Olá pessoas incríveis! Como vocês estão?! Batemos 10k essa semana e quero agradecer a cada um(queria ter o nome de todos aqui) que tirou um tempo do seu dia para ler, votar e comentar para embarcar nessa aventura comigo! Quando comecei a postar Cartas para um Visconde nem sabia como tudo ia acontecer e vocês que me incentivam a cada dia que passa, por isso OBRIGADA!!! BEIJO! E mais um capítulo que estamos na reta final!
Solar St. Davids, Junho de 1878.
Não era de sua natureza se vangloriar, mas James se considerava um homem inteligente, afinal, sua vida tinha sido uma espiral de situações inesperadas e improváveis e tinha conseguido superá-las com o mínimo de destreza. É por isso que ao final de uma semana no Solar, embora não gostasse de admitir, concluiu que Emmaline o estava evitando e ainda que tentasse, sua pequena e adorável esposa não conseguia ser discreta a esse respeito, o que tinha gerado um tanto de situações inusitadas.
No início, chegou a pensar que fosse mera coincidência que ela só começasse suas atividades quando ele saísse para visitar os arrendatários ou que se retirasse de um cômodo apenas segundos depois que ele entrava, mas quando os padrões começaram a se repetir com frequência, não podia mais negar que ela estava efetivamente o ignorando. Desacostumado com essa atitude de Emmaline e com o orgulho um tanto abalado, passou a tomar pequenas atitudes para ver se ela o notava, mas em vão, aparentemente os únicos momentos em que ela suportava sua indesejada companhia era quando Thomas também estava presente.
Àquela distância de dentro da casa através da janela, ele podia vê-los nos jardins, alegres e despreocupados, tão em sintonia um com o outro, em um mundo só deles em que James não parecia poder alcançá-los. Por alguns instantes ela olhou em direção à janela, como se soubesse que ele estava ali. Tentou se convencer por diversas vezes que não importava, que as coisas tinham caminhado do exato jeito que queria, afinal, tinha alienado Emmaline emocionalmente por um motivo, mas ainda podia ouvir os ecos das palavras de Isabella o incentivando a querer mais da vida e foi com elas ainda em seus ouvidos que se viu mecanicamente fazendo o trajeto em direção aos jardins.
Antes de tudo, ele ouviu as risadas. Há quanto tempo que não ouvia o riso de sua esposa? James não se lembrava, sempre esteve tão preocupado em fazê-la atentar-se a ele, enredá-la em suas palavras a custo de seus objetivos que quando finalmente a teve tentou ao máximo fingir que não prestava atenção. Mas ali estava ela, rindo, despida de toda a tristeza e angústias que um dia a afligiram, o som parecia chamar por ele, hipnotizá-lo, sabia que não era digno depois de tudo que fez ainda assim se aproximou.
O primeiro a vê-lo foi Thomas, que abriu um sorriso convidativo como se sua presença fosse bem vinda. Em suas cartas o Sr. Barton nunca tinha mencionado a presença de uma criança vivendo na propriedade, o garotinho tinha sido uma surpresa, tão novo e inocente, porém James logo pôde notar o peso que ele carregava no olhar, uma sombra que não devia estar lá em tão terna idade, mas que ele sempre viu enquanto olhava a própria imagem no espelho tantos anos antes e aquilo ressoou dentro de si e quando a Senhora Cobb contou sobre as condições em que o encontraram pode entender melhor o instinto voz protetor que insurgia sussurrando que Thomas necessitava de cuidados.
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Cartas para um Visconde | LIVRO 1 | COMPLETO
Historical FictionLivro 1 - Série Laços e Lutas James Weston, o Visconde de St. Davids tem contas a acertar com o Conde de Clifford, e vê a oportunidade perfeita quando encontra a filha do Conde em Londres. James consegue enganar a jovem Emmaline e quando eles são pe...