Amália ficou alguns dias ressentida com Thomas, mas sabia que não adiantaria tentar força-lo a dizer o que acontecia, ele nunca diria se não quisesse. Mais uma vez engoliu aquilo e esqueceu o assunto, nem falou mais nele para o bem de todos. No fim de semana seguinte o programa de todos foi ir a um outro coquetel que um conhecido de Thomas estava oferecendo, na verdade, dessa vez ele nem sabia o nome do homem, mas não ia perder a oportunidade de tomar alguns drinks. Antes de saírem Thomas se dedicou a brincar com Colin, no meio da biblioteca, enquanto esperava Amália terminar de se arrumar.
Ao descer as escadas ela escutou um som vindo do local e ficou curiosa em saber o que estava acontecendo, era no mínimo inusitado ouvir o pato Donald cantar uma música de Elvis Presley. Se aproximando devagar, ela espiou através do vão da porta e se deparou com Thomas dançando com o filho, enquanto cantava. Colin parecia estar se divertindo ao ouvir o pai fazer aquela voz engraçada, enquanto segurava suas mãozinhas e balançava de um lado para o outro.
Thomas parecia um bobão encantado com a gargalhada que o menino dava.
— Meu Deus, eu nunca imaginei que veria uma cena dessas. – Disse ela, adentrando a sala.
Ele parou de dançar e a encarou um pouco envergonhado, com as bochechas corando. Depois abriu um sorriso travesso e ainda imitando Donald, disse:
— Mas que patinha!
Colin levantou a cabeça, olhando para o pai e gargalhou novamente, arrancando uma risada dos adultos também.
Não demoraram muito para entrarem no carro e irem para o evento. No entanto, o pequeno pareceu não gostar muito de ter ido, no começo até correu pelo lugar, mas como era a única criança ali ficou entediado rapidamente e correu para o colo de Thomas, que usou a desculpa de segurar o filho para se sentar. Agora o bebê havia caído no sono e estava babando no smoking de Thomas, porém ele não conseguia se importar com aquilo, só conseguia pensar em como era bom segurar aquele pequeno em seus braços, e como faria de tudo para protegê-lo.
Aurora também aproveitou a situação para se sentar ao lado dos dois, enquanto Amália se divertia pelo local junto com Matteo, que para a infelicidade de Thomas, também fora convidado.
Logo o "casal" se aproximou dos três e Amália foi logo se abaixando perto de Thomas para acariciar Colin.
— Tadinho! Deveria estar cansado. – Disse ela.
— Talvez seja porque isso está um porre mesmo. – Retrucou Thomas.
— E com companhias piores ainda. – Completou Matteo.
Thomas encarou o loiro com um olhar fulminante, mas não respondeu, os dois apenas ficaram se encarando, deixando um clima tenso ali. Pareciam estar em uma competição para ver quem conseguia encarar por mais tempo, até Thomas falou:
— O que você está fazendo aqui? Ninguém te chamou.
— Thomas! – Repreendeu Aurora.
— Está me xingando por quê? Ele que veio aqui incomodar.
— Se é assim, podemos resolver o problema. Nos vemos depois, Lia. – Respondeu Matteo, lhe dando um selinho e saindo.
— Lia? – Questionou Thomas, desdenhoso – Que apelidinho ridículo!
— E os que você me coloca não são? Heulwen, por exemplo.
— Você nem sabe o que significa.
— Por isso é ridículo.
— Heulwen é exatamente o que você é!
— Sabia que era um xingamento.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Descoberto - A vida secreta de Thomas Belmok - Escândalos Na Coroa 3
Romance"Eu não sou um herói, e você tem que parar de tentar enxergar isso em mim." Thomas Belmok é um homem que não teme a morte. Já a encarara de frente e agora leva a vida de modo leve, aproveitando cada segundo. Sua fama de canalha faz com que as pessoa...