Capítulo 2

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Sol narrando...

-Você é louca garota...- Amanda fala e eu rio.

-Para de ser medrosa, ele é um vapor mó gostosinho agora vem vamos aproveitar-Falei puxando ela pelo braço.

Entramos no local e já estava cheio, meus olhos foram direto para o camarote onde sempre fica o dono e o sub do morro e não havia ninguém.

Estranhei, pois normalmente nesse horários eles tem que está presente no baile, bom deve tá comendo alguma puta por aí, mas tenho que ficar de olho bertão é perigoso e mesmo que não me conheça nunca se sabe o que pode acontecer.

Deixei pra lá e fui pro bar pegar algo, a noite se resumiu em dançar e beber um pouco, fiquei com dois caras, mas só porque eram muito bonitos.

Já Amanda que tava toda medrosinha, se soltou e já sumiu com um vaporzinho aí, marquei horário pra gente sair e assim vou esperar.

Tava no bar sentada quando senti alguém se aproximar, um cara gostoso que Jesus...

-O que uma gata como você faz aqui sozinha ?-Diz o moreno gostoso.

-Curtindo o baile e esperando uma amiga, mas e o que um gato como você faz aqui falando comigo ?-Perguntei e ele sorriu.

-Bom tava te vendo de longe, te achei muito bonita e pensei por que não vir aqui ?-Falou sorrindo de lado e eu retribui.

-Direto, gostei-Falei me levantando da cadeira que eu estava.

O mesmo estava em pé encostado no balcão, fiquei em pé em sua frente, sim sou uma garota de atitudes, mais conhecida como sem vergonha.

Eu sou muito baixinha e ele ainda é alto o que dificulta um pouco pra mim, mas nada demais.

-Garota de atitude e que não enrola gostei...-Falou botando a mão em minha cintura e na minha nuca e me puxou pra si.

Sorri com isso e logo nossos lábios se selaram e que puta beijo, o beijo começou a esquentar e sua mão que estava em minha cintura foi parar em minha bunda.

Paramos o beijo pela maldita falta de ar e o mesmo começou a beijar meu pescoço enquanto minha unha arranhava suas costas.

-Que tal se a gente fosse pra um lugar reservado, já curti muito a noite só falta uma coisa-Falou no meu ouvido e eu me arrepiei.

Quando eu ia falar algo aparece a Amanda.

-Amiga preciso falar contigo...-Amanda fala se aproximando.

-O que foi ?-Falei me afastando do cara gostoso que eu tava.

-Teu irmão descobriu que a gente saiu, Luis ligou pra te, mas tu não atendia então ele ligou pra mim, falou que é melhor a gente correr pra casa se não vai dar muita merda...

Porra Kevin, logo agora...

-Vamos embora_Falei a puxando_Foi bom te conhecer gatinho-Falei com o carinha.

-O prazer foi todo meu, espero te ver mais vezes aqui-Sorriu safado e eu retribui.

-Garota quem é aquele gostoso ?-Amanda fala assim que saímos.

-Sei lá, tava no bar e ele apareceu rolou pegação e me convidou pra transar, até ia se não fosse do morro inimigo e tivesse que ir embora contigo...

A gente foi até a entrada do morro e por um milagre de Deus o vapor que deu em cima de mim não estava alí.

Pedimos um uber e voltamos pra casa, chegamos na entrada do morro e já eram 3:40 da manhã, puta merda.

Assim que forcei um pouco a vista vi o Kevin descendo o morro puto da vida, fudeu.

-Vocês tem merda na cabeça? Eu disse pra vocês não irem-Gritou com a gente.

-E desde quando tu manda em mim pesadelo ?-Amanda grita com ele.

-Eu mando na porra desse morro caralho...

-Você na manda ainda Kevin e mesmo assim se mandasse, a gente não fez nada demais, afinal estamos vivas aqui-Falei.

Amanda o olhava com ódio e o Kevin nem ligava, pois o mesmo estava mais puto ainda.

-Se acontecesse algo contigo Sol além de me sentir mal, eu levaria a culpa porque na ausência do nosso pai você sabe muito bem que além de mandar nesse morro mando em você-Disse e eu o encarei.

-Não precisa disso tudo Kevin-Fala o Luis assim que aparece.

-Nem vem me tontear com isso Luis, num era tu que tava todo preocupado com a tua barbiezinha-Fala se referindo a Amanda.

-A Barbiezinha tem nome seu idiota, você não passa de um falso dono de morro que só usa esse cargo pra sair pegando qualquer uma-Falou Amanda.

-O que foi que tu falou ?-Falou se aproximando da Amanda.

-Tá surdo ? Eu não vou repetir-Amanda fala.

Kevin chama um dos vapores e o mesmo vem.

-Leva ela pra minha sala agora-Ordena e eu arregalo os olhos.

-O que tu vai fazer Kevin ? Ela não vai a lugar nenhum-Falo o encarando.

-Não é da sua conta, agora leve ela agora e você Sol teremos uma conversa em casa-Fala e eu o encaro mais ainda, Kevin nunca foi assim.

-Eu não vou a lugar nenhum, você não manda em mim já falei-Ele a pega pelo braço.

-Você vai sim e agora-Solta seu braço bruscamente e sai.

-Não precisa disso tudo porra-Luis fala e Kevin o encara.

-Você não se meta Luis, sua princesinha não presta pra você ficar defendendo ela desse jeito, afinal ela te trocou pra ficar comigo não foi priminho?-Fala e Luis apenas se retira.

-Eu não te conhecia assim Kevin-Falei...

-É assim que somos treinados pra ser, eu falei pra não irem me desobedeceram agora aguentem as consequências... _ele fala_Agora leve ela pra minha sala e a não deixe sair-Fala se retirando junto com o vapor.

Essa era a hora que minha vó deveria aparecer pra ajudar que nem acontecia com a minha mãe, mas infelizmente isso não vai acontecer.

Donos do morro são conhecidos por serem destemidos e cruéis e Kevin sempre se espelhou nisso, mas não sabia que ele ia deixar que qualquer coisa o transformasse nisso.

Já ouvi minha mãe falar da mãe do Kevin e ela sempre foi impulsiva creio eu que mesmo ele não lembrando muito dela, ele puxou isso dela...

Lá no alto da Rocinha: O caso proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora