UM MÊS SE PASSOU
Era a missa de 1 mês da Priscilla. Marcamos para as 18 horas... Após a missa fui pra casa da minha sogra, queria conversar com ela sobre uma decisão que havia tomado. Sentamos no sofá depois que a família foi embora para conversar. Queria que o Felipe participasse também disso tudo, ele é irmão dela e queria a opinião dele também. Eu havia falado com meus pais e eles me apoiaram nisso.
Pati: E então minha filha o que queria conversar com a gente?
Eu: Pati, você sabe que eu e a Priscilla queríamos ter um bebê o quanto antes né?
Pati: Sim. Até no dia do casamento mesmo, vocês disseram que assim que voltassem de lua de mel já iam fertilizar pra ter um bebezinho logo – sorriu de leve.
Eu: É... Se dependesse dela, a gente teria umas 20 crianças – rimos. – A gente escolheu um doador juntas, com o máximo possível das nossas características, colhemos óvulos dela e meus. E nossa intenção era colocar os meus nela, e os delas em mim para os bebês serem o máximo possível, nossos.
Pati: Sim, ela me contou tudo isso.
Eu: E eu quero fazer uma invitro com um ovulo dela. Eu quero ter esse filho nosso, e eu quero saber se você e o Felipe permitem que eu faça isso, se vocês me apoiam que eu faça isso. Não é para tapar buracos, porque o vazio que a Pri deixou vai ficar pra sempre, mas é fruto do nosso amor, era o que a gente queria, era o que queríamos para sermos completas e felizes. Planejamos isso com muito amor com muito cuidado. E a gente falava que se acontece algo com alguma de nós, não era para deixar de realizar nossos sonhos. E eu quero muito ter esse filho dela, mas eu não quero fazer isso se vocês não concordarem. Eu poderia gerar o meu filho com meu ovulo que tá lá congelado, mas eu quero fazer com o ovulo dela.
Pati: Minha filha, se você quer isso, é claro que apoiamos. É um pedacinho dela com a gente, que vamos amar muito, cuidar com muito amor e carinho.
Felipe: É um pouquinho da Pri com a gente, tem nosso apoio pra isso, você não vai estar sozinha.
Eu: Obrigada – cai no choro e a Patricia me abraçou.
Pati: Que for fazer a fertilização me avisa, eu quero muito estar com você. Ela não pode estar lá, mas eu posso.
Eu: Ta bom – falei sorrindo e secando o rosto. Logo subi pra casa. Como era difícil chegar naquela casa enorme e não ter a Priscilla me chamando. Era estranho, não ter um corpo pra chorar, não ter um atestado de óbito para comprovar que ela se foi. Eu tinha a sensação de que ela estava viva, mas logo eu sentia que não tinha a possibilidade disso acontecer, afinal ela caiu no mar. No dia seguinte era a leitura do testamento dela e a mãe dela deveria estar presente. Logo o doutor Gouveia nos recebeu.
Gouveia: Bom dia, sentem-se por favor – logo a secretária dele veio com café e agua para nós. – Tenho muitas coisas para explicar as senhoras. Como o corpo não foi encontrado nesse período de 30 dias o óbito foi declarado inconclusivo então a leitura poderia ser feita, porém os bens não poderão ser vendidos num prazo de 10 anos. Foi uma exigência da dona Priscilla caso algo acontecesse a ela.
Eu: Ela sabia que iria morrer não sabia?
Gouveia: Sabia. As ameaças eram diárias. Alem do testamento por escrito com firma reconhecida, tem os vídeos que ela gravou nesse escritório testemunhados por mim, pela minha secretária e mais um colega aqui do escritório. Então antes da leitura quero passar o vídeo. – quando o vídeo começou o choro foi instantâneo que saudade daquela voz, daquele rosto.
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Natiese em: Surpresos???
Fiksi PenggemarNatalie Kate Smith de Almeida 27 anos e Priscila Alvares Pugliese Felix 26 anos. Casadas a 1 ano e dona de uma grande empresa herdada do pai da Priscilla. Uma empresa avaliada em 15 bilhões. Amigos, existe muitos, e inimigos? São incontáveis. Um gra...