Brian revirou os olhos se afastando da cama e se sentando no sofazinho.
- Calma, my darling! — Disse Freddie se aproximando mais da cama e se sentando um pouco na cama.
- Calma nada, Freddie! Eu odeio ficar parada, você sabe muito bem. — Ele riu e apertou de leve meu nariz.
- May você vai dormir com ela hoje aqui? — Brian fez um joinha com a mão direita e enquanto folheava o livro de Carl Sagan.
- Amanhã te trago uma torta de frango, okay? Mas agora eu preciso ir, darling!
- De frango?
- Sim, é só a que eu sei fazer. — Caímos na risada e realmente a torta era boa pois havia algumas especiarias que ele colocava e tinha um sabor único e incrível como por exemplo o curry indiano.
- Okay, Freddie! E traga uma pepsi e também peça desculpas ao Jim no meu nome, sim?
- Desculpas, por que?
- Eu dei trabalho naquele dia e eu não quis trazer esse transtorno e eu nem sei onde está minha gargantilha de crucifixo.
Ele meteu a mão no pescoço e colocou por cima da camisa pude ver e estava com ele, o tempo todo a minha gargantilha estava com ele.
- Está comigo desde do dia que te acudiram e este objeto fazia eu me sentir mais perto de você. — Seus olhos se encheram de lágrimas. — E quando te vi ali desacordada quis por um breve momento trocar de lugar contigo pois você não merecia estar apagada. Já eu sim, merecia tudo aquilo.
- Nossa, Freddie! — Nossas lágrimas caíram juntas e eu o abracei tão forte.
Freddie era meu melhor amigo de todos os tempos e por mais que a gente brigue e ele tenha algumas atitudes fora da casinha, ele sempre reconhecia e ele sempre se arrependia e pedia desculpas.
- Agora deixa eu ir, boa noite! — Ele deu um beijo na minha testa.
- Boa noite!
Ele se despediu de Brian e um papel caiu de seu bolso que ele nem tinha percebido.
- Meu bem, pegue esse papel, por favor!
Brian foi e me entregou o papel ao abrir o papel o susto era mais um desenho e atrás o título It's a hard life.

- Meu bem, pegue esse papel, por favor!Brian foi e me entregou o papel ao abrir o papel o susto era mais um desenho e atrás o título It's a hard life

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Era um desenho meu, não sei quando ele teria feito e era um desenho muito lindo

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Era um desenho meu, não sei quando ele teria feito e era um desenho muito lindo. Agora eu estava lendo o texto entitulado de "It's a hard life" era um texto triste que contava como sobreviver depois que a gente quebra a cara depois que se apaixona. Eu me tremia inteira e será que ele escreveu aquilo pensando em mim? Será?
- Que foi, Mel? — Perguntou Brian e eu dobrei o papel que guardei no bolso da calça de moletom.
- Nada, não! — Respirei bem fundo e fiquei vendo noticiário até finalmente conseguir dormir.
...
Acordei com a moça entregando o café da manhã a Brian e o meu estômago estava doendo.
- Amor olha só a graça do café, bom dia! — Disse ele beijando minha bochecha.
- Meu estômago está doendo. — Massageei a barriga e eu senti o estômago roncar.
- Você não come direito desde quando acordou, baby! E eu não sei o porque está fazendo isso.
- Eu estou sem apetite, Bri!
Ele colocou a bandeja no meu colo e tirou a tampa da tijela.
- Mingau de aveia? Eu odeio aveia!!
Brian cruzou os braços e me fuzilou com os olhos.
- Melina, sinceramente você tem que se alimentar, ok? Mingau de aveia sim, pois é muito bom para recuperar um pouco as forças.
- Brian, eu queria café com leite que nem no Dinner's. — Ele ainda me olhava sério, igualzinho como meu pai me olhava quando eu fazia tolice na minha infância.
- Tem outra coisa?
- Torrada, uma maçã verde e um potinho de geleia de laranja.
Aquilo me deu um enjôo tão forte que não quis comer arredei para o lado fechando os olhos com raiva e os fechados porque não queria olhar para a cara de reprovação do Brian.
- Eu vou embora se você não comer! — Ele me ameaçou e eu senti uma fisgada no meu estômago.
- Brian, eu não gosto de aveia, ok? Mas eu como a maçã verde, ok?
- Sinceramente? — Ele foi pegando seu casaco e sua pasta e minha garganta foi logo se formando um nó para querer chorar. — Vou embora, você não quer sua saúde.
- Brian, por favor... Fique!
- Não! Até você não comer esse mingau aí.— Ele apontou para a tigela.
- Mas...
- Fica muito difícil, Melina! Você não sabe o quanto é escroto eu ver a pessoa que estou me apaixonando numa cama de hospital.
Eu arregalei os olhos e ele passou a mão no rosto que foi ficando ruborizado.
- Você o que, Brian?
- Foda-se!! Eu estou me apaixonando por você, Mel!
Ele se aproximou de mim e eu o puxei pelo colarinho e dei um beijo nele do tipo selinho e o meu coração estava palpitando tão forte que a sensação que ele ia parar de tão acelerado.
- Por favor, come a droga logo desse mingau! — Disse ele aos sussuros e eu coloquei uma colherada na boca.
O gosto, a textura, e até mesmo cheiro só me lembrava uma coisa: infância. Eu odiava mingau de aveia desde que uma vez eu fui dar mingau ao meu irmão e a minha madrasta havia dito a todos que quase o matei de propósito pois eu não sabia que ele tinha alergia a aveia.
Tomei mingau de aveia nos tempos do ginásio pois a minha infância inteira foi tomando esse mingau e esse fato ter ocorrido com meu irmão me deixou tão traumatizada que eu passei odiar aveia.
Ginásio+infância+madrasta horrível+ alergia do meu irmão= odeio aveia. Queria contar ao Brian, mas eu ia deixar isso para a próxima vez.
- Agora tome tudo, sim? — Ele assentiu com a cabeça e depois depositou um beijo em minha testa.
- Está quase chegando a hora das visitas e a hora da troca do acompanhante e...
- Você vai ter que ir tomar banho, né?
- Sim, mas so quando o Freddie chegar daí irei.
Dei mais uma colherada no mingau e até para engolir era difícil, confesso.
- Suas costas devem estar doendo de tanto que tá dormindo nesse sofazinho, né ?
Ele assentiu e se alongou um pouco. Brian era mais alto que eu. O curioso fato que nem tanto pois eu tinha 1,70m e ele parecia apenas alguns centímetros mais alto que era um pouco fofinho e etc pois até para a gente se beijar ele só curvava um pouco a sua cabeça e se beijávamos.
Dos meninos me considerava baixa pois o Freddie tinha 1,77m, Roger 1,79m e John 1,80m. Do Freddie ainda ficava 7cm mais baixa que era engraçado e do John com o Roger era pior que era bem cômico.
Se idade fosse documento certo? Estava ferrada porque eu tinha 23, Roger 25, Freddie 26 e o nosso caçula e grande homem tinha 22 anos. Veronica e a Dom tinham 24anos. Como dizia o Freddie "Nós éramos um bando de desajustados, entretanto não apenas simples desajustados e sim aqueles que estão lá no fundão da sala se perguntando o porque éramos tão desajustados."
De tantas colheradas o mingau finalmente acabou e eu estava até satisfeita pois até meu estômago havia parado de roncar. Até meu telefone ao lado começara a tocar.
- Alô?
- Bom dia, é da recepção do hospital e acontece que tem uma ligação na linha posso passar adiante?
- Pode!!
Ouvi um "clique" e depois um chiado baixo.
- Pera aí que eu tô esperando também... Alô?
- Alô! Quem é?
- John Deacon!
A voz de John sempre foi assim grossa? Não lembrava pois eu não estava nem reconhecendo.
- Oi, John!! Bom dia!
- Bom dia, Melina! Eu queria saber se você está disposta para uma visita?
- Claro que estou! Vem logo!
Ele desligou o telefone e eu não entendi muito bem o ato, torcia muito para que ele retornasse pois estava com muita saudade.
...
Brian resolveu tomar banho no hospital mesmo e ele apenas trocou uma camiseta e continuou com a mesma calça. Freddie as vezes se atrasava e eu o orientei a ele não ficar zangado com meu amigo.
- Vou comprar um chá para mim, ok? — Ele beijou minha testa e saiu.
Sozinha eu peguei de novo o desenho do Freddie que estava no meu bolso e eu ainda fica impressionada naquele desenho magnífico e a porta abriu novamente.
- SURPRESA!!
Meu coração quase para de susto e eram eles: Veronica, John, Roger e a Dom.
John e Roger cada um com um buquê de flores que me fez lacrimejar de tanta felicidade.
- Meu Deus, eu não tô acreditando nisso! — Veronica foi até a mim e me abraçou que em seguida veio Deaky.
- Eu que não tô acreditando nesse susto que deu na gente, isso sim. - Deaky me deu um beijo suave na minha testa.
Pude abraçar Roger e Dominique e que ela parecia ainda mais impecável do que antes.
- Quando o Freddie ligou para mim e me explicou o que aconteceu tive vontade de vim na mesma pisada, Melina!— Disse Roger e meu coração ficava aquecido dele dizer isso a mim.
- Eu estou muito feliz por ver vocês. Não aguentei de tanta saudade. — Eu comecei a chorar e de fato estava com muita saudade deles.
- A propósito e você e o Sr May? - Roger se sentou na cama tirando seu óculos escuros e colocando no bolso da jaqueta.
- Querido!! Que indelicadeza!! — Repreendeu Dominique que reprovou de imediato a atitude de Rog.
- Bom, nós estamos ficando sabe e tá tão bom Roger que eu tenho a sensação que tô nas nuvens.
- Tá apaixonada minha amiga? — Perguntou Veronica e eu senti meu rosto esquentar.
- Não sei, Ronnie! Eu só estou curtindo um pouco o momento, saca? Só está sendo difícil o Freddie conciliar tudo isso.
John se sentou do outro lado da cama e pegou minha mão que estava o acesso.
- Minha amiga o Freddie é assim mesmo sabe? Depois ele vai superando.
- Espero, John! Eu espero.
A porta se abriu novamente e era Brian com um copo em mãos.
- Oh visitas!!
- Brian, esse são os meus amigos.
- O loirinho eu conheço, como vai Taylor ?
- Estou bem, está é a minha garota a Dominique Beyrand!! — O sorriso de Roger era de orelha a orelha que me deixava muito feliz também.
- Prazer conhecer! — Dominique esticou a mão e eles se cumprimentaram.
- E esse lindo de cabelo castanho é o John com a sua namorada a Veronica. — John ficou ruborizado e extendeu a mão para Brian e depois Veronica extendeu a mão.
- Taylor, tá estudando? — A cara que Brian lançava a Roger que era muito cômica e Rog por sua vez coçava sua nuca como se fosse tirar de lá a resposta.
- Bom, sabe como é né Sr May, biologia não é nada fácil.
Todos nós rimos em um um coro e como eu sentia falta de rir das trapalhadas de Roger.
- Bom, eu pensei que o meu curso que fosse perrengue, ok? — Eu disse e John deu um joinha até porque entre a galera nós dois éramos os únicos exatas da turma, só que a diferença é que Deaky era mais inteligente que eu.
- Vimos o show de guitarra que o Sr deu no dia da festa do Swen, fiquei estasiado. - Roger não parava mesmo de tagarelar.
- Eu amo tocar, me faz tão feliz. — Eu juro que se eu tivesse ao lado de Brian ia poder ver as pupilas dele dilatando ao falar da guitarra dele.
Como ele mesmo disse era a paixão dele e a guitarra que ele tinha na casa dele era mais que especial pois ele com o seu pai haviam construído e a batizaram de red special. Morria de curiosidade de um dia conhecer os pais de Brian, porém ele pouco falava da família para mim.
- Eu toco bateria desde dos 12 anos. — Dominique e Veronica se sentaram no sofá, pois quando Roger começava a falar da sua também paixão que era tocar bateria ele ficava mega empolgado. — Comecei a tocar e não parei mais.
- E você? — Deaky aproximou mais e eles começaram a falar de música me excluindo do assunto totalmente.
- Eu toco baixo desde que me conheço por gente. - Falou Deaky e a carinha que ele dava era tão fofa que só via a Veronica dar longos suspiros.
- Um dia a gente poderia marcar de tocar junto, que acham?
Roger deu um sorriso e passou a mão no ombro de Deaky pois aquela oportunidade era de ouro para aqueles jovens tão sonhadores. Pois eu lembro benzinho aquele show que eles fizeram para arrecadar fundos para a ong e também para somar com atividades extra curriculares.
# FLASH BACK ON#
- Calma, John! — Pedia Roger, porém ele também precisava se acalmar.
- Meninos vai dar tudo certo, okay? - Dei um beijo na bochecha de cada um.
- Por aquelas crianças que estão precisando! - Disse Freddie e ele iria ficar no vocal e ele tinha medo de tudo dar errado.
Se despedimos no backstage e em menos de cinco minutos corremos para ficar em frente daquele palco que ficava na pracinha da universidade.
Foi nesse dia que Veronica começou a se interessar por Deaky pois ela sempre dizia que ele tinha um sorriso encantador e que ele era muito fofo quando ficava envergonhado.
A cortina se abriu e os meninos começaram a tocar Jailhouse rock do Elvis e algumas pessoas começaram a aparecer e realmente eles tocavam bem.
~ FLASH BACK OFF~
- Seria ótimo, sr May! — Roger parecia tímido ao lado de Brian.
- Olha vocês podem me chamar de Brian, não tem problema! — Deaky sorriu um pouco tímido.
A porta abriu-se novamente e era Freddie com uma caixa nas mãos.
- Quanta gente!! — Ele cumprimentou todos inclusive Brian e depois veio me abraçou de lado.
- Pensei que você não vinha mais, Freddie!
- Eu me atrasei um pouco, desculpa! E vocês o que estão falando, hein?
- Ele toca guitarra, Freddie! — Freddie olhou para Brian que o mesmo olhava para Roger.
- E?
- E vai ser incrível se a gente tocasse junto, não é mesmo? — Respondeu Roger.
- Seria maravilhoso pensar por esse lado, até porque nossa banda é apenas de garagem que faz covers de composições de outras pessoas. — Disse John e Freddie parecia até um pouco imóvel e incomodado.
- Poderiamos arriscar algo, Freddie! Eu toco um pouco de tudo e tá feito o convite a vocês. - Calmamente disse Brian.
- Ok, aceito! Eu irei cantar com vocês um pouco só para não deixar as duas Marias na mão.
Todos caíram na risada e até mesmo Brian que fazia parte da piada interna riu.
... Horas depois...
Os meninos tinham ido pois infelizmente eram apenas 30min de visita e eu já queria muito ir embora. Não aguentava mais ficar ali naquela cama sem poder me mover sem depender dos outros.
Brian teve que ir para a casa dele pois ele tinha que trocar de roupas e ele ficou de ir na Imperial junto com a Veronica para pegar algumas roupas para mim, tudo indicava que iria ter alta nessa tarde.
Meu almoço foi a torta de frango pois mais uma vez havia vindo uma canja de galinha de almoço e que eu recusei. Sobre a torta do Freddie era maravilhosa dos deuses e eu lembrei do desenho.
- Freddie ontem quando você foi, caiu um papel do seu bolso.
- Que papel?
Peguei o papel dobrado e entreguei na sua mão e ele ficou um pouco nervoso e engoliu seco.
- Você abriu para ver? — Ele parecia nervoso.
- Abri e eu achei a coisa mais linda esse meu desenho e... O texto, bom... Me diz você.
- Bom eu desenhei outro dia e o texto é uma composição minha, estava tocando violão e eu tive a ideia de escrever colocando todo esse sentimento que tinha por você em forma de composição.
- Ahh, eu posso ficar com o desenho?
- Pode!
Dei um beijo em sua bochecha e senti meu rosto esquentar com meu ato. Freddie me olhou fundo nos olhos e deu um sorriso lindo. Eu amava o sorriso do meu amigo.
- Um dia cante ela pra mim, sim ? — Peguei em sua mão e ele assentiu com a cabeça e depois nos abraçamos.
Freddie é a pessoa mais especial na minha vida e eu era a pessoa mais sortuda por ter a sua amizade e tê-lo em minha vida.
Obrigada, Freddie! Eu amo você.
...

Notas da autora: finalmente o capítulo saiu 💞💕 muito obrigada pela paciência.
Espero que gostem ❤️
E sobre a música IT'S A HARD LIFE é uma música tão difícil e triste 🥺 de vez ou outra me arrisco no karaokê 👍🏻 eu tento
E vão logo preparando um pouco o psicológico para fortes emoções.🤭😌👍🏻

O professor Onde histórias criam vida. Descubra agora