Capítulo 42

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"Olá, meu amores! Me desculpem o atraso, tive alguns imprevistos ontem, mas aqui estou para mais um capítulo. O capítulo está mais curto hoje porque irei postar dois, para compensá-los. Boa leitura!"

No dia seguinte Thomas se levantou e desceu as escadas, se rastejando até a cozinha, a cabeça doía imensamente e ele sequer aguentava abrir os olhos. Adentrou o local e logo a voz de Amália invadiu seus ouvidos.

— Olha só quem acordou! Seu pai, Colin.

Ele abriu os olhos um pouco mais e se forçou a encarar as pessoas ali. Amália segurava Colin, enquanto tomava café e ele segurava a mamadeira na boca. Marina estava em pé fazendo algum tipo de massa e Pietro já se adiantava para fora da casa.

— Está tudo bem, querido? – Perguntou Marina, se aproximando com uma caneca de café.

— Uhum. – Ele resmungou, se sentando para comer.

— Com dor de cabeça?

— Uhum.

— Quer uma aspirina antes do café?

— Uhum.

— Thomas, por que não abre a boca para falar? – Se intrometeu Amália.

— Uh, Uh.

Marina entregou uma aspirina e um copo de água, que Thomas virou de uma vez na boca, para depois começar a tomar seu café e comer o bolo. Ele cortou uma fatia enorme e deu uma grande mordida para depois fechar os olhos e mastigar, se deliciando com a comida.

— Depois que comer trate de se arrumar logo. Você deixou uma consulta agendada para o Colin hoje. – Disse Marina.

Thomas abriu os olhos rapidamente e franziu o cenho, perguntando:

— Eu marquei?

— Sim, disse que ia levá-lo para ver se estava tudo certo com ele. Não se atrasem... E trate de dar um jeito nesse cabelo, está horrível!

Amália observou bem Thomas, ela nunca tinha visto um pai se parecer tanto com o filho, era ao contrário mesmo, porque naquela hora era isso o que ela via. Os cabelos dos dois estavam tão bagunçados que não se podia dizer que direção apontavam, os fios estavam rebeldes aquela manhã e ficavam espetados, ela até tentou arrumar um pouco o cabelo de Colin, mas não ficava no lugar de jeito nenhum. Os olhos cinzas de ambos, pareciam menores por causa do sono, a única diferença era que Thomas tinha uma carranca pela manhã que só melhorava depois do café.

Depois de tudo terminado, Thomas subiu com Colin para tomar banho, e apesar dos protestos dele, Marina se recusou a ajudar, ele tinha que aprender a se virar com o garoto. E pelo visto não pareceu nada fácil para ele, só desceram uma hora depois e Colin ainda estava com o cabelo espetado, ainda que estivesse molhado.

— Ele não me deixa terminar de arrumar ele! – Bradou Thomas – Essa criança não para!

— É claro que não para, é uma criança! – Disse Amália – Vamos ver se posso ajudar.

Ela pegou Colin e colocou em cima da mesa, pegou um dos brinquedos que havia na cozinha e deu para o menino, enquanto ele brincava distraído, ela conseguiu ajeitar ao menos um pouco o cabelo dele.

— Como conseguiu isso?

— Vi a Micaela fazer isso com o Ben um dia.

— Esperta.

— Agora, toma que o filho é seu e vocês já estão atrasados.

Thomas pegou o filho no colo e suplicou para Amália:

— Por favor, venha comigo!

— Nem pensar! Tenho que ajudar a Marina aqui na casa, passei a semana toda fora, e vou aproveitar o sábado para fazer algo. É só uma consulta, Thomas.

— E o que eu faço se ele chorar?

— Tente agradá-lo.

— Está bem. – Respondeu derrotado.

Logo que ele saiu de casa, Amália se apressou em pegar alguns produtos de limpeza e começar a limpar e organizar. Apesar dos protestos de Marina, ela insistiu em ajudar a deixar tudo praticamente brilhando e no seu devido lugar.

Deu graças a Deus por estar só ela e Marina na casa, o serviço fluía bem melhor sem Thomas ou Pietro transitando pela casa.

Perto da hora do almoço, Amália dava os arranjos finais colocando tudo no lugar, enquanto Marina se dedicava a preparar o almoço. A campainha tocou e Amália até estranhou aquilo, não esperavam nenhuma visita e Thomas com certeza não ia tocar a campainha.

A pessoa continuava tocando incessantemente e ela teve que correr para atender. Quando abriu a porta avistou uma senhora muito bonita, aparentava ter setenta anos, ela olhava ao redor e quando se voltou para Amália, a estudando com os olhos cinzas, disse:

— Para isso ele tem tempo, não é? – Ela logo adentrou, sem ao menos pedir permissão, e gritou – Thomas, venha já aqui, garoto insolente!

— Desculpa, a senhora é quem mesmo? – Perguntou Amália.

A mulher se virou para ela e disse com certo tom de altivez:

— Meu nome é Aurora Lancaster. Onde está meu neto?

— Neto?

Amália não podia crer no que via, embora aquela senhora aparentasse idade, ela não tinha "cara de avó".

Era uma mulher muito elegante, com os cabelos brancos muito bem cuidados e que lhe davam um ar moderno e estiloso. E as joias que usava, apesar de muito pequenas, aparentavam ser muito valiosas.

Amália só percebeu que estava boquiaberta quando a senhora perguntou novamente:

— Diga de uma vez onde está meu neto, menina! Ele se escondeu de novo?

— Ah... Não. Na verdade, ele saiu cedo para ir à empresa.

Só depois de se pronunciar que Amália percebeu o tamanho da besteira que havia feito. Estava tão nervosa com a presença da mulher, que não pôde formular uma desculpa melhor. O que ela poderia dizer? Que Thomas foi ao médico levar o filho? Se nem ele sabia da existência do garoto, que dirá sua avó! Como ela poderia simplesmente jogar essa bomba na mulher? Isso era assunto de família, ora!

— À empresa? Então ele resolveu se mexer afinal... E você deve ser a moça de quem ele me falou. Amália.

— Thomas falou de mim?

— Falou demais até! Me disse o que ele fez com a sua reserva do hotel. Aquele rapaz não tem modos. Eu vou ter uma boa conversa com ele.

Se ela soubesse que conversa eles teriam...

Se recompondo do devaneio, Amália se prontificou:

— A senhora quer que eu ligue para ele e avise que está aqui?

— Não é preciso. – Respondeu Aurora, entrando na sala de estar e se sentando em um sofá – Eu irei esperar por ele bem aqui. Quero fazer uma surpresa para meu neto.

"Quem vai ter a surpresa é a senhora. " Pensou Amália.

— Está bem... E aceita um café? Algo para comer?

— Apenas um copo de água, por favor. Aquela companhia aérea oferece tudo, menos água. Onde já se viu isso?

— Realmente um absurdo... Se me dá licença... E-eu já volto.

Amália saiu correndo da sala e foi para a cozinha pegar água. Aquela senhora parecia bem zangada, e apesar da baixa estatura, sua feição causava arrepios. Ela não sabia onde Thomas tinha se metido ou o que tinha feito, só sabia que não ficaria por perto para testemunhar o encontro de avó e neto.

"Por favor, não se deixem levar pelas primeiras impressões da Aurora!"

Descoberto - A vida secreta de Thomas Belmok - Escândalos Na Coroa 3Onde histórias criam vida. Descubra agora