Capítulo 19

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Capitulo 19

Acordei pela manhã com a claridade que entrava pela cortina que estava aberta, continuava com a cabeça sobre o peito de Caio, a mão direita dele estava na lateral de meu abdômen, seu corpo não estava coberto, nem o meu

Tive vontade de me afastar de ele, mas continuei com a cabeça em seu peito, sentindo sua respiração na direção de meu rosto, minha mão continuava em sua barriga, não havíamos trocado uma palavra depois de termos encostados nossos corpos. Me sentia bem, principalmente por ele ter respeitado o meu espaço, mesmo eu não respeitando o seu.

Não havia tentado nada a noite inteira, mostrava respeito por mim.

"Devo acorda-lo agora?" pensei, olhei para o rosto dele, vendo a barba baixa, que havia parecido o rejuvenescer cinco anos "Eu não vou acorda-lo" suspirei, em seguida criei coragem para mover minha mão, posicionei meus dedos no espaço entre sua barriga e seu abraço, o apertei brevemente, desejando que ele devolvesse o aperto

—Você está acordada? — Ele falou em tom baixo, concordei com um som, ficamos em silencio, ambos sem saber o que dizer, queria continuar deitada em seu peito, me sentia segura com a cabeça em seu peito, tão segura quanto estaria cercada por centenas de soldados — E quer conversar sobre algo? — discordei com um som e suspirei, sentindo o cheiro da sua camisa

—Cale a boca —falei em tom baixo, o escutei sorrir

—Você é meio louca, não é? — concordei com um som, estava apaixonada por ele, já havia aceitado isso na noite anterior, ele certamente devia estar gostando de mim, ou então só era tímido o bastante para me dispensar

—Fica quieto — falei em tom baixo — ou você vai acabar me lembrando que você não é ele — o escutei fungar

—Ele?

—É — resolvi mentir, apesar de minhas mãos apertando seu corpo provarem o contrário — Pedro ficava quieto — o escutei discordar com um som, abri meus olhos e recuei a cabeça brevemente — o que?

—Você e aquele garoto não tinham nada — A voz dele soou calma, dei de ombros, fingindo não ligar para suas palavras, voltei a deitar a cabeça em seu peito, dessa vez atravessando parte de seu corpo com minha perna direita, senti seu pênis, mas deixei minha perna sobre ele, Caio não se moveu

—Como você sabe? — sentia meu coração batendo de maneira rápida, ele virou de frente para mim, desviei o olhar de imediatamente

—Olha pra mim — A voz dele soou baixa, eu fiz com certo receio, em seguida o vi colocar a mão em minha face, acariciando meu rosto, sentia seus dedos causando um rápido arrepio em minha pele, aproximou seu rosto do meu, fechei meus olhos e aguardei seus lábios encostarem-se nos meus, dando início a um beijo lento, que teve final quando ele posicionou-se a cima de mim, deixando suas pernas prendendo meu corpo, apoiava suas mãos ao lado de meus ombros, o olhei com certa vergonha

—O que foi? —sorri, ele tornou a me beijar, em seguida colocou suas mãos em meus braços, invertendo nossas posições, meu corpo estava acima do dele, quando cessou o beijo, sentia seu pênis contra meu corpo, mas senti medo, pensando na consequência daquele ato que se iniciara na noite anterior.

Ele tornou a me beijar, se aproveitou para tirar minha cabeça com lentidão, em seguida apoiou a mão em minha nuca, dando mais firmeza a nossos beijos, coloquei a mão em seu abdômen e retirei sua camisa, senti um relevo na região de seu peito

—Espera — eu me afastei dele brevemente, sentia meu corpo esquentar cada vez mais, a sensação de borboletas no estomago ficava cada vez mais forte, eu queria levar adiante, mas me preocupava com as coisas que poderiam acontecer.

Desviei o olhar, pensando em desistir daquilo tudo, era loucura, mas por outro lado, Caio estava sendo tão gentil, tive vontade de tê-lo dentro de mim na noite anterior, mesmo que não quisesse ter admitido

—Você quer mesmo? — ele afastou-se brevemente de mim, que pude reparar em seu corpo, a cicatriz acabava em seu peito direito — Não vou te forçar a nada — ele desviou o olhar brevemente, estendi meu braço e por seu corpo, chegando em seu peito, em seguida curvei-me em sua direção e levei minha boca em direção a sua orelha.

—Vai sangrar — eu falei em tom baixo, ele não hesitou e tornou a me beijar, sem se importar com aquilo, me desejava, eu também o desejava.

E deixaríamos os infectados desejando  sangue.

Infectados : O surto.Onde histórias criam vida. Descubra agora