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Mercury Stanford.

Desligo a TV e me levanto do sofá, ajeitando minha roupa antes de sair de casa e acabar por dar de cara com Zachary.

- Minha nossa...Que susto. - Falo piscando várias vezes e ele ri.

O mesmo me encara por segundos e dá um beijo em minha bochecha antes de apontar para o gramado do meu jardim e me mostrar que havia uma cesta ali.

- Fiz um pequeno piquenique para nós, espero que não se importe. - ele sorri e pega em minha mão, para nos sentarmos na grama.

- O que te trouxe aqui? - Questiono meio confusa.

- Você. - fala como se fosse óbvio. - Quero realmente que sejamos amigos.

- Ah...- Murmuro meio incerta e acabo negando com a cabeça.

- Vamos, Mercury! - chacoalha meus ombros. - Ânimo garota!

- Não me balança assim, Herron. - Falo e acabo soltando uma risada.

- Stanford, às vezes você é tão sem graça. - diz dramatizando e jogando uma uva em mim.

- Não sou nada. - Digo e ajeito minha postura. - Então...Não esperava você aqui.

- Eu sei que não, por isso que eu vim. - ele sorri. - Gosto de fazer surpresas.

- Entendo. - Digo e ele me oferece um morango. - Você quase não me pega em casa.

- Eu percebi... - torce os lábios. - Ia aonde?

- Pretendia ir andar. - Falo dando de ombros e mergulho o morango no chocolate.

- Você é até bem calma, pra quem vive arrumando patadas na escola. - ele ri fraco.

- É que você me estressa...- Murmuro e ele ri. - Não ria, é sério.

- Desculpa senhora, não tá mais aqui quem falou. - diz na defensiva. - O que você mais gosta de fazer no seu tempo livre?

- Eu canto. - Falo e sorrio. - É meu hobbie.

- Canta pra mim? - ele faz um biquinho fofo e começo a rir da sua cara. - Por favor!!

- Pra quê você quer que eu cante se você também tem uma voz majestosa? - Pergunto e ele bufa.

- VOCÊ ME ELOGIOU, HOJE VAI NEVAR. - fala animado. - Por que gosto de ver você fazendo algo que gosta.

- Ah cala a boca. - Falo rindo e o belisco. - Você me vê fazendo isso toda aula de canto.

- Eu sei, mas é lá é para melhorar sua técnica. Quero que você cante com sentimento, é diferente. - explica.

- O que você quer dizer com cantar com sentimento? - Questiono e pisco algumas vezes.

- Cantar o que você tá sentindo. Se deixar levar pelo ritmo e melodia. Você se prende muito. - diz cautelosamente.

- Você acha? - Pergunto e ele assente. - Acontece que eu não posso me soltar demais.

- Você pode sim, Mercury. O problema é que você não quer, mas não vou te pressionar. - ele diz sorrindo, enquanto pegava alguns pãezinhos.

- Obrigada. - Murmuro baixo. - Como você está?

- Acho que estou indo bem. - dá ombros. - E você?

- Também. - Falo e torço os lábios.

- Como estão indo as coisas com suas amigas? Não vejo vocês mais tão próximas como antes... - diz com receio.

- Nos falamos todos os dias. - Falo e ele assente.  - Estamos normais.

- Mas...não são as 5 meninas que entravam na escola e acabavam com tudo. Agora, parecem mais quietas... - parece lembrar de algo. - Deve ser impressão.

- Algumas coisas mudam. - Comento e sorrio brevemente ao lembrar que todas provavelmente estavam com os garotos. - E também...Gosto que fiquem com os meninos que elas gostam. Elas ficam felizes e eu dou esse espaço.

- Mas e a sua felicidade? Não tem que pensar só nos outros... - sorri brevemente.

- Estou feliz por elas. Eu vejo a forma que elas olham para eles e sorriem. Isso deixa meu dia maravilhoso. - Falo sorrindo.

- Você não tem vontade de sentir isso? Se sentir apaixonada? - me encara.

Comprimo os lábios e pisco algumas vezes. Ah se ele soubesse...

- Tudo que eu gostaria era de não me sentir assim. - Murmuro.

- Então, você se sente assim... poderia me contar quem é o sortudo? - sorri ingênuo.

- Estou tentando esquecer isso. Então não é uma boa ideia. - Falo e nego com a cabeça.

- Estar apaixonado é uma das melhores sensações, mesmo que doa. Significa que você sente algo... - me oferece suco.

- É bom quando a pessoa corresponde. Mas pensa comigo, vale a pena você se acabar de gostar se a pessoa nem...Te nota? - Falo e ele torce os lábios.

- Não vale a pena, mas pelo menos você vai tá motivada a fazer algo, a ser melhor. E se ele não te nota, é um tonto. - ri fraco.

- Claro. - Falo e acabo dando uma risada breve. Era uma situação cômica até.

- Você...já sabe que faculdade vai fazer? - pergunta mudando de assunto.

- Acho que psicologia. E você? - Questiono e como uma uva.

- Música ou oceanologia. Ainda não decidi. - diz terminando seu suco.

- Legal. - Falo e sorrio. - Você canta muito bem.

- Você também, criança. - sorri para mim, suspirando. - Pretende ficar em Los Angeles?

- Talvez. - Respondo e cruzo as pernas feito índio. - Eu gosto daqui. Mas tenho uma grande opção de ir para o Canadá.

- Uau, isso é demais! - diz com uma feição orgulhosa. - Quero viajar o mundo, conhecer pessoas e culturas novas...

- Deve ser legal. - Falo e sorrio. - Eu tenho vontade de visitar a Escócia.

- Acho que o país que eu mais tenho vontade é a Dinamarca, acho as paisagens muito bonitas lá. - sorri de forma tímida.

- Já fui lá. - Falo e ele arregala os olhos. - Na verdade, minha família é de lá.

- Você tá brincando né? - diz olhando incrédulo para mim. - E como é lá? Gosta?

- Lá é...Um lugar perfeito. Eu adorava. - Falo sorrindo. - Inclusive queria que as meninas fossem comigo nas férias.

- Com certeza vocês vão aprontar muito lá. - ri. - Posso ir? - olha empolgado para mim.

Arregalo os olhos e ele faz beicinho para mim.

- E-eu...- Gaguejo meio incrédula. - Acho que sim.

- De verdade? - ele diz animado e  vem até mim me abraçando, enquanto distribuía pequenos beijos em todo meu rosto.

- Sim. - Falo e rio baixo. - Okay, já chega. Muitos beijos.

- É por que eu estou feliz e você é o motivo disso! - fala sorrindo grande.

- Aham. - Murmuro rindo e negando com a cabeça.


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vamos de ilusão

Mercury ❃ Zach HerronOnde histórias criam vida. Descubra agora