Capítulo 7

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Gente, fico muito feliz com as palavras que recebo sobre a história! Obrigada mesmo, eu sempre amei romance de época e receber esse carinho na minha primeira tentativa é indescritível! Então obrigada às que sempre estão por aqui votando e comentando por aqui (vocês sabem quem são 😁) e às novas que chegam aos poucos (StrangeLady0, XDianna10, EloisaCalefi, Lily_Gurei) Boa semana!!!


Clifford House, 22 de Março de 1878

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Clifford House, 22 de Março de 1878.

Querido James,

É muito importante que eu expresse quanto sua oferta de amizade significou para mim, lamento que eu não possa corresponder aos seus desejos por mais que eu queira que as coisas fossem diferentes.

Os dias para mim eram sempre nublados e solitários antes de vir à Londres, mas o destino sorriu para mim e conheci belas pessoas que têm iluminado os meus dias. Apreciarei essas memórias eternamente.

Sua amiga,

Emmaline


Ao chegar do Hyde Park, Emmaline ainda suspirava pelas doces palavras de James, ele era tudo que ela podia imaginar em um futuro marido, afetuoso, honrado e decidido a criar uma grande família longe da cidade, seriam tão felizes no campo. Ainda podia sentir seus lábios em sua bochecha, a forma que acariciou seu pulso, seu coração teimava em galopar somente pelas lembranças.

O dia havia sido tão feliz que tinha esquecido o aviso do pai antes de sair, Lorde Gowe juntar-se-ia a eles para o jantar, o aviso do mordomo de que era esperada na sala de visitas foi o chamado para realidade que necessitava, não haveria James, não haveria felicidade, não haveria a família perfeita, precisava se contentar com a realidade, desejar o impossível só a levaria ao sofrimento.

Quando adentrou o salão de visitas, ela se deparou com a visão do Barão e seu pai bebendo e rindo como velhos companheiros, nenhum dos dois se levantaram para recebê-la, se o ato nada cavalheiresco foi intencional Emmaline não sabia, mas sentiu-se imediatamente indigna e invisível. Lorde Gowe estava mais velho e gordo do que se lembrava, devia beirar seus sessenta e cinco anos, uma peruca branca mal posta em uma cabeça redondamente careca e aquele irritante pigarro.

- Finalmente chegou! Onde estava? Não importa, venha! – em um gesto bruto Clifford a convocava – Gowe, minha filha, Lady Emmaline.

Fez a melhor reverência que pôde, suas pernas pareciam que iriam ceder a qualquer momento, teve que suportar os olhos ávidos do Barão sobre si, parecia medir cada centímetro de sua pele, sentiu-se como uma égua em um leilão, o que só se confirmou com as palavras que foram proferidas logo em seguir.

- Tinha razão Clifford, belos quadris, deve ser uma ótima reprodutora. Minha falecida esposa, que Deus a tenha, tinha ancas tão estreitas que os bebês não conseguiam passar. Mas desta vez tenho que ser mais inteligente! – a olhou novamente e sorriu – Ela vai servir.

Cartas para um Visconde | LIVRO 1 | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora