Subiu para o quarto e trocou a camisa, riu consigo mesmo de ser tão descuidado de deixar um bebê de dez meses sujar outra camisa sua. Já era para ter se acostumado.
O celular tocou e uma mensagem apareceu na tela, era de Lizzye, uma garota com quem Thomas andava se divertindo, ela era linda. Os cabelos castanhos desciam até a cintura e aquela curva era extremamente provocadora, os pelos eram macios.... Pelos?
Ficou tão distraído pensando na moça, que não viu que Husky acabara de entrar e agora se esfregava na perna dele, e de vez em quando até mesmo cutucava com a pata.
— Ei, garoto! Onde você estava?
Ele abaixou e acariciou o pelo do cachorro que latiu em resposta e Thomas soube o que o animal queria.... Comida. Ele ficou o dia todo vagando pela propriedade e só tinha voltado agora. Aquela casa fazia bem para Husky, tinha muito espaço para ele correr e um lago para se refrescar quando quisesse, nunca vira o cachorro tão contente. Em sua casa, no interior, o espaço não era tão grande e na maior parte do tempo seu amigo ficava dentro da sala, e para um cachorro daquele porte não era nada bom.
Assim que Thomas colocou a ração no chão, Husky atacou e começou a comer rapidamente, provavelmente iria se deitar depois, um dono conhece o quão preguiçoso é seu animal.
Desceu novamente a fim de sair para reservar um restaurante para mais tarde, viu que Nicolas já tinha terminado de dar banho em Benjamin e agora estava de volta na sala de estar tentando ensinar o menino a dizer "papai" novamente.
— Vamos lá, filho. Não é tão difícil. Fala, pa- pai.
O pequeno mirava os pequeninos olhos azuis no pai, mas não parecia entender muita coisa, mesmo assim arriscava imitá-lo, dizendo apenas uma sílaba.
— Pa....
— Isso! Pa- pai.
— Pa.... pa...
— Isso, você está quase lá.... Pa- pai.
Benjamin se cansou de tentar e virou o rosto para o outro lado se distraindo com uma borboleta que havia entrado.
— Vamos, filho, não desiste agora. Fala.... Papai.
— Ainda está insistindo nisso, Nicolas? – Perguntou Thomas entrando – O garoto não vai falar.
— Não vai falar se eu não o ensinar. Garanto que com o tempo ele aprende.
— Não adianta, é tudo no tempo dele. Quando você se der conta ele vai estar te chamando, assim como me chamou essa semana.
Nicolas se virou para Thomas com uma sobrancelha arqueada e um olhar de deboche no rosto.
— Ele? Te chamou?
— Claro. Me chamou primeiro que você.
— E como ele te chamou? Tio Thomas?
— Não. Ele me olhou e disse: Padi.
— Isso não é uma palavra.
— Claro que é! É uma abreviação de padrinho.
— Só na sua cabecinha doente.
— Deixa de ser descrente, Nicolas, é o jeito dele de me chamar. – Debochou Thomas.
Nicolas se virou para o filho que continuava distraído, ora com a borboleta, ora com o ursinho em suas mãos.
— Olha só, filho, você é um prodígio. Já está até inventando palavras! Quando crescer garanto que criará seu próprio idioma!
— Seu deboche é um mecanismo de defesa por que não aceita perder?
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Descoberto - A vida secreta de Thomas Belmok - Escândalos Na Coroa 3
Romance"Eu não sou um herói, e você tem que parar de tentar enxergar isso em mim." Thomas Belmok é um homem que não teme a morte. Já a encarara de frente e agora leva a vida de modo leve, aproveitando cada segundo. Sua fama de canalha faz com que as pessoa...