Vengeance, Renascimento (NE)

Eu sou Vengeance

 
- O que está acontecendo aqui? - olhou para os dois lados, parando no macho espécie - Slade, você deveria estar na reserva! - Namjoon estava possesso de raiva - Por que está aqui? Tenho uma comitiva de repórteres para responder, todos loucos para desmoralizar cada um de nós. O suposto sumiço do Dr Park está em todos os jornais, seu rosto estampado em toda porra de veículo midiático - suspirou, afrouxando a gravata - Então espero que ambos tenham uma explicação digna para toda essa cena. Slade - encarou o espécie com a postura recuperada - Você não atacou está fêmea, não é?!

   Samy rosnou, ofendida. Ser uma fêmea não a tornava fraca ao ponto de tratá-la como uma mulher humana. Sofreria ferimentos em uma briga com os machos do porte de Slade, sabia bem disso, mas também faria estragos. Se orgulhava de ser boa em combate físico. Protegeria o doutor Park, mesmo sofrendo conseguencias físicas. Ela o queria, e o queria bem. Percebeu a reação dos machos presentes a sua afronta, os músculos tencionando diante de seu rosnado. Um lampejo de medo passou por seu corpo. Ignorou, se colocando ereta. Jimin tocou o o colete de seu uniforme de leve.

- Abaixa a cabeça e fique quieta - ele sussurrou - se eles ficarem furiosos, podem perder o controle.

- Jamais machucaríamos uma fêmea - Torrent interrompeu.
 
  O espécie aproximou-se, sendo parado pela fêmea furiosa. Farejou Jimin com uma careta. As roupas encardidas cheiravam mal, os cabelos cacheados e oleosos não combinava nada com arrogância presente em seu olhar.
  Samy teve sua mão segurada, enquanto era puxada levemente para trás. O coração acelerou, a deixando envergonhada. Não podia acreditar que o doutor estava preocupado com ela. Ser escalada para ficar olhando as câmeras que espionava o  humano a ofendeu de início, queria ação, ser tratada como uma guerreira. Tudo mudou quando o viu pelos vídeos, em tempo real. Ele mudava sua postura de um minuto para o outro, caía do nada, lutava com agilidade. O via pentear os cabelos para trás com os dedos, desejava sentir o cheiro dos cabelos loiros. Samy olhou de soslaio, desviando rapidamente para os outros machos.

- Namjoon - chamou doce - por favor, não o machuque mais. Sinto que irei enlouquecer se ele for machucado mais uma vez.

  Namjoon assentiu para Tae que puxava Slade para fora. Ao que parecia, Samy estava reivindicando humano como seu; precisava conversar de verdade com ela, saber se não estava interpretando errado toda aquela situação. Uma fêmea gostava demais de sua liberdade para reivindicar um companheiro como os machos faziam, sua atitude fugia completamente do comum.

- Samy, venha comigo. Não se preocupe, ninguém entrará aqui - disse autoritário. Samy o acompanhou, dando um último olhar acolhedor para Jimin.

  Jimin respirou aliviado. Recostou-se no canto do quarto. Retirou os sapatos com gemido de dor e satisfação. Desejou ter uma super audição, assim conseguiria ouvir o que falavam sobre ele do lado de fora. Seus pensamentos vagaram para a fêmea espécie que o defendeu, ela possui uma beleza exótica, no seu país seria considerada horrenda, diferente dele que possuia olhos afiados para vários tipos de beleza.

   Ela poderia estar apaixonada por ele? Impossível. Ninguém se apaixona de uma hora para outra. Plrovavelmente o via como alguém indefeso o suficiente para precisar ser protegido. Não se importava de ser uma mulher; não gostava de ser a vítima, essa posição causava um grande incômodo para ele. Lembrou da dificuldade que enfrentou tentando convencer Jungkook a superar toda possessão, e entender que não gostava de suas atitudes sufocantes, por mais adoráveis que fossem às vezes. Jungkook entendeu que ele sendo um macho humano também possuia orgulho. Decidiu não mudar essa visão, mesmo que não fosse bem aquilo. Odiava ser a vítima, considerava degradante.

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     Samy abaixou a cabeça diante do olhar preocupado de Namjoon. Não encontrava motivos para como ele a encarava, foi imprudente sim. Agiu de maneira equivocada, admitia, apesar de não passar nenhum tipo de arrependimento por ter feito o que fez. Slade estava sendo covarde com o doutor, maltratando seu corpo enfraquecido pela fome. Não podia ficar parada e deixar que continuasse.