Olá pessoal! Sabiam que completamos 3k de visualizações essa semana? Incrível! E só posso agradecer a cada um de vocês que tiram um tempinho do dia para vir aqui ler, votar e comentar, amo interagir com vocês pelos comentários e ver as personagens ganhar vida através dos seus olhos! Nunca pensei que vocês iam se apegar à Emma e ao James tanto quanto eu! Obrigada ao leitores que me acompanham desde o começo da história e aos que chegam aos pouquinhos todos os dias! 😘😘😘
Weston Hall, Abril de 1878.
Quando criança Emmaline tinha uma atividade preferida, assistir toda atividade doméstica de Hill Park junto à saia da mãe enquanto a Condessa prosseguia por seus afazeres. E foi assistindo que aprendeu, aos nove anos, conhecia os cinquenta criados por nome e sobrenome, o dia ideal para polir a prataria e quais as melhores combinações de cardápio para o jantar. Aos onze anos, quando a mãe morreu assumiu o comando da mansão, mas no fundo sempre sentiu como se não pertencesse àquela casa, sentimento que só foi aumentando ao longo dos anos conforme o tratamento frio e distante do pai, ela ansiava por um lugar ao qual pertencer.
Agora havia algo especial, senão excitante em gerenciar a própria casa, enquanto se adaptava a própria rotina Emmaline conhecia os poucos criados, escolhia com cuidado o cardápio do almoço e jantar junto à cozinheira, dava direções às três criadas e ouvia conselhos de Tilney que parecia saber tudo sobre qualquer coisa.
Weston Hall tinha alguns cômodos não utilizados e em uma de suas explorações Emmaline encantou-se por uma pequena saleta, passava tanto tempo lá que os criados já se referiam a ela como a sala da viscondessa, em um tom de amarelo apagado e móveis com estofados em tons pastéis, após ser limpa e arejada tornou-se um cômodo aconchegante e ideal para entreter-se com seus bordados, mas era a visão privilegiada da calçada que a interessava, nos momentos certos do dia se fosse à janela veria a saída de James para seu clube, ela sempre se surpreendia o quão diferente era a expressão em seu rosto quando estava longe dela, talvez mais aberta e relaxada, aquilo cada vez mais a fascinava e aproveitava esses lances furtivos para tomar nota das diferenças em sua mente. Pequenas doses de James ao dia.
Pouco mais de duas semanas após o casamento, Emmaline não sabia exatamente o que pensar do marido, durante o dia suas interações limitavam-se ao café da manhã quando era sempre respeitoso e até atencioso às suas necessidades, no entanto havia um distanciamento entre eles que ela não podia ver, mas podia sentir quase como uma barreira física e que por mais que tentasse nunca conseguia ultrapassar. Mas então as noites chegavam e o corpo dele queimava como brasa sobre o seu, ele a despertava com os toques mais ternos e cálidos, por momentos eles eram apenas um. E ela amava aqueles instantes, mesmo sabendo que eram efêmeros.
"Dê-me um filho". Emmaline passou a temer essas palavras, na primeira noite sozinha após James a deixar, tentou se convencer que era o desejo normal de um marido, afinal que homem não quer um herdeiro para continuar sua linhagem e é o papel da esposa conceber, como ela sempre quis uma família, um filho só complementaria a felicidade deles. Mas após noites e noites com aquelas palavras sendo ditas, elas passaram a significar a quebra do encantamento, as inseguranças e o medo de falhar iam se espalhando aos poucos e por mais que ela tentasse não conseguia se livrar deles, tudo que Emmaline mais queria era que James a tomasse nos braços e dissesse que tudo ficaria bem, que independente de tudo ele a amaria.
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Cartas para um Visconde | LIVRO 1 | COMPLETO
Historical FictionLivro 1 - Série Laços e Lutas James Weston, o Visconde de St. Davids tem contas a acertar com o Conde de Clifford, e vê a oportunidade perfeita quando encontra a filha do Conde em Londres. James consegue enganar a jovem Emmaline e quando eles são pe...