Capítulo 2

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Subiu para o quarto e trocou a camisa, riu consigo mesmo de ser tão descuidado de deixar um bebê de dez meses sujar outra camisa sua. Já era para ter se acostumado.

O celular tocou e uma mensagem apareceu na tela, era de Lizzye, uma garota com quem Thomas andava se divertindo, ela era linda. Os cabelos castanhos desciam até a cintura e aquela curva era extremamente provocadora, os pelos eram macios.... Pelos?

Ficou tão distraído pensando na moça, que não viu que Husky acabara de entrar e agora se esfregava na perna dele, e de vez em quando até mesmo cutucava com a pata.

— Ei, garoto! Onde você estava?

Ele abaixou e acariciou o pelo do cachorro que latiu em resposta e Thomas soube o que o animal queria.... Comida. Ele ficou o dia todo vagando pela propriedade e só tinha voltado agora. Aquela casa fazia bem para Husky, tinha muito espaço para ele correr e um lago para se refrescar quando quisesse, nunca vira o cachorro tão contente. Em sua casa, no interior, o espaço não era tão grande e na maior parte do tempo seu amigo ficava dentro da sala, e para um cachorro daquele porte não era nada bom.

Assim que Thomas colocou a ração no chão, Husky atacou e começou a comer rapidamente, provavelmente iria se deitar depois, um dono conhece o quão preguiçoso é seu animal.

Desceu novamente a fim de sair para reservar um restaurante para mais tarde, viu que Nicolas já tinha terminado de dar banho em Benjamin e agora estava de volta na sala de estar tentando ensinar o menino a dizer "papai" novamente.

— Vamos lá, filho. Não é tão difícil. Fala, pa- pai.

O pequeno mirava os pequeninos olhos azuis no pai, mas não parecia entender muita coisa, mesmo assim arriscava imitá-lo, dizendo apenas uma sílaba.

Pa....

— Isso! Pa- pai.

Pa.... pa...

— Isso, você está quase lá.... Pa- pai.

Benjamin se cansou de tentar e virou o rosto para o outro lado se distraindo com uma borboleta que havia entrado.

— Vamos, filho, não desiste agora. Fala.... Papai.

— Ainda está insistindo nisso, Nicolas? – Perguntou Thomas entrando – O garoto não vai falar.

— Não vai falar se eu não o ensinar. Garanto que com o tempo ele aprende.

— Não adianta, é tudo no tempo dele. Quando você se der conta ele vai estar te chamando, assim como me chamou essa semana.

Nicolas se virou para Thomas com uma sobrancelha arqueada e um olhar de deboche no rosto.

— Ele? Te chamou?

— Claro. Me chamou primeiro que você.

— E como ele te chamou? Tio Thomas?

— Não. Ele me olhou e disse: Padi.

— Isso não é uma palavra.

— Claro que é! É uma abreviação de padrinho.

— Só na sua cabecinha doente.

— Deixa de ser descrente, Nicolas, é o jeito dele de me chamar. – Debochou Thomas.

Nicolas se virou para o filho que continuava distraído, ora com a borboleta, ora com o ursinho em suas mãos.

— Olha só, filho, você é um prodígio. Já está até inventando palavras! Quando crescer garanto que criará seu próprio idioma!

— Seu deboche é um mecanismo de defesa por que não aceita perder?

Descoberto - A vida secreta de Thomas Belmok - Escândalos Na Coroa 3Onde histórias criam vida. Descubra agora