Natiese em: Surpresos???

Capítulo 3

Boa tarde pessoal tudo bem? Vamos para mais um capítulo. Espero que estejam gostando... Amo vocês <3 

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NATALIE NARRANDO...

A Priscilla anda bem estranha. Falando no telefone escondido, nervosa, se esgueirando das festas e reuniões da empresa para falar no telefone e sempre muito tensa. Nos mudamos recentemente para um condomínio com uma segurança extremamente forte no Joá. Ela insistiu muito para fazer essa mudança, embora nossa cobertura no Leblon fosse incrível. Íamos engravidar, já retiramos os óvulos que já foram fertilizados, e eu engravidaria primeiro já que sou mais velha que ela e depois de dois anos ela fertilizaria um dos óvulos. No dia seguinte fomos trabalhar em carros separados, o que tem se tornado muito frequente e raramente acontecia. Ela disse que precisava ir ao banco, então eu fui pra empresa sozinha. Fui até a sala dela e tinha um envelope lacrado na mesa com um bilhete pedindo para que ela revisasse o testamento para a assinatura no fim da tarde. Por isso ela estava falando tanto com nosso advogado. Porque ela está fazendo testamento agora? Sai da sala antes que ela chegasse...

PRISCILLA NARRANDO...

Pedi ao doutor Gouveia para fazer meu testamento o mais rápido possível e pedi para fazer algumas gravações que ajudariam se caso acontecesse o que eu estava imaginando que aconteceria. Há algum tempo vinha tomando diversas providências, sem que ninguém nem mesmo a Natalie soubesse. A Pugliese Felix é uma das maiores indústrias de aços do país. Eu estava num ponto de estresse e desconfiança que eu já não confiava nem no meu braço direito na empresa que era o Raul Mendes, meu assessor. Ele está comigo desde que meu pai faleceu, na verdade ele trabalhava com meu pai e ficou trabalhando comigo. A Natalie trabalhava comigo na diretoria de finanças e fechamento de negócios e eu a treinava e deixava por dentro de tudo para torna-la presidente da empresa caso precisasse, e ela se saia muito bem em tudo quando eu precisava viajar a negócios. Fui ao banco falar com o meu gerente.

XX: Dona Priscilla Pugliese entre por favor...

Eu: Obrigada por me receber Gilberto...

XX: Imagina em que posso ajudar?

Eu: Eu quero abrir uma conta nova, e retirar uma quantia e depositar nessa conta. Não quero transferir, quero retirar. Não quero que ninguém saiba que esse dinheiro foi transferido e sim retirado.

XX: Tudo bem, posso perguntar o motivo?

Eu: Estou sendo ameaçada de morte constantemente Gilberto e eu preciso me precaver caso aconteça algo. – expliquei tudo o que estava acontecendo e os planos que eu tinha em mente. Ele era uma das pessoas que eu mais confiava na vida e talvez uma das únicas nesse momento. Abrimos a conta, fiz o pedido para a retirada de 5 milhões da minha conta, que com uma retirada tão alta assim, só poderia ser feita após 72 horas. Fui para a empresa vi o envelope com o testamento para revisar. Revisei tudo pedi para mudar o valor da conta em banco e feita a revisão eu assinaria. No fim da tarde fui até o escritório do meu advogado e gravei alguns vídeos. Era muito difícil fazer tudo aquilo, mas eu tinha certeza de que algo ruim aconteceria comigo. Pedi revisão das minhas aeronaves por conta disso. A Natalie andava muito esquisita comigo até que uma noite ela perguntou.

Nat: Porque fez um testamento?

Eu: Do que você está falando?

Nat: Eu vi um pedido de revisão de testamento na sua mesa esses dias Priscilla. – falou nervosa.

Eu: Porque mais cedo ou mais tarde eu teria que fazer isso amor. – tentei parecer calma.

Nat: Você não me engana Priscilla, o que está acontecendo? As ameaças que vinha sofrendo, ainda continuam? – eu suspirei.

Eu: Sim Natalie, continuam sim.

Nat: Você está cheia de mistérios, não estamos indo trabalhar no mesmo carro, você sai no meio do dia pra sabe-se lá onde. Adiamos nossos planos de engravidar, a viagem que faríamos no mês que vem você adiou também. A reunião em Angra dos Reis você vai depois de mim de helicóptero.

Eu: Natalie me escuta – segurei o rosto dela – Se acontecer alguma coisa comigo, vai ser só comigo. Por isso estou evitando sair com você no mesmo carro, pegar o mesmo voo que você, entendeu. As ameaças estão cada vez piores e eu não sei de onde estão partindo. Pra mim, todo mundo é suspeito. Eu estou suspeitando até de funcionários meus. Tem ideia da pressão psicológica que isso tem sido pra mim? Tem ideia do quanto isso tá sendo difícil pra mim?

Nat: Amor eu estou do seu lado pra tudo. Não pode me deixar de fora disso. Eu preciso saber dos seus planos, do que pretende fazer. Eu não posso ficar esperando as coisas acontecerem para depois entrar em desespero e ficar ainda mais sem ação e mais nada puder ser feito.

Eu: Eu não tenho planos Natalie, eu só estou evitando que algo aconteça com nós duas juntas. Não há o que fazer. Eu não posso acusar ninguém sem provas.

Nat: De que você desconfia?

Eu: Marcelo Andrade Mambertini, Tadeu Vieira, Fred Goulart o Hugo Bastos e o Raul meu assessor... – suspirei.

Nat: Mas o Raul e o Hugo trabalham pra gente. o Hugo é nosso negociador. Nunca deu motivos para desconfianças. Não pode ser ele. Já o Raul eu não gosto dele então eu não duvido de nada.

Eu: Pode ser o Hugo sim. A gente vive brigando ultimamente. E o Raul quer saber o tempo todo onde estou, onde eu vou, quer saber da minha agenda, fica perguntando onde eu vou durante o dia que eu saio da empresa sem falar nada como se eu devesse explicações a ele. Pode ser ele sim. Eu não sei mais o que pensar em quem confiar – suspirei me sentando na cama.

Nat: Amor, vamos contratar alguém para investigar tudo isso. Não podemos viver desse jeito. – eu não disse nada.

Eu: Depois da reunião em Angra vamos resolver tudo.

30 DE MARÇO... O ACIDENTE...

A Natalie viajou para Angra dos Reis um dia antes. Ela ia participar de um jantar de negócios lá no dia 30, enquanto eu participaria de um almoço de negócios no dia 31 aqui e em seguida iria para Angra de helicóptero. O almoço era em Copacabana, de lá iria para o heliponto para embarcar. Senti algo estranho então resolvi atrasar um pouco e ir em casa. Fui em casa peguei uma coisa que precisava e voltei pro carro seguindo para o heliponto. Chegando lá embarquei rumo a Petrópolis. Em dado momento sobrevoando o mar, o helicóptero deu o solavanco.

Eu: O que foi isso Jorge?

Jorge: Acho que é o motor Dona Priscilla... Estamos perdendo altitude.

Eu: Verificou antes de voar?

Jorge: Levei a dona Natalie ontem, não teve nenhum problema. – tentava resolver. – Vou tentar fazer um pouso controlado na água. Destrava o cinto e coloca o colete. – fiz o que ele me pediu, peguei o que tinha voltado no apartamento para buscar e coloquei preso dentro de um bolso interno dentro da minha calça, eu sabia que algo aconteceria, tinha chegado o momento.

Eu: Jorge faz alguma coisa... – eu estava nervosa e com medo.

Jorge: Eu estou tentando dona Priscilla. Vou tentar chegar o mais próximo possível da margem assim a gente pode nadar. Soltou o cinto? Porque debaixo da água não vamos conseguir soltar para sair. – avistávamos areia parecia uma pequena ilha talvez, e ele forçou um pouso ali, mas caímos na água. O impacto foi muito intenso e eu não vi mais nada...