Capítulo 45

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O dia se passou rapidamente e quando deram conta, já era hora de ir para casa. Marina e Pietro foram na frente de táxi, já que não cabiam todos no carro, Amália e Aurora tiveram que esperar até Thomas entregar o iate de volta para o dono.

Depois disso, resolveram estender a programação e ir para o parque, onde Matteo havia levado Amália, dias antes. O local continuava lindo, as flores pareciam mais coloridas e as luzes já começavam a se acender e iluminar o local. Um cheiro de comida pairava no ar, fazendo o estômago de Thomas dar sinal de vida e alertar que queria mais uma rodada. Passearam pelo meio das barracas, escolhendo o que iriam comer primeiro.

Aurora e Amália se contentaram com uma maçã do amor, já Colin queria tudo o que via, parecia que o menino não tinha fundo, e Amália se questionava se aquilo era hereditário.

Se descuidaram apenas um minuto e Colin sumiu de perto deles, o que gerou certo desespero nos adultos, o lugar estava repleto de pessoas, principalmente por ser fim de tarde, em um domingo, quando as famílias saíam para dar uma volta. O fato de ainda estar ocorrendo os festivais não colaborava em nada, só aumentavam o número de pessoas ali e consequentemente o desespero de Thomas.

Procuraram por todos os lugares, e nada de acharem o garoto.

- Meu Deus! Eu sou um péssimo pai! - Disse Thomas, colocando as mãos na cabeça.

- Calma, querido, vamos achá-lo. - Respondeu Aurora.

Uma moça viu o desespero deles e se aproximando devagar, perguntou:

- Com licença, o senhor está procurando um bebê de olhos cinzas e uma marquinha na bochecha?

- Estou! Você o viu?

A moça abriu um largo sorriso, como se estivesse se divertindo com a situação e respondeu:

- Ele apareceu na barraca da minha mãe. Está sentado lá, e ela pediu para eu ver se os pais dele apareciam.

- Deus do céu, como esse garoto foi parar lá?

Eles acompanharam a moça e em poucos minutos chegaram na barraquinha, onde Colin estava sentado no chão, com a boca e as mãozinhas lambuzadas de chocolate.

- Colin! - Chamou Thomas, indo em sua direção.

O menino exibiu um sorriso e estendeu a mão para o pai, respondendo:

- Cocolate.

- Pelo amor de Deus, não faça mais isso comigo.

Thomas abraçou o filho e o apertou com força, nunca pensou que fosse se sentir tão desesperado como naquele momento, nunca imaginou que seu peito fosse doer tanto, como doeu.

Se alguns meses atrás alguém falasse que ele iria se sentir daquele jeito, com toda certeza Thomas riria na cara da pessoa e talvez dissesse que estava louca, mas agora ele entendia bem o sentimento, ou pelo menos começava a entender.

- Ele é um bom menino, o senhor educou bem ele. - Disse a senhora, dona da barraca.

- Me desculpe ele ir entrando assim, me descuidei um minuto apenas e ele saiu de perto de nós.

- Crianças são assim mesmo, você tem que ficar de olho neles o tempo todo, mas ele não deu trabalho nenhum.

- Quanto eu devo a senhora?

- Ah, deixe disso. Foi um prazer tê-lo aqui, ele trouxe mais alegria para nós.

- Mas... - Tentou argumentar, Thomas.

- Mas nada, eu faço questão. Só fique mais esperto com ele.

Thomas abriu um sorriso terno e respondeu:

Descoberto - A vida secreta de Thomas Belmok - Escândalos Na Coroa 3Onde histórias criam vida. Descubra agora