Vengeance, Renascimento (NE)

Irredutível

Todo cenário ao qual se encontrava o fazia lembrar de filmes futuristas, onde alguém chegaria até ele e diria: "Park Jimin. Você tem uma grande missão que salvará toda a humanidade. Abandone tudo em sua vida e confie em nós". Soltou um suspiro pesado. O espécie que o acompanhava o olhou.

- Homeland não é do seu agrado humano? - Jimin não respondeu a provocação - É superior demais para responder a animais?

A hostilidade não incomodava. Seus receios eram maiores do que qualquer sentimento de antipatia. Torcia para Jungkook não ir em sua busca, ao mesmo tempo que queria muito ver o espécie novamente. As perguntas gritavam em sua cabeça, precisava saber por Jungkook.
Precisava de sua explicação sobre tudo. Conscientemente, sabia que estava com medo. Medo de que tudo que foi dito fosse verdade, medo de que seus pensamentos fossem fato e não fruto de um coração partido.

- É aqui - apontou para casa igual a todas as outras - Essas possuem duas senhas - apontou para o local - Uma que apenas você terá, e uma de emergência que todos que trabalham de guarda possuem.

Jimin olhou para o espécie. A ansiedade crescia, inexplicável, dentro de si.

 - Onde está meu telefone? - perguntou frio, com a voz sussurrada.

- Alguém irá trazer mais tarde. -Assentiu. Pegou o cartão estendido para sua mão.

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- É perigoso mantermos ele aqui Namjoon - Tae disse exausto - Ele tem razão em ser um nome grande. Não vai demorar até virem em seu encalço.

- Quem queremos virá antes. - Tae levantou as sobrancelhas.

Estranhou a frase dita pelo líder. Sempre respeitou e confiou em seu poder de liderar. Ninguém em Homeland faria um trabalho tão complexo e exaustivo com tanta perfeição quanto Namjoon. Mas não estava gostando do rumo da história de Ven. Não gostou da decisão de levar o cirurgião para Homeland, e o manter ali muito menos.

- Por que viria atrás dele se o abandonou antes de irmos busca-lo?

- Esse homem é mais importante para ele do que parece. Meus instintos dizem que ele virá. Vamos monitorar todos os passos desse Doutor.

- Colocamos escutas na casa. Além de câmeras, em lugares neutros. Qualquer coisa, saberemos.

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Jimin segurou o telefone, a pouco tempo entregue, com força. Olhou para todos os cômodos da casa, não encontrou nada duvidoso. Mas não era tonto. Se queriam encontrar Jungkook através dele, não seria improvável terem colocado grampos e câmeras até na privada.  Tomaria cuidado com tudo.

Jungkook não ligou nenhuma vez depois de sua partida, não acreditava na possibilidade de ligar agora. Estava enganado. Seu telefone tocou, a música que escolheu como tema de Jungkook ressoou o deixando desesperado. Correu para o banheiro espaçoso. Colocou o telefone na pia enquanto secava as mãos suadas, pensando no que dizer antes de atender, não poderia dizer qualquer coisa se o telefone tivesse grampeado.

- Alô! - fingiu descontração na voz - Sei porque está me ligando. Mas, agora não é hora para isso. Ligue para o meu consultório. Estou surpreso de ter ligado. Não trocou de número? - Não deixava Jungkook responder - Estou bem, mas... realmente, não é a hora.

- Cale-se Jimin - Jungkook o interrompeu - Por que está aí?

- Um homem na minha idade tem direito a adrenalina de vez em quando.

-  Não precisa disso! Se acredita que estão escutando apenas deixe. Fizeram algo com você? - parecia extremamente preocupado.

- Fizeram - Jungkook rosnou - me contaram o porquê da sua fuga. -  conseguiu ouvir o gemido de lamento vindo de Jungkook.