Cheguei na biblioteca e ele já estava la, com um blazer roxo de camurça e uma camisa branca por baixo e meu Deus, ele ficava lindo de qualquer jeito. Como pode, não é mesmo?
Ele virou-se e fixou os olhos em mim e eu fiquei com vergonha dele. Ele pegou meu rosto, fez carinho no meu queixo e selou meus lábios. Não estava satisfeita, queria mais, peguei e beijei mais forte.
Senti sua língua em minha boca, senti meu pêlos se arrepiarem, senti vontade de retirar aquele blazer dele juntamente com a camiseta por de baixo. Senti suas mãos guiando as minhas para colocar em sua barriga por de baixo do tecido. Sua pele quentinha, e minha mão percorrendo pelo quadril dele, senti seus pêlos que também estava arrepiado. Nossos corpos estavam fervilhando e eu senti minha excitação, senti meu corpo estremecer na verdade.
Ele beijava meu ombro e meu colo, e eu gemia baixo, tinha medo de qualquer pessoa entrar naquela biblioteca e estragar nosso momento. Ele me carregou gentilmente e me deitou naquela mesa e em seguida foi desabotoando minha camisa e meu sutiã azul de bolinhas brancas ficará exposto.
- Não para... Por favor. - em meio de ofegadas e ele sorria.
Ainda sentia seus beijos e eu escutei um barulho estridente que fez cortar nosso momento, era a porra do meu despertador, mas como ele tinha parado ali?
...
Despertei do sono e eu pude ouvir de longe o meu despertador, acordei um pouco tonta e um pouco atônita com o sonho. Fui coçar minha coxa e eu percebi que estava toda arrepiada, até meu coração estava acelerando, não estou acreditando, eu estava com tesão e o pior o motivo era o meu professor de cálculos.
Me senti mal por este sonho e ate por que saberia que toda vez que o encarasse ia lembrar do sonho e eu escutei o barulho do telefone no quarto. Procurei o telefone e o barulho dele parecia aquelas campainhas de casa antiga, um total carnaval de som.
Quando finalmente o encontrei ele parou, me senti triste pois poderia ser um dos meus amigos ligando para dizer o quanto estavam se divertindo e etc e o telefone tocou de novo.
- Alô!
- Srta Stewart?
Era uma voz feminina e da ultima vez que recebi uma ligação com uma voz feminina era me dizendo que estava precisando recuperar minha nota.
- É ela.
- Aqui é da reitoria da universidade, tudo bem ? Pois bem, suas aulas de aperfeiçoamento e reforço em cálculos foi adiantada para o horário de 14h30 pois como é início de verão o campus e o corpo docente estão todos estão de licença. Entretanto, ainda tem alguns alunos de intercâmbio e outros alunos de cota estrangeira que optaram ficar na nossa instituição.
- Por que foi adiantada? Vai ser o verão inteiro nesse horário?
- Não sei informar, o sr May é muito reservado a sua vida particular e o horário acreditamos que vai ser fixo. Os alunos que estão presentes na instituição são poucos e como a nossa unidade esta vazia queremos de alguma forma facilitar estreitando um pouco os horários, você estaria de acordo?
- Sim, fazer o que né? Mais alguma informação?
- Tudo certo, caso queira ainda comunicar algo venha diretamente na reitoria, agradeço a paciência e a dedicação. Para sua segurança a conversa foi gravada. - Ela desligou o telefone e eu desliguei o meu. Ótimo, as aulas foram adiantadas, bem na hora da minha soneca.
O telefone tocou novamente.
- Alô?
- Oi amiga ! - a voz doce no telefone e eu presumi que seria Veronica.
- Vê?
- Sim, Mel como você está?
- Acabei de saber que minhas aulas foram adiantadas e eu nem o porquê, mas eu to sobrevivendo. E voce? Como esta?
Ela deu um longo suspiro e eu pude ouvir sua respiração ficar um pouco forte no telefone.
- Está tudo bem... É que eu acho que meus pais não gostaram do John.
- Como assim? Você também não gostava dele logo no início.
- Acho por que ele é sério com quem ele não conhece.
- Ele é tímido, Veronica! Me admiro muito de você dizer essas coisas.
- Eu sei que ele é, meu pai quase surta quando o viu.
- Veronica, o John tem um coração de ouro e eu o conheço muito, diga a seus pais que ele é um bom rapaz, estudioso pra caramba e ainda faz um curso fodastico.
- Eu vou dizer, eu vou e ah propósito, ele mandou um beijo.
- Eu mando outro, saudade de vocês.
- Também estamos de você e Freddie ?
- Ele ainda não ligou, deve ser o fuso horário que deve estar confundindo um pouco ele.
- Eu espero, amiga.
- Vocês querem por que querem que eu me junte com ele, ne?
- U é, vocês ficam com essa beijação que ninguem entende.
- O importante que nós entendemos e outra ele não é para mim, Veronica. Freddie é popular pelo campus, da turma dele ele é o melhor, fora que praticamente ele conhece quase todo mundo.
- É daí? Não quer se popularizar?
- Eu não sou interesseira, eu gosto de ser invisível e outra as vezes eu tenho a sensação que ele quer transar comigo. Ele teve uma atitude muito escrota.
- Amiga, ei ele é homem, ele sempre vai querer um pouco a mais.
- Mas por fim, um dia torço para ele encontrar uma pessoa que vai fazer ele muito feliz.
Lembrei no dia que Freddie me contou sobre também ser atraído por homens, sinceramente? Eu não ligava, eu só queria que ele fosse feliz.
- Amiga vou ter que desligar, se cuida e qualquer coisa liga para mim.
- Ok! Talvez eu amanhã passe o dia fora é sábado e eu preciso distrair-me.
- É verdade, tchau.
- Tchau.
Desliguei o telefone e fui direto tomar uma bela ducha de agua fria para tentar começar o dia bem.
...
Eu costumava almoçar num restaurante próximo do Campus, só que como eu já estava praticamente atrasada em tudo resolvi comer na própria unidade. O restaurante universitário era uma alternativa boa para quem tem poucos recursos e que era meu caso. O cardápio sempre variado, mas hoje era uma sopa de ervilhas com salada de alface.
Tinha alguns gatos pingados no refeitório e infelizmente não conhecia ninguém, uma verdadeira droga.
- Posso?
Olhei para o lado e era com aquele maldito sorriso que me deixava arrepiada dos pés a cabeça.
- Pode, Brian!
- Obrigada. - ele sentou -se de frente para mim.
- Não sabia que os professores poderiam comer aqui!
- Na verdade o restaurante universitário é para todos e hoje para a minha sorte é sopa de ervilhas. - Ele colocou uma colherada na boca e sorriu.
- Bom, tanto faz! Eu tô sentindo falta dos meus amigos, Brian e eu sei que se o Freddie ou o Roger tivesse aqui iríamos estar rindo que nem loucos.
- Posso ser seu amigo se você quiser, além do mais iremos conviver todos os dias até suas notas melhorarem.
- Amigos?
Ele engolia um pouco mais da sopa e depois mordeu um pedaço de torrada em seguida e depois acenou com a cabeça.
- Até que não é má idéia, mas não é estranho? Ou você sempre está habituado a fazer amizades com suas alunas?
- Bom, a resposta da primeira pergunta é não, ate por que somos dois adultos bem resolvidos com a vida. E respondendo a segunda eu acho de uma importancia muito boa ter amizades com os alunos, cria-se um vínculo. E eu te vi sozinha aqui e me deu vontade de me aproximar.
- Ah tá, valeu!
- Pois bem, você disse que gosta de música, certo ?
- Sim, mas nunca tive apoio de minha família. - disse colocando uma colherada de sopa na boca e ele tomava uma água.
- Poxa, uma pena. - ele com uma cara bem meiga e eu lembrei do sonho.
- Sabe é muito ruim esse assunto, podemos mudar?
- Claro, do que você gostaria de falar?
- Por que você adiantou as aulas ?
- Achei que seria melhor e outra, quase não tem ninguém para eu dar aulas. Foi o jeito pratico de adiantar e te por na agenda.
- Ah sim, sim. Eu gostava do outro horário.
- Agora já está fixo e assim eu não me atraso.
- Claro, claro.
Ficamos naquele silêncio constrangedor e eu fiquei olhando a suas mãos. Elas eram muito bem cuidadas por sinal como já havia notado, no seu dedo indicador tinha um anel dourado com uma joia azul, talvez possa ser o de formatura.
- Então, você gosta mesmo dos Beatles? - Perguntei logo e ele deu um sorriso.
- Gosto sim, sou apaixonado naqueles caras.
- Qual seu preferido?
- John e o seu? - Ele era muito fofo mesmo, pois até suas pupilas dilataram ao falar da banda.
- Eu gosto do Paul, ele é incrivel.
- Concordo, acontece que o Lennon é muito melhor.
- Ok, ok! Não vou discutir com você sobre isso.
- Hahahahaha, você tem de perder a discussão. - Ele estufava o peito como se tivesse ganhado o prêmio Nobel da paz. —Let it be, let it be. - ele cantarolou um pedacinho da música e eu senti meu coração e alma aquecido. Ele me deixava arrepiada e com o coração palpitando bem forte e foi que caiu a minha ficha: Estava apaixonando por aquele homem.Notas da autora: Caso queiram ouvir a música eis que ela está aqui. Essa música transmite tanta calma e sossego que eu resolvi por ela na fic. Obrigada a tds que estão acompanhando ❤ estou no Twitter para qualquer dúvida: @Oopselarry
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O professor
RandomMelina Stewart uma estudante de ciências contábeis que se vê numa enrrascada: estuda o suficiente para passar de ano ou perde sua vaga na universidade, para sua sorte um certo professor foi indicado para lhe ajudar a reverter sua situação. Um profes...