Capítulo 55

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Uma hora depois estavam sentados do lado de fora de um barzinho.

O local era de aspecto rústico, porém aconchegante. Nos fundos do local, ficava uma espécie de píer que dava de frente para o enorme lago, pequenas luzes ficavam penduradas como se fossem varais e iluminavam o local, a brisa era um pouco gelada e por sorte Amália tinha posto um cardigã por cima da camiseta.

Se sentaram em uma mesinha e logo um garçom veio servi-los, não havia muitas pessoas no local, era domingo de noite, então provavelmente as pessoas estariam em suas casas arrumando tudo para irem trabalharem na manhã seguinte. Mas os dois não.

Amália mandara uma mensagem para Martin, dizendo que não iria no dia seguinte e Thomas... Bom, ele não precisava dar explicações a ninguém, portanto, tinham a noite toda.

— Você tinha razão. – Disse Thomas, em determinado momento da noite.

— No quê?

— É burrice minha querer me vingar, não vai trazê-los de volta e... Não posso deixar Colin sozinho... De certa forma esse garoto me salvou.

— E pensar que você não queria ser pai...

— A vida adora me contrariar.

Os dois gargalharam e Thomas reparou que Amália já começava a ficar um pouco vermelha, sentiu uma vontade enorme de acompanhá-la e tentava se conter, mas no fim acabou se rendendo e fazendo exatamente aquilo que não deveria fazer... se embriagando.

Depois de saírem do barzinho, foram para um cais dar uma volta. Estavam bem mais alterados do que o normal, mas ainda conseguiam andar com certo equilíbrio.

Amália corria na frente, como uma criança animada e saltitante, Thomas ia logo atrás, em um ritmo lento e calmo. No final do cais havia uma grade, onde Amália encostou as costas e se voltou para Thomas que já a alcançava. Ele fazia sua melhor expressão de canalha, mostrando um sorriso torto e um olhar que poderia queimar a pele de Amália.

— Você está vermelho, não devia ter feito isso. – Falou ela.

— Uma vez só não me matará.

— Você é um abusado mesmo.

— Eu não fui feito para seguir regras.

Amália se aproximou dele e o puxou pela camisa, colando o corpo ao de Thomas e dizendo:

— Então você virou um rebelde.

— Eu sempre fui. – Respondeu ele, ainda com aquele olhar.

Thomas puxou a garota mais para perto, enlaçando a sua cintura e a colando a si. Amália não parecia querer rejeitar Thomas, na verdade, também o puxava mais para perto e até ficou na ponta dos pés para se aproximar mais do rosto dele.

— Eu não quero abusar de você. Não quero me aproveitar de um momento frágil seu. – Sussurrou ele.

— Thomas, apenas cala a boca e faz logo o que tem de fazer. Eu não sou a garota frágil que pensa, não tinha nada com o Matteo, ele perdeu a chance dele e você está perdendo a sua.

Ele abriu mais ainda um sorriso e disse:

— Então vem aqui.

Apertando mais a sua cintura, Thomas abaixou a cabeça e encostou os lábios nos de Amália e apesar de querer ir com calma, ela não parecia querer a mesma coisa. Passou o braço ao redor do pescoço dele e aumentou a intensidade do beijo, fazendo um arrepio percorrer todo o corpo de Thomas e algo se acender dentro dele.

Ele libertou a boca de Amália e desceu para o pescoço dela, o que fez seu fogo aumentar mais ainda e um calor repentino subir pelas pernas.

— Eu amo você, sabia? – Murmurou Thomas, com a voz abafada pela pele dela.

Descoberto - A vida secreta de Thomas Belmok - Escândalos Na Coroa 3Onde histórias criam vida. Descubra agora