POV Sabina Hidalgo
— Hm, gosto mais do seu quarto do que do meu. — Noah disse se aconchegando na minha cama.
Tínhamos acabado de voltar da nossa "festinha" no mirante, depois da "corrida" dos Urrea. Sina e Heyoon foram pra casa da mais nova, e nós viemos direto pra minha casa.
Em algumas horas iríamos viajar para Las Vegas, onde Noah teria a chance de realizar o sonho dele de correr em uma liga ilegal. Quero dizer, quem diabos sonha em correr em um liga ilegal?
Já estava tudo sobre controle. Noah já tinha recebido as passagens alguns dias atrás do homem que o convidou pra correr. Nossos pais achavam que estávamos indo pra casa do vovô Urrea, e nossas malas estavam quase prontas. Quase.
— E eu gosto mais do seu. — respondi focada em algumas roupas que estava separando pra colocar na mala. Será que Las Vegas está fazendo calor?
— Amor, quero tomar um banho de banheira. — ele disse se levantando e vindo até mim.
Peguei o moletom que eu tinha roubado de Noah e coloquei na mala. Vai que esteja frio por lá.
— Enche a banheira do meu banheiro, tem sais de banho na gaveta da esquerda. — disse sem me importar, com a atenção voltada pra mala, que estava ficando um pouco grande demais para uma viagem de poucos dias.
— Saby, olha pra mim. — ele pediu manhoso, me agarrando por trás. Ele estava impaciente.
— N, eu preciso terminar a mala. Vamos viajar em algumas horas. — disse sem olhar pra ele, dobrando um vestido e colocando na mala. — Por que não enche a banheira e toma um banho quente e relaxante?
Senti suas mãos massageando o meu ombro e acabei relaxando, de costas pra ele. Quase deixei um gemido escapar. Isso era tão bom.
— Porque eu quero que você tome banho comigo. — ele sussurrou lentamente no meu ouvido, fazendo meu cérebro parar de funcionar e meu corpo se arrepiar.
Prendi a respiração.
Eu tinha ouvido direito? Ele disse que queria tomar banho comigo? Banho de banheira? Nós dois? Nus?
— Toma um banho comigo, uh? — o maldito sussurrou sugando o lóbulo da minha orelha. Soltei um gemido abafado, fazendo ele sorrir. — A porta do banheiro estará aberta. — disse baixinho deixando um beijo no meu pescoço e indo até o banheiro.
Soltei a respiração, sem acreditar no pedido que ele tinha acabado de fazer.
Eu não sabia quanto tempo fiquei ali, mas la estava eu: parada no quarto, na mesma posição que ele tinha me deixado. Eu estava travada. Meu corpo não conseguia se mover, minha cabeça não racionava. Eu só sabia que Noah Urrea estava me esperando nu, dentro de uma banheira, e que eu queria mais do que nunca estar naquela banheira com ele.
Tomei o máximo de coragem e fui em passos lentos pro banheiro, sentindo meu corpo tremer em nervosismo. Ouvi Noah murmurando alguma música baixinho, enquanto a água do chuveiro ainda caía.
Girei a maçaneta devagar, hesitante. Eu não sabia se estava preparada pra ver Noah Urrea nu. Deus! Era muita pressão!
Abri a porta olhando pro chão, porque não tinha coragem de olhar diretamente pra ele. Vi a trilha de roupas que Noah estava vestido espalhadas no piso branco do meu banheiro e senti meu coração acelerar. Levantei o olhar aos poucos e o encontrei já dentro da banheira, coberto de espumas, me olhando com aqueles olhos verdes intensos que me faziam tremer da cabeça aos pés.
Ele sorriu satisfeito, desligando a água.
— Achei que não fosse vir. — disse com um sorriso lindo no rosto, passando à mão no cabelo o colocando pra trás.
Tentei acalmar minha mente. Vamos Sabina, se mexa! Não é nada demais, é só um banho. Pelo amor de Deus! Respirei fundo e comecei a tirar minha blusa, com toda coragem que Deus me deu.
Tentei ao máximo não manter contato visual com Noah, mas sentia seus olhos me seguindo a cada movimento. Tirei minha calça devagar. Eu estava enrolando. Só queria controlar as batidas loucas do meu coração antes de entrar naquela banheira. Eu estava seminua na frente dele.
Acho que Noah notou meu desconforto e voltou o olhar pra espuma da banheira, o que me deixou mais confiante. Tomei o restinho de coragem e abandonei as duas últimas peças de roupas que cobriam meu corpo, jogando no chão do banheiro, assim como as dele. Fiz um coque no cabelo e caminhei até a banheira, conseguindo ouvir a pulsação forte do meu coração.
Noah levantou o olhar e sorriu como se estivesse encantado, admirando cada parte do meu corpo, sem malícia alguma. Senti meu rosto esquentar, mas eu não estava desconfortável. Noah me olhava de uma maneira tão bonita que afastou toda insegurança de mim.
Ele estendeu a mão e me ajudou a entrar na banheira, me fazendo sentar entre suas pernas e apoiar minhas costas em seu troco. Senti seu membro roçando minha pele e me arrepiei.
— Você é linda. — ele sussurrou beijando meu ombro nu, massageando meu ombro, me fazendo relaxar quase que automaticamente.
— Você é mais. — respondi sincera, sentindo seus lábios em minha nuca.
— Sabe, ontem Fuller me pediu a lista dos nossos nomes e as separações de quartos pra fazer a reserva... — ele comentou, continuando a massagear meus ombros.
Era como se ele quisesse deixar o clima descontraído.
— Hm... — disse num gemido pra que ele prosseguisse, enquanto aproveitava suas mãos me apertando.
— Coloquei nós dois no mesmo quarto. — ele disse sorrindo, me fazendo sorrir junto.
Fiz uma manobra na banheira e me virei de frente pra ele, me sentando em seu colo e passando minha pernas em sua cintura. Eu queria ficar de frente pra ele. Suas mãos foram direto para minha bunda, enquanto as minhas foram pra sua nuca. Encostei nossas testas olhando em seus olhos.
— Fez completamente certo. — respondi baixinho, dando um beijo na ponta do seu nariz.
Estávamos nus numa banheira, sozinhos, mas não havia nenhum clima sexual ou segundas intenções ali. Tudo o que tinha ali era o amor e o carinho que sentíamos um pelo outro, e isso era maravilhoso.
— Coloquei Sofya com Any e Josh e Hina juntos também. — ele disse rindo sapeca, de olhos fechados, enquanto eu acariciava seu rosto.
— Ótimo, quem sabe assim eles finalmente percebam o que está na cara. — respondi.
Ficamos em silêncio mais alguns minutos, apreciando um ao outro. Trocamos alguns beijos, mas nada profundo ou mais intenso. Eu estava adorando.
— Você sabe que se fosse alguns meses atrás, e eu estivesse assim com alguma outra garota na banheira, eu provavelmente foderia com ela, não é? — ele disse, me fazendo abrir os olhos. Por favor, não estraga o clima.
— Eu sei. — respondi tranquila. Eu não deixaria o passado de Noah estragar o presente.
— O que você fez comigo, Sabina Hidalgo?
— A mesma coisa que você fez comigo. — rebati, beijando suavemente seus lábios, que Noah fez questão de aprofundar.
Suas mãos começaram a percorrer cada parte do meu corpo, como se estivesse apenas querendo conhecê-lo, não havia maldade. Senti seus toques em minha perna, em minha bunda, em minhas costas, em minha barriga e pararam nos meus seios. Arfei quando ele brincou com meu mamilo, colocando entre os dedos e os puxando de leve. Foi inevitável não sentir meu corpo esquentar.
Mordi seus lábios em resposta, o fazendo soltar um gemido, e ataquei seu pescoço com vontade, arranhando suas costas de cima a baixo.
— Saby. — ele sussurrou baixinho no meu ouvido, mas ignorei chupando seu ponto de pulso. — Saby. — ele tentou de novo.
— Hm? — respondi indo para o outro lado do pescoço.
— A água esfriou. — ele disse soltando uma risadinha. Abafei o riso no seu pescoço e olhei pra ele, que estava com um sorriso lindo no rosto.
— Então acho que está na hora de sair. — disse fazendo biquinho.
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Street Racer {Urridalgo version}
AksiA fama dos Urreas sempre deu o que falar em Miami. Sempre unidos e com as típicas jaquetas de couro e óculos escuros, todos conheciam aqueles quatro. De dia eram alunos normais cursando o final do ensino médio. De noite, através dos volantes, disput...