Cheguei na porta dele, respirei fundo e entrei.
A casa tá um lixo de sujeira, a pia tá cheia de louça, a sala revirada parece que passou um terremoto aqui, porém, nem sinal dele. Subi até o áudio e o encontrei sentado na mesinha escrevendo em seu caderninho, provavelmente tá fazendo alguma música nova.
- Oi?
- Luíza o que você tá fazendo aqui?
- Vim conversar contigo amor. - Me sentei na cama dele.
- Conversar o que? acho as coisas ficaram bem claras no domingo. - Ele diz amargurado.
- Não, claro que não. Eu fui uma idiota por ter ido embora, ter tirado a aliança, mas vamos concordar que não precisava daquilo tudo na praia, e outra o Gustavo só queria ajuda no trabalho de escola.
- Luíza pelo amor de Deus! Tá na cara que ele é afim de ti.
- Claro que não Daniel, o seu ciúme tá te deixando cego, tá vendo coisa onde não tem.
- Quer saber faz o que quiser da sua vida com quem quiser que eu tô pouco me fodendo. - Ele diz nervoso.
Meu corpo todo gelou na hora.
- Você tá terminando comigo? - Perguntei trêmula.
- É o que parece Luíza.
- Daniel por favor não faz isso, vamos conversar.
- Não tem o que conversar.
- Você tem certeza da sua decisão?
- Sim. - Podia sentir a dor em sua voz.
- Ok.
Saí sem olhar pra trás e assim que eu cheguei na pracinha do condomínio eu não consegui segurar mais e soltei o choro que estava preso na garganta.
Não tô conseguindo acreditar que ele terminou comigo, passamos por tantas coisas juntos pra no fim acabar assim, eu não consigo nem explicar o que tô sentindo agora.
Chorei sentada na pracinha até o final da tarde, quando escureceu eu fui pra casa que era uns 3 minutos dali.
- Onde cê tava menina quer me matar de preocupação? - Baviera esbravejou.
- Desculpa, eu fui no Daniel.
- Tá tudo bem entre vocês? - Perguntou vim cuidado.
- Ele terminou comigo. - Involuntariamente voltei a chorar.
- Oh minha menina não chora. - Ele se sentou do meu lado e me abraçou forte. - Vocês tão de cabeça quente tá ligado? Daqui a pouco tudo se resolve.
- Não tenho tanta certeza disso Bavi. - Me levantei e subi para o meu quarto.
Tomei um banho bem quente, vesti uma camiseta que ele esqueceu aqui recentemente, me joguei na cama, coloquei vampira pra tocar no modo repetir e lembrei do nosso primeiro beijo. Deus eu amo tanto esse garoto porque isso tinha que acontecer?
- Amiga? - Bruna entra no meu quarto com o semblante preocupado.
- Eu. - Respondi entre os soluços.
- Fica calma meu amor eu e sua afilhada não queremos ver você chorando.
- Tá doendo tanto amiga. - Me joguei nos braços dela e chorei mais.
- Eu sei meu amor, mas vai passar e se serve de consolo ele tá péssimo também.
- Você viu ele?
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O Tempo Dirá.
Teen Fiction- Eu não aguento mais isso aqui. - Já que tá ruim vai embora Luiza! - É isso mesmo que eu vou fazer querido pai... Luiza uma jovem de 17 anos que mora em São Paulo com seu pai desde que sua mãe morreu a 3 anos atrás. Sua relação com seu pai não é...