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Mercury Stanford.

Sorrio para a senhora Dawson, que me entrega uma caixa em nome de Blake. O endereço que ele tinha me dado era da casa da lojinha perto da minha casa.

Abro a mesma e arregalo os olhos ao ver nada menos que um microfone de enfeite ali. Era lindo e tinha detalhes preto e dourado.

- Ainda tem isso. - Sra. Dawson diz e me entrega uma sacola. - Essa é nova. De hoje de manhã.

Abro também e vejo um colar lindo com uma nota musical.

[...]

Coloco o enfeite na minha estante e sorrio. Pego meu celular para ligar para Blake, mas ouço batidas na porta do quarto que me interrompem.

- Tá aberta! - exclamo e vejo Zach entrar pela porta.

O olho e na mesma hora desanimo, guardando o celular.

- O que foi? - questiono.

- Vim saber do seu teste. - ele sorri amigavelmente.

- Ah. - Falo o resto das minhas coisas. - Foi bom.

- Só bom? - questiona sorrindo. - Esperava empolgação.

- Sem tempo. - Falo não ligando muito e ele me encara.

- Ah. - parece desapontado. - Belo colar. - aponta para minha mão.

- É. Ele é perfeito. - Falo e sorrio olhando para o mesmo.

- Quem te deu? - questiona e se encosta na parede.

- Blake. - Respondo dando de ombros e ele faz careta.

- Ainda acho ele um babaca, ainda bem que foi embora. - revira os olhos.

- Acha? - Falo cínica. - Ele me trata como se eu fosse uma princesa.

- Não foi o que aconteceu na casa de Saturn. - diz debochado.

- Blake já me pediu desculpas e desde então tem feito por merecer. - Falo ainda mais debochada. - Pior é você que faz merda, pede desculpas e faz de novo.

- Ele só quer usar você, Mercury. - ri irônico. - Quem em sã consciência reserva presentes para outra pessoa, sendo que nem estão no mesmo país?

- Pessoas que se importam. - Falo e dou de ombros.

- Ele não se importa. - gesticula com os braços. - Ele só quer o seu corpo!

- E você detesta me ver feliz. - Falo e ele me olha incrédulo.

Ele se encolhe um pouco.

- Não detesto ver você feliz. É a coisa que eu mais quero, e não desejo minha infelicidade a ninguém, muito menos você. Eu sei que você vai ser feliz, só que sem mim. - suspira e cruza os braços, me olhando.

- Se eu vou ser feliz sem você...Então por que vive entrando e saindo da minha vida? - Disparo e ele se cama.

- Porque você pode ser feliz sem mim, mas não consigo ser feliz sem você. - murmura.

- Você está mais do que feliz sem mim. - Falo e nego com a cabeça. - Vamos parar com esse assunto.

- Você vai quando para o Canadá? - questiona torcendo os lábios.

- Uma semana depois do fim das aulas. - Falo e ele suspira.

- Mas já? Isso está muito próximo. - parece se interessar mais no assunto.

- É. - Falo dando de ombros. - E mais uma coisa...Não vai haver mais a viagem para a Dinamarca.

- Mas porque? - pergunta decepcionado. - Ah...não precisa explicar...só achei que pudéssemos ir como amigos. - suspira.

- Eu não quero ir com você. Não se corro o risco de ficar ainda mais apaixonada por você. E isso iria me acabar. - Admito.

- Você ainda gosta de mim? Digo...depois de tudo o que fiz para você. - descruza os braços e se aproxima um pouco mais.

- Infelizmente eu gosto. Mas daria tudo para desfazer isso. - Falo e ele segura meu rosto.

- Eu não daria. - sorri fraco. - Eu não lamento estar apaixonado por você, o que eu lamento, é não ter aproveitado isso antes.

- Você diz isso porque não está na mesma situação que eu. - Falo e ele suspira.

- Na verdade estou, você também está me quebrando e não percebe. Você também me magoa, e muito. - ainda segura meu rosto, e nos aproxima mais.

- Não, _querido_. - falo e suspiro. - Você não é magoado por mim.

- Você me despreza e me afasta sempre. - nega com a cabeça. - Estou tentando me redimir e você sempre me corta da sua vida, sem um aviso prévio. Isso dói sabia?!

- E o que eu devo fazer? - Questiono o olhando. - Sentar e ver a destruição?

- Não, acho que aprender a perdoar sempre é a melhor escolha. - suspira e deixa um beijo em minha bochecha. - Nós nos machucamos muito.

- Chega desse papo. - Falo e ele acaricia meu rosto. - Chega mesmo.

- Tudo bem. Mas quero que saiba que vou fazer de tudo para você ver que mudei. - diz convicto e me rouba um selinho rápido.

- Mudou? Então me prova. - Falo e ele me encara.
Ele se aproxima de mim e inicia um beijo lento.

- Eu vou fazer por merecer, você vai ver. - diz raspando nossos lábios.

- Como vai fazer isso? - Sussurro.

- Fazendo o que deveria fazer desde o início. - ele suspira. - Fazendo as coisas certas. Por isso, quero convidar você pra jantar hoje. Só jantar.

- Não gosto dessas formalidades. - Falo e nego com a cabeça.

- Mas são necessárias, principalmente agora nessa fase de “reconciliação”. - sorri pequeno. - Podemos fazer outra coisa se você quiser.

- Quais? - Pergunto quase cedendo. Eu sabia que no fundo ia dar errado.

- Podemos ir em um karaokê ou cinema. Ou até mesmo só andar pelo parque. - explica e sorri esperando uma resposta minha.

- Um karaokê. - Falo e o mesmo segura meu rosto.

Mercury ❃ Zach HerronOnde histórias criam vida. Descubra agora