Capítulo 27

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"Peoples, esse capítulo vai ter muita música (muito boas, por sinal), por isso deixarei todas as citadas no fim do capítulo, caso alguém tenha curiosidade. E a última música que aparecer vou deixar bem aqui em cima e a tradução dela aqui embaixo. Espero que gostem e se divirtam!"

"Me beije intensamente antes de ir
Tristeza de verão
Eu só queria que você soubesse
Que, amor, você é o melhor

Estou me sentindo elétrica esta noite
Dirigindo pela costa, indo a uns 99 por hora
Tenho meu amor ruim ao meu lado divino
Eu sei que se eu morrer, vou morrer feliz esta noite"

Summertime Sadness - Lana Del Rey.

Para quebrar o clima tenso que se instalara ali, Amália se levantou e foi para perto da estante dizendo:

— Mas não vamos falar dos momentos tristes, vamos falar somente das lembranças boas. Essa foto, por exemplo, quero saber a história por trás dela.

Thomas também se levantou e foi em direção ao porta-retratos que ela apontava, ali estava uma foto de uma loira muito bonita, seus olhos cinzas demonstravam uma imensa alegria, ela estava vestida com um vestido branco de bolinhas vermelhas, daqueles de estilo anos 60. Ao seu lado um menino estava com uma jaqueta de couro e o cabelo tinha um topete que o deixava com uma aparência mais velha. Ele abraçava a cintura da mulher, enquanto ela colocava uma mão em suas costas e com a outra apertava sua bochecha.

— Ah, não! – Bradou Thomas – Eu me recuso a falar desse dia.

— Ah, qual é? Me fala!

— Foi humilhante.

— Esse garoto é você?

— Você sabe que sou eu.

— Conta de uma vez!

Ele suspirou derrotado e disse:

— Foi em uma competição de dança que teve. Essa é minha mãe, Henley. Ela era dançarina, fazia balé, dança de salão, mas adorava mesmo eram os ritmos dos anos 60. Dá para ver só pelas roupas dela. Ela tinha uma escola de dança que ela gerenciava com sua melhor amiga, Bárbara. De vez em quando ela e os alunos participavam de competições... Essa foi no México e eu acabei indo junto, tinha dez anos nessa época. Mas o aluno que dançaria com ela torceu o tornozelo, ninguém mais sabia a coreografia... Exceto eu.

Amália deu uma gargalhada que preencheu todo o cômodo e fez o próprio Thomas rir também.

— Eu não acredito nisso! – Disse ela – Você dançava?

— Cresça com uma mãe dançarina e se torne um dançarino mirim. Eu não sou muito bom, mas aprendi algumas coisas com ela. E olha que essas coisas me ajudam bastante.

— Em que sentido?

— Ora, existem mulheres que adoram um homem que sabe conduzi-las na dança.

— É mesmo, pé de valsa?

— É mesmo!

— Mas e seu pai? O que ele achava de tudo isso?

— Achava graça, às vezes quando minha mãe queria dançar e ele não estava a fim, ele simplesmente me colocava no lugar dele... Trapaceiro.

— Ele parecia ser divertido.

— E era! Era ótimo em xadrez também, me ensinou todas as jogadas..., mas adorava trapacear no pôquer. Eu sempre perdia para ele. Uma vez caí na besteira de apostar minha mesada com ele.

Descoberto - A vida secreta de Thomas Belmok - Escândalos Na Coroa 3Onde histórias criam vida. Descubra agora